No âmago do cristianismo está o conhecimento de Deus. No âmago do cristianismo está o anúncio de que Deus veio até nós, e está conosco. É assim que a igreja primitiva compreendeu a revelação de Jesus Cristo, conforme a antiga profecia de Isaías:

Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel. (Is 7.14)

Emanuel, “Deus conosco”. O Deus Cristão é outro, ou no mínimo mais do que o deus dos filósofos, por dar a si mesmo na revelação. Pois a revelação bíblica não é a revelação de uma determinada quantidade de informações, ou mesmo de informações a respeito de Deus, mas é a revelação de Deus, dele próprio em sua concretude e factualidade, como um supremo Sujeito e um supremo Objeto (não além da relação sujeito-objeto, como o quer Tillich) que se apresenta ao homem e que é um fato final, incontornável, inabsorvível para o pensamento teórico. Inabsorvível para a ciência e a filosofia, mas nem por isso sem significado (como se fosse o fato-bruto-sem-significado dos teólogos Kantianos) mas um fato que é ao mesmo tempo cheio de significado em si mesmo, e que por isso comunica veracidade ao discurso humano; um fato que não é completamente inefável, ainda que não seja completamente dizível.

Como é esse Deus Cristão? Quem é ele? A resposta cristã clássica é: a Trindade. Trindade é o nome cristão para Deus, e é por isso que o Credo Apostólico guarda uma estrutura trinitária, abrindo cada um dos artigos principais com uma referência a uma das pessoas da trindade: “Creio em Deus Pai… E em Jesus Cristo, seu único Filho… Creio no Espírito Santo”. Na verdade, compreender a Deus como trindade é compreender a estrutura essencial da fé e de toda a teologia cristã, e compreender exatamente a singularidade do cristianismo até mesmo diante de todas as religiões ou religiosidades teístas.

 

A Confusão Evangélica sobre Deus

Um dos mais graves problemas do movimento evangélico atual é a incompreensão de Deus e, particularmente, da trindade. Dependendo do setor desse movimento, encontraremos ênfases teológicas completamente desequilibradas a respeito. Em alguns lugares a ênfase, no louvor, no púlpito e na espiritualidade, está nas experiências com o poder do Espírito Santo; em outros, na justificação pela fé; em outros, na adoração bíblica; em outros, na transformação moral, ou na missão, e assim por diante. Tudo isso é importante, mas não pode ficar no centro. Por uma razão que não poderia ser mais simples e autoevidente: só Deus pode ficar no centro de nossos pensamentos e atividades.

É de lamentar o antropocentrismo que tomou conta dos evangélicos, seja na ênfase na responsabilidade humana (a “nossa parte”) que vemos nos setores menos agostinianos da Missão Integral, seja no tecnicismo eclesiológico das megaigrejas ou no ativismo ligado ao movimento dos “sete montes da cultura”. Toda a controvérsia atual sobre o teísmo aberto é no fundo uma controvérsia sobre a posição do homem no universo. Tudo pode parecer muito piedoso, mas nunca será realmente piedoso um cristianismo que tira Deus do centro.

E uma das provas mais claras de que Deus foi tirado do centro é a completa incompreensão da trindade. Tipicamente, o crente comum pensa que trindade é algo sobre como “deus é um e três ao mesmo tempo, não me pergunte como!”  É um paradoxo matemático. Um enigma numérico justificado com alguns textos-prova destinados a eliminar parte da ansiedade e dar uma resposta “àquelas testemunhas de Jeová que não me dão sossego”. Não é por acaso que muitos se tornaram presas fáceis de tendências como o movimento judaico messiânico brasileiro (que, ao contrário do internacional, é ambíguo e eventualmente herético rejeitando a divindade de Cristo), ou até mesmo de evangelistas islâmicos que começam a despontar no Brasil.

