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O jornal “Folha de S. Paulo” denunciou o que a campanha Bola na Rede já vem alertando há meses: a Copa do Mundo de Futebol não será apenas uma oportunidade para festa e bons negócios no Brasil; infelizmente também será uma forma de aumentar a exploração sexual de crianças e adolescentes, que tem como novo “consumidor” o turista estrangeiro.

No dia 01 de junho, o jornal publicou matéria com várias adolescentes do interior do Ceará, de Pernambuco e do Amazonas. Todas esperam ganhar dinheiro com programas sexuais com turistas durante a Copa do Mundo. È o caso de Paula (nome fictício), de 16 anos, que planejava sair da zona rural de Quixadá e passar 15 dias em Fortaleza, para fazer programas no valor de R$ 60,00 cada. “Meus pais não sabem”, disse ela.

A Folha também contou a história de Jéssica, de 16 anos:

No Recife, também na semana passada, a Folha encontrou Jéssica em meio a uma forte chuva. Encolhida, tossindo e tremendo de frio, aguardava algum carro que rendesse um novo programa. Ela era a única naquela noite na beira do manguezal em Santo Amaro, no centro. Eram 21h30, e ela já estava no local desde o meio-dia. Não fazia ideia de quantos programas havia feito naquele dia. Nem tinha mais dinheiro, gasto todo com crack. “Até queria parar porque essa vida é muito difícil, os homens batem na gente, dizem que vão matar a gente. Mas o vício é grande”, diz.

  1. Jean Oliveira

    Devemos orar e denunciar a exploração sexual de crianças e adolescentes, é pecado e crime.

  2. Petronio Omar Querino Tavares

    É triste e lamentável que a Copa seja uma oportunidade de ganhos financeiros para meninas brasileiras, especialmente, nordestinas. Os astronômicos gastos com as “arenas” não estariam sendo questionados nas manifestações de ruas, se esses recursos tivessem sido destinados à saúde, educação e projetos sociais. Lamento pela possibilidade de que o Brasil sendo hexa, a maior parte da sociedade, anestesiada pelo título, esqueça ou releve a irresponsabilidade dos nossos governantes e políticos envolvidos com os desvios de dinheiro público, ou seja, o nosso dinheiro, fruto dos impostos que pagamos no país que tem a maior carga tributária do mundo e serviços públicos de péssima qualidade.

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