A oração do jornalista: “capacita-me na arte de escrever”
Ó Deus, tem misericórdia de mim, pois sou pecador e aprendiz. Em meu incontido desejo de repassar para os outros as belezas que encontro na leitura da tua Palavra a cada manhã, peço-te que me dês capacidade para produzir textos edificantes. Dá-me uma porção daquilo que é necessário para cumprir e desenvolver essa aspiração.
Dá-me substância, conteúdo, recado, mensagem. Algo que gere fé e convicção, conforto e esperança, arrependimento e transformação, alegria em meio à tristeza e consternação em meio à euforia. Filtra o que eu tenho para escrever e o que eu quero escrever. Ensina-me a construir em vez de destruir. Que a minha pena em tempo algum afaste alguém de ti.
Dá-me exegese cuidadosa da tua Palavra. Que eu não me sirva dela de modo irresponsável e superficial, mas que ela se sirva de mim. Dá-me uma mentalidade bíblica. Que eu veja a história numa perspectiva bíblica. Que eu veja o presente numa perspectiva bíblica. Que eu enxergue o futuro numa perspectiva bíblica.
Dá-me discernimento espiritual para eu não misturar as coisas nem deixar de distinguir o bem do mal, o doce do amargo, a luz das trevas e o trigo do joio. Dá-me coragem e equilíbrio no trato de temas controvertidos e apaixonantes, e capacidade para enfrentar o que é complexo.
Dá-me a sabedoria que vem do alto, aquela que procede de ti, aquela que existe desde o princípio, aquela que mora com a prudência, aquela que vale mais que o ouro puro e a prata escolhida, aquela que tornaste disponível por meio da oração. Preciso muito de olhos que vejam, de ouvidos que ouçam e de coração que ame. Quero ser escravo e instrumento da Verdade.
Afasta de mim as segundas intenções, os propósitos duvidosos, as alfinetadas desnecessárias, a crítica mordaz. Livra-me do desamor, do preconceito, do equívoco, da injustiça. Segura em tuas mãos as rédeas do meu pensamento, do meu raciocínio, da minha escrita. Não me deixes escrever o que não é para ser escrito. Não me deixes colocar bobagens no papel. Amém.
Texto publicado originalmente em Súplicas de um Necessitado - oração e vigilância.
Cláudia Mércia Eller Miranda
Esta oração do jornalista Elben César foi ouvida! Seus escritos edificam; permanecem como precioso legado.
EDUARDO
Élben foi um grande contista evangélico, arguto observador, sincero em suas observações simples e pontuais fincadas em textos bíblicos, sobretudo nos evangelhos. Mas jornalista não foi. Tinha tudo o que era necessário, mas não foi e nem podia ser. Nunca deu um único furo de reportagem. Jamais trouxe à baila pontos contraditórios, sempre evitou o embate jornalístico. Foi, todavia, como jornalista, criador de uma revista que fez e faz época. Infelizmente seus herdeiros editoriais não têm nem a verve nem a visão aguda que Élben tinha.
Harley Wondracek
Quanto aos herdeiros editoriais de Ultimato, precisam manter e, claro, ampliar as raizes teológicas, filosóficas, morais e éticas do grande projeto do que pode ser chamado hoje de melhor revista cristã do país. Pr Harley Wondracek, assinante há cerca de três décadas.