Até mesmo entre os círculos evangélicos mais esclarecidos e ortodoxos, que prezam todas as doutrinas cristãs clássicas e a própria doutrina da trindade, é comum perceber uma perda da conexão orgânica entre a visão de Deus e a soteriologia. Elas são tratadas como campos separados, unidos tematicamente e organizados a partir de coleções de evidências bíblicas, sem o necessário insight na relação interna, por exemplo, entre justificação pela fé e encarnação.

E há outro problema: o das conexões da igreja evangélica com o cristianismo histórico. Uma das falhas nas relações de evangélicos com, por exemplo, os cristãos ortodoxos orientais, é a perda do centro trinitário. A recuperação desse centro para a espiritualidade, a teologia e o culto é essencial diante dos desafios do secularismo organizado, do Islã e das igrejas neopentecostais que começam agora a negar o próprio consenso Niceno-Constantinopolitano.

Ao expôr a estrutura e mensagem do Credo Apostólico eu tenho sempre recorrido ao hino de Paulo na sua carta aos Efésios, capítulo 1 versos 3 a 14, que é onde eu encontro a mais bela e perfeita expressão da fé trinitária em sua formulação primitiva. O texto se divide em três seções principais, cada uma finalizando com a expressão “para o louvor da sua glória” (vs 6, 12, 14). Cada seção focaliza uma das pessoas da trindade: primeiro o Pai, depois o Filho, e depois o Espírito Santo. Em cada seção esse foco se traduz em um tema soteriológico distinto: primeiro a nossa eleição e adoção pelo Pai, depois a redenção por meio de Cristo, e por último o selo do Espírito Santo. E para expôr nossa compreensão, vamos empregar a linguagem trinitária de Agostinho: Deus é o Amante, o Amado e o Amor.

Assim o nosso texto começa bendizendo a Deus como o “Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.

 

O Amante

Ora, Deus é a fonte, a causa e propósito de todas as coisas. É a origem ou o arché, como dizem os filósofos. Mas antes de tudo ele é o Pai, e isso significa que ele existe no interior de uma relação. Deus não se tornou o Pai em certo momento, não adquiriu essa qualidade como uma característica acidental ou contingente, como se ele pudesse ter sido outra coisa; mas desde sempre foi o Pai de nosso Senhor, e isso é tão essencial à sua identidade quando o ser Filho é essencial à identidade de Jesus Cristo. A própria paternidade humana não é – ao contrário do que alguns teólogos alegam – a projeção de uma analogia humana no céu, como o fim de esclarecer a experiência religiosa, mas o modelo a partir do qual a paternidade humana foi analogicamente criada por Deus, e continuaremos sempre necessitando da analogia criada, ainda que corrompida pela perversidade humana.

Deus é o Pai, a fonte de todas as coisas, e isso significa que ele tem um Filho antes da fundação do mundo. A física moderna revelou que antes do Big Bang não havia nem tempo nem espaço (pois eles são relativos entre si). Sem dúvida antes da fundação do mundo não houve “antes”, a não ser metaforicamente; ou talvez existisse outra ordem temporal, correndo em outro universo sobre outro eixo direcional, em si mesmo independente do nosso tempo-espaço (ou até outros universos, com outros eixos). Mas então, “antes” da fundação do mundo Deus, já era o Pai de seu Filho e já “tinha” nos escolhido para sermos “santos e irrepreensíveis diante dele”.

Então há, antes de tudo, antes do Gênesis, uma relação. Antes do princípio havia essa relação. O mais maravilhoso, no entanto, é que nosso destino estivesse associado exatamente a essa relação. Pois antes de todas as coisas fomos escolhidos “Nele”. E “Ele” é o Filho de Deus.

 

O Amado

O Filho estava lá antes de tudo; “nele foram criadas todas as coisas, e nele tudo subsiste” (Cl 1.17). Mais do que isso: “tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1.18). O mundo foi feito para o próprio Senhor Jesus. Então – que coisa chocante! – o mundo inteiro é um episódio desse relacionamento do Pai com o Filho; pois o Pai fez o mundo por meio de Cristo, mas não fez para si mesmo, e sim para o próprio Jesus Cristo.

