Paradas obrigatórias
Durante a caminhada de quarenta anos entre o Egito e a terra de Canaã, Israel armou e desarmou suas tendas inúmeras vezes. É como se lê: “Tendo partido toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Sim, fazendo suas paradas, segundo o mandamento do Senhor, acamparam-se em Refidin” (Êx 17.1).
Nós também precisamos de muitas paradas na caminhada rumo à Canaã celestial.
Paradas para descansar um pouco da última etapa. O cansaço enerva e provoca desânimo. O próprio Jesus fez questão de sugerir a seus discípulos um período de repouso (Mc 6.31).
Paradas para agradecer o que aconteceu durante a última etapa: o maná não faltou; a coluna de fogo não se afastou; a nuvem que fazia o papel de um enorme toldo não desapareceu; as sandálias não se gastaram. O agradecimento faz bem à alma. Não se pode esquecer “de nem um só de seus benefícios” (Sl 103.2).
Paradas para refletir. Para reorganizar o pensamento, para recapitular as lições anteriores, para enxergar a mão de Deus, para descer fundo na história da redenção, para mirar o futuro pelos olhos da fé e da esperança. Asafe livrou-se do suicídio espiritual ao entrar no santuário de Deus e ao entregar-se à reflexão (Sl 73.16-17).
Paradas para fazer reparos. Pode ser que haja um buraco na tenda e muita roupa para lavar. Reparos na economia do lar, reparos no relacionamento conjugal, reparos na educação dos filhos, reparos no testemunho cristão, reparos na saúde física e emocional, reparos na vida devocional.
Paradas para abastecer. Há mais uma etapa pela frente. E depois outras e outras. E, assim, até chegar à divisa, ao rio Jordão, e ao outro lado, à terra que mana leite e mel. É preciso recompor o estoque, a fé, a confiança, a disposição, o ânimo, a coragem, a alegria, o entusiasmo, a submissão. O mandamento é encher as entranhas da Palavra de Deus (Ez 3.3) e a alma, do Espírito Santo (Ef 5.18)!
Texto originalmente publicado na edição 259 de Ultimato.