Como lidar com os sofrimentos da vida presente
Há algo que você possa fazer para diminuir o seu sofrimento e o sofrimento alheio? Há algo que você possa fazer para aumentar a sua alegria e a alegria dos outros? Examine cuidadosamente as providências listadas a seguir. Se você acha que elas são sábias e funcionais, coloque-as em prática e reparta-as com os outros.

Se um dos maiores e mais complexos problemas do ser humano são os sofrimentos provocados pela pecaminosidade latente, aprenda a negar-se a si mesmo, a dizer não aos seus ímpetos pecaminosos, a fazer morrer a sua natureza terrena e má. Certa vez, Jesus convocou a multidão e seus discípulos e lhes disse francamente: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8.34). O esforço para crucificar a carne é altamente compensador. Você deixará de causar problemas a curto, a médio e a longo prazo para você, para seu cônjuge, para seus pais, para seus filhos, para os que estão mais próximos de você e para a sociedade. Seja santo, como Deus é santo (1 Pe 1.14-16).
Já que Deus existe, é criador e sustentador de tudo, é Senhor dos senhores, é absolutamente santo, é onisciente e onipotente, é misericordioso e perdoador, aproxime-se dele e tenha comunhão com Ele. Embora você não possa vê-lo com os olhos, ouvi-lo com os ouvidos e apalpá-lo com as mãos, essa comunhão é possível. Trata-se de um exercício espiritual, possível e mantido pela fé. Com justa razão, dizemos que as Escrituras Sagradas são a Palavra de Deus. Ali está a história de Deus, ali está a revelação de Deus, ali está o inefável amor de Deus. A leitura cuidadosa da Bíblia é uma das vias da comunhão com Deus. A outra via é a prática da oração. Na primeira, Deus fala com você; na segunda, você fala com Deus.
3. Não empurre sua felicidade para a vida futura
Deus quer o seu bem aqui e agora. A vida presente não precisa ser um inferno. Os dez mandamentos foram dados para organizar e abençoar o período de sua vida compreendido entre a infância e a morte. “São placas de sinalização colocadas à margem da estrada da vida para proteger sua felicidade” (Billy Graham). O ambiente pode não ser propício, mas é sua obrigação alegrar-se no Senhor e tornar os outros alegres. A alegria nunca foi exclusivamente uma opção de vida. É uma ordem de Deus para o seu povo. Em Cristo é uma aberração não ser alegre. É um mau testemunho. É uma contra-evangelização. É uma falta de coerência. O mandamento da alegria está espalhado nos livros da lei (Dt 16.11), nos salmos (Sl 30.11), nos profetas (Zc 9.9), nos evangelhos (Lc 10.20), nas epístolas (Fp 4.4) e no Apocalipse (Ap 19.7). A Bíblia ensina uma alegria teimosa, aparentemente arrogante, não científica, baseada na fé e não na instabilidade das circunstâncias de tempo e lugar, comprometida mais com a saúde da alma do que com o bem-estar físico. Esse tipo resistente e durável de alegria pode ser visto na famosa oração de Habacuque: “Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo faltando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.17, 18).
4. Não tente trazer para aqui e agora a glória futura
Por causa da queda, por causa do pecado próprio e do pecado alheio, por causa da generalização da iniquidade, por causa da multiplicação do mal, por causa das paixões infames, por causa da contínua involução do ser humano, por causa do dano ambiental irreversível causado pelo egoísmo, por causa do corpo mortal — ainda não estamos vivendo a plenitude da salvação. O último capítulo da história da salvação está condicionado à segunda vinda de Jesus. A esse tempo pertencem a ressurreição dos mortos, a transformação dos vivos, a morte da morte, o conhecimento completo, novos céus e nova terra e muitas outras surpresas que “olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou” (l Co 1.19). Se é erro empurrar tudo para o futuro, é também erro tentar trazer para o presente toda “a glória a ser revelada em nós” (Rm 8.18). Ainda não chegou a hora de você exclamar: “Onde está, ó morte, a tua vitória e onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (l Co 15.55).
5. Cuide bem de seu corpo
6. Cultive suas convicções cristãs
A bagagem doutrinária que o cristianismo fornece é edificante e tranquilizante. Quanto mais profunda e sólida, mais benéfica ela será. Você precisa de certezas absolutas nas questões básicas, como a autoridade e a suficiência das Escrituras, a santidade absoluta de Deus, a divindade e a humanidade de Jesus, o sacrifício expiatório e a ressurreição de Jesus, a ascensão e a exaltação de Jesus, a segunda vinda de Jesus em poder e muita glória e o fim dos tempos. De posse dessas certezas, você se livra da confusão mental e da confusão religiosa, da vacilação e da inconstância, da heresia e da apostasia dos falsos profetas e dos espíritos enganadores, dos anticristos no plural e do anticristo no singular, da incredulidade e da zombaria de seus semelhantes. Com esses alicerces, com esses fundamentos, com essas bases, você sobrevive e permanece de cabeça erguida em meio de todas as agruras da vida. Essas bases são “como a candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em seu coração” (2 Pe 1.19). Além do mais, essas certezas alimentam a fé e a esperança, e você é capaz de contemplar e aguardar como absolutamente certas as preciosas e mui grandes promessas feitas pelo “Deus que não pode mentir” (Tt 1.2). Sem muito esforço você é também capaz de antegozar a plenitude da salvação, em meio à dor!
Texto originalmente publicado na edição 272 de Ultimato.