 

“Sem Jesus Cristo o mundo não existiria, pois teria que ser destruído ou se transformaria em um tipo de inferno.
Se o mundo existisse para ensinar o homem sobre Deus, sua divindade brilharia em todas as suas partes de uma forma incontestável. Mas como ele existe apenas através de Jesus Cristo e para Jesus Cristo, e para ensinar o homem sua corrupção e sua redenção, tudo nele faísca com provas dessas duas verdades.”

     Blaise Pascal, Pensées

 

Ora, se o mundo existe para Jesus, não há a menor possibilidade de entender o mundo e muito menos de se relacionar corretamente com ele sem compreender Jesus Cristo, ou seja, sem colocar-se a seu lado, andar com ele, aprender dele a olhar as coisas. E quando aprendermos a olhar as coisas, aprenderemos que elas existem dentro do relacionamento do Pai e do Filho, não tendo qualquer sentido fora dele. Por isso o homem jamais encontrará Deus no mundo, sem olhar para Jesus Cristo. Pelo contrário, ele deve estar em Jesus Cristo para compreender o mundo.

Assim o texto de Paulo prossegue dizendo que nosso destino é a Adoção; fomos predestinados para a adoção de filhos por meio do Filho. E essa é uma revelação ainda mais supreendente: que em Jesus Cristo somos incorporados na relação eterna que havia antes entre o Pai e o Filho, sendo exatamente esse o sentido da “Graça gratuita” no versículo 6. A obra divina de enviar seu Filho para o sacrifício da cruz visava nos incluir Nele, para nos tornar co-participantes de sua posição elevada de Filho e Herdeiro do mundo. Pois o objetivo de Deus é realmente fazer tudo convergir em Cristo, diz o verso 10; o mundo é um episódio dessa relação; mas se somos postos em Cristo, abençoados, escolhidos e adotados nele, então o próprio mundo se torna um episódio da nossa própria relação com Deus, em Jesus Cristo (1Co 3.21-23).

É assim também que devemos entender o sentido da Encarnação. Não se trata apenas de que o Verbo precisasse assumir plenamente a natureza humana para receber o juízo do pecado e produzir uma obediência humana perfeita – o que é, sem dúvida, verdadeiro e maravilhoso – mas que sem a encarnação o humano continuaria sendo tão somente o criatural com seus direitos criaturais; na encarnação o humano é abraçado pelo divino, é feito seu irmão e seu Filho, recebendo direitos inimagináveis para a mera criatura. Não, a encarnação não apenas reverte os efeitos da Queda; ela eleva o homem para uma outra posição, transportando-o para o seio da divindade. Ela nos torna “co-participantes da Natureza Divina” (1Pe 1.4). Não, é claro, no sentido de uma alegada “injeção de divindade”, como alguns heréticos neopentecostais alegaram anos atrás, mas por adoção e transfiguração. Isso é a verdade da theosis, tão preciosa aos cristãos orientais. Sem encarnação, poderia haver, talvez, perdão, mas jamais adoção.

E tudo o que diz respeito a essa relação divina nos é comunicado. Nos tornamos, assim, amados como ele é – “o Amado” (vs 6). E essa expressão não está aí, em Efésios, por acaso. Esse é o título dado a ele pelo Pai quando de seu batismo, quando o Espírito também desce sobre ele (Mt 3.16,17). A descida do Espírito Santo sinaliza a identidade e a relação que o Filho tem com o Pai. E isso com certeza também diz respeito à nossa experiência de Deus.

