Sem arrependimento, não há retorno, não há livramento, não há perdão, não há cura, não há recuperação, não há mudança. A nova vida só é possível depois do arrependimento.

 

1
Os ninivitas se arrependeram dos seus pecados quando ouviram a pregação de Jonas (Mt 12.41). Eram mais de 120 mil pessoas embrutecidas e ignorantes, que não sabiam discernir entre a mão direita e mão esquerda, cujo acentuado mau caminho alvoroçou a bondade e a severidade de Deus. A velha capital da Assíria, à margem esquerda do rio Tigre, seria subvertida não fosse o arrependimento que aflorou com força e impetuosidade, logo após a palavra do profeta.

 

2
O arrependimento é uma linha sensivelmente divisória. Uma perturbação necessária. Provoca tristeza, mas uma tristeza que termina em salvação (2Co 7.10). É uma consequência inevitável do pecado e a porta de saída de qualquer situação de embaraço com a lei de Deus. Sem arrependimento, não há retorno, não há livramento, não há perdão, não há cura, não há recuperação, não há mudança. A nova vida só é possível depois do arrependimento. Do arrependimento interior e total.

 

3
A guinada que você precisa dar em direção oposta à atual só se efetuará através do arrependimento. Veja o exemplo daquele rapaz que terminantemente não queria trabalhar na vinha do pai, depois, porém, acabou indo (Mt 21.30). O que o motivou a mudar de atitude ou de resolução? Nada mais do que o arrependimento. Quando você acorda para os seus pecados, detesta-os, sente profunda tristeza deles, você já está dando a bendita guinada. Graças a Deus!

 

4
Aquele que brigou com Deus, aquele que tem andado em seus próprios caminhos, aquele que está dissipando todos os seus bens na busca dos prazeres transitórios do pecado, aquele que se acha perdido e confuso, aquele que pensa inclusive em suicídio – este é o candidato certo ao arrependimento. Para ele soa retumbante a pregação dos profetas e dos apóstolos, de João Batista e de Jesus: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3.2 e 4.17).

 

5
Você precisa ouvir a pregação de Jonas. Você precisa ouvir a pregação do arrependimento. Você precisa parar e avaliar o passado e o presente. Você precisa cair em si. Você precisa passar pela comoção do arrependimento. Você precisa lamentar: “O meu pecado está sempre diante de mim” (Sl 51.3). Você precisa sair da situação em que se encontra. Você precisa abandonar o pecado. Você precisa atravessar a tal linha sensivelmente divisória e ocupar o lugar no outro lado.

 

6
Estas coisas podem acontecer agora, enquanto você lê estes avisos. Não adie mais. Não se infelicite mais. Veja bem, “os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes”. Jesus não veio chamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento (Lc 5.31-32). Há mais alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento (Lc 15.7). No momento, Deus não está preocupado com os salvos: Ele se preocupa com você!

 

Texto originalmente publicado na seção “Quadro de avisos” da edição 121, de julho de 1979, de Ultimato.

 

Leia mais: 
» O caminho da restauração
» Para que serve o arrependimento? Ele é mesmo necessário? [Estudo bíblico]

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