Abril de 1930 – Nasce em Campos dos Goytacazes, RJ.

Fevereiro de 1951 a Dezembro de 1954 – Estuda no Instituto Bíblico de Pedra de Guaratiba, RJ.

Outubro de 1954 (Rio de Janeiro) – Abre o coração com a futura esposa, dizendo-lhe que sente grande necessidade de repartir com os outros as belezas que encontra na Palavra de Deus.

Fevereiro de 1956 – É ordenado pastor pelo Presbitério de Juiz de Fora, MG, e casa-se com Djanira Momesso em Mogi das Cruzes, SP.

Agosto de 1963 (Viçosa, MG) – Depois de várias tentativas, consegue um horário na Rádio Montanhesa de Viçosa, com a condição de apresentar um programa noticioso. Começa a preparar o Informativo Evangélico, com notícias internacionais, nacionais, regionais, históricas e… notícias da Bíblia. É obrigado a assinar jornais e revistas de várias denominações evangélicas para ficar bem informado. Aprende a selecionar e condensar notícias. Escreve tudo à mão. Neusa bate à máquina. Walace e Daison leem as notícias imitando o repórter Esso.

Maio de 1966 (São Paulo) – O presbítero Paulo César pede-lhe para escrever a história de alguns de nossos jornais evangélicos para publicação no Brasil Presbiteriano. Faz um longo trabalho de pesquisa e descobre que quase todos os jornais do passado vieram a lume para evangelizar o Brasil. A Imprensa Evangélica (1864), o primeiro jornal evangélico brasileiro, diz que “o anúncio do evangelho não pode depender só do púlpito”. O Púlpito Evangélico (1874) foi lançado com o propósito de levar “as mesmas doutrinas que chamam ao arrependimento” a milhares de leitores, já que “o número de pregadores é ainda pequeno”. O Salvação de Graça (1875) surgiu com o objetivo de “chamar os homens das trevas à luz de Deus, guiar os pecadores ao Salvador e edificar na verdade”. A Sociedade de Tratados Evangélicos (1883) veio à luz para produzir folhetos de evangelização “da lavra de brasileiros, em língua escorreita, refletindo o nosso temperamento e feitio”. O Evangelista (1885) tinha a ideia fixa de evangelizar. O Puritano (1898) foi lançado pela Associação de Propaganda da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro para fazer propaganda do evangelho, numa época em que apenas 0,3% dos 700 mil habitantes da velha capital frequentavam os templos evangélicos. A revista Fé e Vida (1930), depois Unitas, apareceu para evangelizar a elite brasileira. Nenhum desses jornais e revistas existe mais. Os periódicos existentes, muitos e de boa qualidade, em geral só visam os leitores crentes e servem suas próprias denominações. Fica muito surpreso com essa constatação, sobretudo porque na época há muito mais recursos humanos e materiais.

Junho de 1966 (São Paulo) – Vem-lhe à cabeça a tímida ideia de suprir a lacuna existente e fundar um jornal que chame a atenção de não-crentes. Escreve a pessoas competentes de quatro diferentes denominações – Henriqueta Rosa Fernandes Braga, Flamínio Fávero, Mário Barreto França e Augusto Gotardelo – e ao pai, Benjamim César, expondo a ideia e pedindo opinião. Para sua surpresa, todos respondem à carta e põem mais lenha na fogueira. Começa a orar sobre o assunto com a antiga namorada, então esposa.

Novembro de 1967
 (Barbacena, MG) – Escreve ao conselho da Igreja Presbiteriana de Viçosa, da qual foi um dos fundadores e o primeiro pastor, perguntando se eles podem dar o empurrão inicial, pagando as despesas gráficas do primeiro número do jornal que pretende lançar no início de 1968, ainda sem nome. A resposta é positiva.