 

O Amor

O Espírito Santo é o selo que recebemos com a fé, que não apenas garante, mas que sinaliza a nossa verdadeira identidade e destino, que é herdar o mundo com Cristo e sermos recebidos pelo Pai através de Cristo. O Espírito foi chamado por Agostinho de Vinculum Caritatem, ou Vinculus Amoris, o vínculo do amor, a verdadeira comunhão entre o Pai e o Filho. Daí a tradição dizer que o Espírito procede do Pai e do Filho. Não é por acaso que o dom do Espírito está sempre associado à nossa união e inclusão em Cristo: Paulo dirá que por estarmos em Cristo recebemos o Espírito (Gl 3.14,16,22,27-29); Pedro diz que a promessa do Espírito foi dada a Cristo, antes de tudo, e que apenas em seu nome ela poderia ser recebida (At 2.33, 38).

Esse é o sentido da alegoria do batismo de Jesus: ele é o homem que ao aceitar a identificação com os pecadores no batismo, recebe tanto o Espírito, representado na pomba, como o testemunho do Pai, “Tu és o meu Filho Amado”. O testemunho do Pai interpreta a ação do Pai: o Pai dá o amor, no Espírito, e por isso diz “tu és meu Filho Amado”. Igualmente, quando nos batizamos aceitando a identificação realizada por Cristo, somos “revestidos” dele, e o Espírito pode descer sobre nós. E quando ele desce, ouvimos a voz do Pai, pois “o próprio Espírito testifica com o nosso espírito de que somos filhos de Deus” (Rm 8.17) e também testifica que, já que somos filhos, participaremos tanto do sofrimento quanto da herança de Cristo (Rm 8.18). O Espírito é assim a presença de Deus em nós, e ao mesmo tempo a nossa presença no seio de Deus; no Espírito vivenciamos a relação entre o Pai e o Filho, para o interior da qual fomos transportados pela Encarnação. Por isso, o Espírito é o amor-comunhão do Pai e do Filho, e também a nossa comunhão com o Pai e com o Filho (Jo 14.17-20). Assim como o Filho é a “Palavra” mas não deixa de ser uma pessoa, o Espírito é a “Comunhão” sem deixar de ser uma pessoa divina; ele é o amor, a comunhão pessoal da trindade.

 

A Experiência Cristã é Trinitária

Assim o Pai é a fonte do Amor, o Filho o depósito do Amor, e o Espírito Santo a comunhão do Amor; e para nós essa relação se torna a Origem do Amor, a dádiva do amor (Graça) e a comunhão do amor, exatamente como descreve a bênção apostólica (1Co 13.13). A diferença está em Cristo: pois pela Encarnação e pela Páscoa ele se tornou, de depósito eterno do Amor do Pai, em dádiva histórica do amor divino. Jesus é o ponto de conexão com Deus, pois nele somos introduzidos na eterna relação divina.

Por isso, o cristianismo é a um só tempo trinitário e cristocêntrico. Mas o cristocentrismo existe dentro do trinitarismo. Cristo é a porta para entrarmos na comunhão divina; mas ele é a porta para uma comunhão de três pessoas em uma única divindade.

 

por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. (Efésios 2.18)

 

Acesso ao Pai; acesso, por ele; acesso em um mesmo Espírito, o que nos torna um único corpo, uma família e um templo (Ef 2.16-22). Ora, o que temos, enfim, é uma experiência trinitária de aceitação. O Deus cristão foi experimentado trinitariamente, como o Deus todo poderoso que enviou seu Filho Jesus, como o Deus-homem, o verbo encarnado no tempo e no espaço, que podia ser tocado e que confrontou o mal diretamente na cruz e na ressurreição, e como a presença divina que assegura o amor divino e nos faz orar “Aba, Pai”. Ser um cristão é experimentar Deus dessa forma tripla, como o infinito pessoal que originou todas as coisas, revelado na pessoa de Jesus e presente como consolador no coração e na Igreja; é reconhecer o mesmo Deus nas três experiências, e compreender que as três experiências são indissociáveis da fé em Jesus Cristo.

