“Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos para que entre o Rei da Glória” (Sl 24.7).

Há reis e o Rei.

Os reis são limitados pelo tempo e pelo espaço. Exercem governo temporal e parcial. O Rei é eterno e imortal. Exerce domínio sobre tudo e em todo o tempo.

Os reis e as demais autoridades procedem elementarmente de Deus e tem a sanção divina.

São ministros civis de Deus. Vieram ao poder em razão da hereditariedade ou força do voto ou por meio de manobras e golpes políticos. São responsáveis diante de Deus. Terão de prestar contas. O mau uso do poder pesará implacavelmente sobre eles. O Rei é, na verdade, o “”bendito e único Soberano, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade e habita em luz inacessível” (1Tm 6.15-16). Este não tem a quem prestar contas: é a autoridade última.

Entrada de Jesus em Jerusalém

Em favor dos reis e de todos que se acham investidos de autoridade se deve orar, para que vivamos vida tranquila e mansa (1Tm2.1-3). Ao Rei deve-se dar glórias, prestar culto, render graças, dobrar os joelhos.

O povo deve aos reis e aos que governam honra e sujeição (1Pe 2.13-17; Tt 3.1). Os reis devem ao Rei suas coroas, seu títulos, sua glória (Ap 4.9-11). (Um deles, Herodes, morreu por “não haver dado glória a Deus” – At 12.23).

 

 

O Rei está governando do exílio. Não quiseram que ele reinasse. Seus súditos de ontem e de hoje são membros de seu Corpo, que é a Igreja. Ele está fisicamente ausente. Mas, regressará. E virá de surpresa. As nações e os povos vão mudar de ideia. Ao nome dele se dobrará todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra e toda língua confessará que Ele é o Senhor do Universo (Fp 2.9-11). Em seu manto e em sua coxa, estarão escritas as palavras — Reis dos Reis e Senhor dos Senhores (Ap 19.16). No desenrolar do programa, o sétimo anjo tocará a trombeta e será dito a grandes vozes: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor, e do seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11.15).

George Frederico Haendel ficou empolgado com as profecias do retorno do Rei e em três semanas escreveu o seu célebre oratório “O Messias” (Londres 1741). Quando o Rei Jorge II, da Inglaterra, em 1743 ouviu a peça pela primeira vez, não pode conter o entusiasmo e se pôs em pé, enquanto o coro e a orquestra executavam o trecho referente ao advento de Jesus Cristo e o fim do seu exílio. Ele quebrou o protocolo para reverenciar o Rei dos reis na sua mais extraordinária apoteose!

Texto originalmente publicado na edição 10 de Ultimato.

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