Dezembro de 1967
 (Barbacena) – Eufórico por ter conseguido, com a bênção de Deus, o primeiro programa radiofônico evangélico na história de Barbacena, dirige-se à Rádio Correio da Serra para dar início a esse programa. O deputado Andradinha chama-o à parte e diz que teria de voltar atrás na concessão do horário porque havia recebido um ultimato do padre Hilário: se os protestantes entrassem, ele deixaria de apresentar o programa católico. Impressionado com a força de um ultimato e lembrando-se das palavras gravadas na parede externa do templo da Igreja Presbiteriana de Barbacena– “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is 55.6) – entende que o nome do jornal pode ser Ultimato. Perde o programa de rádio, mas ganha o nome do jornal.

Janeiro de 1968 (Barbacena) – Impresso na Gráfica Cidade de Barbacena, sai o primeiro número de Ultimato, um tabloide de oito páginas em papel jornal. São 10 mil exemplares. A esposa, as filhas e a sogra dobram um por um. Solenemente colocam nas mãos de Deus a trajetória que o jornal deve descrever, para glória e louvor de seu Filho Jesus Cristo.

Janeiro de 1971 – Depois de mudar de cidade três vezes nos três primeiros anos – Barbacena (1967), Porto Alegre, RS (1969), e Campinas, SP (1970), Ultimato fixa-se definitivamente em Viçosa.

Março de 1976 – Depois de 86 números (janeiro de 1968 a dezembro de 1975), Ultimato deixa de ser jornal e se torna revista, inicialmente com vinte páginas.
1976 – Compra o “Anuário Católico” para copiar e gravar o nome e o endereço de milhares de paróquias católicas do Brasil nas antigas chapinhas de endereçamento para enviar-lhes gratuitamente a revista Ultimato.

1985 – É organizada a Editora Ultimato, com o propósito de dar continuidade à revista Ultimato e publicar também livros.

Março de 1993 – Inaugura a publicação de livros da Editora Ultimato com o título “Deixem que Elas Mesmas Falem”, de sua autoria.

1993 – Publica “Entrevistas com William Carey” e “Em Letras Grandes” (v. 1).

1994 – Publica “Práticas Devocionais” e “Entrevistas com Ashbel Green Simonton”.

1995 – Publica “Deixem que Elas Mesmas Falem” e “Não Perca Jesus de Vista”.

Janeiro de 1996 – Com 28 anos de circulação e 232 edições publicadas, Ultimato passa a ser impressa em cores.

1996 – Publica “Desça do Elevador” e “Súplicas de Um Necessitado”.

Março de 1997 – Ultimato publica as primeiras “Cartas à Redação” recebidas por e-mail.

1997 – Publica “Dicionário dos Desprovidos”.

Agosto de 1998 – É inaugurada a sede própria da Editora Ultimato.

1998 – Publica “Antes de Amarrar Satanás”.

1999 – Publica “Devocionais para Todas as Estações”, com colaboração de vários, e “O Mineiro com Cara de Matuto ao Redor do Mundo”.

2000 – Publica “Em Letras Grandes” (v. 2), “História da Evangelização do Brasil” e “Pastorais para o Terceiro Milênio”.

2001 – Publica “A Pessoa Mais Importante do Mundo” e “Práticas Devocionais – estudos bíblicos”.

2002 – Publica “Os Mortos do Mar” e “Só Eu e Deus”.

2003 – Publica  “Refeições Diárias com o Sabor dos Salmos”.

2004 – Publica “Olhe para o Alto” e “Refeições Diárias com os Profetas Menores”.

2006 – Publica “Conversas com Lutero”.

2008 – Publica “Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento” e “Cartas a Ultimato”.

2009 – Publica “Mochila nas Costas e Diário na Mão”.

2010 – Publica “Refeições Diárias com Jesus”.

2011 – Publica “Por Que (Sempre) Faço o que não Quero?” e “Refeições Diárias”.

2013 – Publica “Refeições Diárias com os Discípulos”.

2014 – Publica “Sou Eu, Calvino” e “Teologia para o Cotidiano”.

2015 – Publica “De Hoje em Diante”.

Setembro de 2016 – Escreve seu último artigo, para a edição 363 da revista Ultimato.