Por Nathasha Lemos Borges

Em 1963, Martin Luther King, pastor batista e ativista pe­los direitos dos negros e das mulheres, realizou seu famoso discurso pela luta contra a discriminação e segregação racial, “I have a dream”, na Marcha de Washington pelo Trabalho e a Liberdade. Mais de cem anos após a abolição da escravidão, mesmo com uma Constituição que garantia o direito de igual­dade entre todos os americanos, os Estados Unidos ainda viviam e alimentavam um sistema racista.

Luther King tinha um sonho de justiça racial e liberdade para seu país. Porém, mais do que leis que garantissem tal justiça, o pastor batista sonhava com a verdadeira fraternidade entre brancos e negros. A fraternidade que resulta do sangue de Cristo, “Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um” (Ef 2.14 ARA), a fraternidade que abole toda inimizade.

“Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.”

King sonhava com a promessa de que, um dia, todo vale seria exaltado e toda colina e montanha seria derrubada, os lugares tortuosos seriam endireitados e, então, a Glória do Senhor se manifestaria a toda carne (Is 40.4). Ele chamava negros e brancos a não viverem somente em harmonia como cidadãos americanos. Convocava os americanos a viverem o arrependimento de seus pecados, a aliança do Senhor pelo sangue de Cristo e a comunhão dos santos.

Os cristãos são chamados ainda hoje a viver esse sonho, essa esperança. De uma fraternidade plena em Cristo, do arrependimento de homens e mulheres, da justiça, do fim de toda e qualquer desigualdade e, também, do racismo, onde quer que ele se manifeste. Assim como o apóstolo Paulo en­corajou aos irmãos da Galácia, que nós “…não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gl 6.9).

“Com esta fé [em Cristo] nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade.”

  • Nathasha Lemos Borges, 26. É natural de São Paulo. Chegou em Viçosa em 2016 para cursar História na UFV e desde então congrega na Igreja Presbiteriana de Viçosa. Atualmente é estagiária na Ultimato e reconhecida por ter uma bela voz.

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