A glória do servo
O Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó foi quem deu glória ao seu servo Jesus. (3.13)
O Deus do princípio, o Deus dos velhos tempos, o Deus dos patriarcas, o Deus dos nossos antepassados, o Deus do êxodo, o Deus anterior à lei, o Deus que deu a terra de Canaã, o Deus dos profetas — foi o primeiro a dar glória a Jesus. E Jesus nada mais é senão a imagem visível do Deus invisível (Cl 1.15). Foi dessa glória primitiva que Jesus voluntariamente se despojou para tornar-se igual aos seres humanos e tomar a natureza de servo (Fp 2.7).
Essa glória original ficou parcialmente oculta quando ele se encarnou. Ela não deixou de existir em tempo algum, mas por algum tempo esteve implícita, oculta. Em alguns momentos, ela era vista e perturbava os que a viam. Quando Jesus acalmou o vento e o mar, os discípulos viram a sua glória e perguntaram: “Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?” (Mt 8.27). No episódio da transfiguração, Pedro, Tiago e João viram a aparência de Jesus mudar: “o seu rosto ficou brilhante como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz” (Mt 17.2). E eles ficaram com tanto medo ao verem a glória de Jesus que “se ajoelharam e encostaram o rosto no chão”.
Jesus sentia falta dessa glória original. Em sua oração no cenáculo, ele orou: “Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.4-5, NVI).
Uma das mais emocionantes promessas ainda não plenamente cumprida diz respeito ao desvelamento da glória do nome de Jesus em âmbito universal. Deus dará a Jesus a mais alta honra, de modo que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos cairão de joelhos e declararão abertamente que “Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai” (Fp 2.9-11).
Trecho retirado de Refeições diárias: no partir do pão e na oração, Editora Ultimato