A Bíblia é o livro mais copiado à mão (antes da invenção da imprensa), mais impresso, mais traduzido (a Bíblia inteira já foi traduzida para 485 línguas; o Novo Testamento, para 1.249; e alguma porção dela, para 810), mais vendido, mais presenteado, mais revisado, mais lido e mais querido, antes de Cristo (apenas o Antigo Testamento) e depois de Cristo.

Ilustração: Pri Sathler

Embora Deus nos fale por meio da beleza e da exuberância da criação e por meio daquela insistente sede interior que temos dele, o principal meio pelo qual ele se revela e se torna conhecido de nós é a Sagrada Escritura, também chamada, apropriadamente, de a Palavra de Deus. A cristandade e o mundo inteiro têm uma dívida enorme com o povo de Israel, pois foi por meio dele que a Bíblia chegou a nós. Com exceção apenas do Evangelho de Lucas e do livro de Atos dos Apóstolos, todos os demais 64 livros da Sagrada Escritura foram produzidos por patriarcas, profetas e apóstolos judeus (quanto à religião) e israelitas (quanto à nacionalidade).

Os 39 livros que formam o Antigo Testamento foram escritos em hebraico e aramaico ao longo de aproximadamente mil anos. Os 27 livros do Novo Testamento foram escritos em grego durante cerca de sessenta anos. Se o primeiro Testamento é um prelúdio para a vinda de Jesus, o segundo conta a história da chegada dele ao mundo, sua vida, seu ministério e sua igreja. Os dois Testamentos são duas fases de um ato só, ou dois volumes de uma revelação só, de uma história só, de um enredo só. Ambos testificam de Cristo (Jo 5.39).

“O ensino principal das Escrituras é aquilo que o ser humano deve crer acerca de Deus e o dever que Deus requer dele”, segundo o Catecismo Menor. A Confissão de Fé da Igreja da Inglaterra declara solenemente que “as Sagradas Escrituras contêm tudo quanto é necessário para a salvação”, de tal modo que qualquer acréscimo não é digno de fé. Outra confissão esclarece que “as Escrituras não são um testemunho entre outros, mas o testemunho sem paralelo”.

A Bíblia é o livro mais copiado à mão (antes da invenção da imprensa), mais impresso, mais traduzido (a Bíblia inteira já foi traduzida para 485 línguas; o Novo Testamento, para 1.249; e alguma porção dela, para 810), mais vendido, mais presenteado, mais revisado, mais lido e mais querido, antes de Cristo (apenas o Antigo Testamento) e depois de Cristo. Com o advento de muitas versões paralelas e de muitas Bíblias com notas de rodapé, é possível que vários crentes tenham pelo menos meia dúzia de Bíblias. Se cada cristão tiver pelo menos três exemplares da Bíblia em versões diferentes, em média haveria uma Bíblia para cada um dos 7 bilhões de habitantes do planeta!

Em sua Carta aos Romanos, Paulo, o mais famoso judeu convertido ao cristianismo e autor de treze livros do Novo Testamento, perguntou: “Haverá alguma vantagem em pertencer ao povo escolhido [o Israel de Deus]?”. Ele mesmo responde: “Tem, sim, e de muitas maneiras! E a primeira vantagem é que Deus entregou a sua mensagem aos cuidados dos judeus” (Rm 3.1-2).

Trecho originalmente publicado na edição 350 de Ultimato.

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