Por isso a doutrina da trindade não é e não pode ser ensinada como um “dilema matemático” de “três ou um”. Não se trata de números, mas de relações. É claro que há um paradoxo, mas ele nem mesmo é numérico; é ontológico. Não podemos explicar como um ser pode ser pessoal, infinito e ainda triúno – C. S. Lewis diz que isso seria o “superpessoal”, ao que estou inclinado a concordar. Pois se há um Deus, faz todo sentido que seu ser seja não somente necessário e incondicionado, mas também transcendente e ultimamente insolúvel em termos da razão finita. Mas compreender a trindade não é especular sobre a natureza do Ser ou sobre o “três-em-um”, e sim entrar na relação trinitária. O mais importante não é o mistério incompreensível, mas o que nos é revelado e seu significado absolutamente prático, urgente, e existencialmente supremo.

Por isso também, Santo Atanásio disse que ninguém poderia ser salvo sem crer na trindade. Não é porque crer na trindade seja uma condição de membresia no “checklist” do céu. É porque ser salvo e ser admitido na comunhão trinitária são uma e a mesma coisa. Conhecer a Deus é conhecer o Deus que se dá a nós em Jesus, nos unindo a ele pelo Espírito Santo. E é isso o que o Credo Apostólico descreve de forma resumida: a experiência de encontrar o Deus que está presente:

 

No Centro, a Beleza

Nunca vou me esquecer quando li, há uns dez anos atrás, a entrevista de Rubem Alves à revista Veja dizendo que o centro da teologia cristã (ou será protestante? Não tenho certeza quanto a esse ponto) era o inferno, e que ao se remover o inferno todos os parafusos e pinos da teologia cristã se soltariam. Na época eu ainda não sabia exatamente porque, mas tinha certeza de que algo estava errado.

E o tempo mostrou que o que estava errado era tudo. Seria difícil ser mais misantrópico que isso. O centro da teologia cristã não é o inferno, é a trindade. E a trindade significa, para nós, adoção. Nós, criaturas, não somos filhos por natureza; Pai-Filho é uma relação interna da divindade, incriada e eterna. Salvação não é meramente ser livrado do inferno, mas acima de tudo ser trazido para dentro dessa relação, Nele. Isso é mais do que livrar-se da ira divina; é um conhecimento exclusivo, incriado e eterno, que só o Filho tinha, e só ele poderia compartilhar (Mt 11.27). Rubem Alves errou duas vezes, mas seu maior erro não foi rejeitar a doutrina do inferno (pois essa é uma doutrina boa e necessária), e sim não enxergar a verdade sobre o céu. Pois no centro da fé cristã mora a beleza, que está guardada nos céus e nos espera de braços abertos.

Pensemos no ícone do grande Rublev, “a Hospitalidade de Abraão”. Ali estão as três figuras, duas olhando uma para a outra, uma na posição central, e uma terceira olha para a relação das outras duas. O ícone representa a trindade; mas o ícone é também um convite. A hospitalidade de Abraão é na verdade a recepção de Abraão na comunhão divina, como um amigo de Deus; muito mais do que isso, o Novo Testamento revelaria, como um Filho de Deus. Agora estamos dentro da pintura, sendo olhados pelo Pai em seu Filho, sob as asas do Espírito Santo; e a vinda do Amado em carne é a hospitalidade divina que iluminou para sempre o nosso destino.

Encerro com as palavras de Karl Barth:

“O que Deus é e faz em seu Filho, concerne diretamente a você, vale para você e lhe beneficia. O que é verdadeiro na eternidade, no próprio Deus, torna-se verdadeiro aqui e agora no tempo. De que se trata? Nem mais nem menos de que de uma repetição da vida divina, repetição que nós não podemos nem provocar, nem suprimir, que o próprio Deus suscita no mundo que ele criou, vale dizer, fora dele. Glória a Deus nos lugares altíssimos!”

 

Amém!