G.K. Chesterton e a Loja de Fantasmas
Gabriele Greggersen
O renomado jornalista e autor de livros de mistério e ficção, Gilbert Keith Chesterton (1874- 1936) era um verdadeiro especialista na arte de criação do mistério, e seu aproveitamento para o ensino de temas filosóficos. De acordo com o igualmente renomado jornalista brasileiro Oliveiros, não é por acaso que este autor o cativou e teve trânsito livre na sua casa desde a mais tenra infância. Para ele o grande diferencial do autor encontra-se no fato de ter percebido:
claramente a encruzilhada onde a civilização ocidental tinha chegado ao abandonar o caminho da religião e de um universo centralizado em Deus. Culpou a cobiça individual e nacional por ter sido a causa da Primeira Guerra Mundial. Havia pessoas em demasia que prestavam atenção exagerada às vantagens da vida, e pouquíssima atenção à própria vida. ‘Cada dia,’ disse ele, ‘é uma dádiva especial; algo que poderiam não Ter existido’. Chesterton descobriu cedo na vida o valor do paradoxo como ‘a verdade de cabeça para baixo para obter atenção.’ Conseguiu fazer outras pessoas pensarem, por intermédio de declarações suficientemente incomuns, que penetravam nas defesas delas e explodiam de modo devastador dentro das suas mentes.[1]
Se pudermos chamar estes saberes cotidianos e sabedorias de vida de “filosofia” é uma questão discutível. Alguns até o criticam por certa superficialidade, atribuindo o fato à polivalência dos seus temas e gêneros literários. Evidentemente o tipo de “explosão” provocada por suas obras, não tem a intenção de destruir o leitor, mas trata-se de um recurso didático, considerado extremamente eficiente pelos críticos de sua obra. A análise e estudo das metáforas e o recurso à imaginação e à fantasia vem sendo cogitado hoje, como excelente método para estudo de textos filosóficos.
Considerado um dos maiores autores do nosso século, Chesterton publicou mais de 60 livros em vida, que se destacam pela riqueza e variedade de gêneros literários abrangidos. Seu estilo diferencia-se pela clareza e simplicidade com que traduz conceitos altamente complexos da filosofia para a linguagem comum. Também se destaca pelo humor e imaginação nos seus contos e pela ironia presente em seus ensaios apaixonados contra o cientificismo, os totalitarismos e as injustiças sociais. Precisamente por esta postura, explicitamente assumida, particularmente após a sua conversão para o cristianismo, Chesterton sofria severas críticas da parte da crítica, que muitas vezes o censurava por seu conservadorismo.
Por outro lado, como pudemos constatar em encontro a algumas décadas, promovido pelo Centro de Fé e Cultura da PUC/São Paulo, este nome não apenas continua sendo lembrado com carinho pelos leitores de língua britânica, mas é prestigiado também no Brasil, onde já se conta com traduções de algumas de suas obras, principalmente nos meios jornalísticos, jurídicos, filosófico-sociais, literários e teológicos. Infelizmente, porém, este integrante da literatura mundial é ainda bastante ignorado pelo grande público brasileiro.
De acordo com a Sociedade Americana de Chesterton (“The American Chesterton Society”)[2], a figura deste criador de personagens tão pitorescos, sendo o mais famoso de todos sem dúvida, o simpático padre Brown, sempre às voltas com a solução dos mais misteriosos crimes e O Homem que foi Quinta-feira, foi ele mesmo um grande e pitoresco personagem. Sua luta contra os modismos de sua época ganha até em força no contexto atual (relativismo moral, reducionismo, consumismo, etc.). Chesterton concentra-se na conscientização do leitor, de que nem tudo o que é novo é necessariamente melhor e que as soluções altamente complexas e sofisticadas, nem sempre (ou praticamente nunca) são as melhores e mais belas soluções para os problemas da humanidade.
… ele nos oferece uma visão de sociedade saudável, baseada no sentimento do numinoso, de gratidão, e da dignidade humana dada por Deus. Mas sua singularidade e importância entre os críticos do Modernismo deve-se não só à profundidade de seu pensamento, mas também à acessibilidade de seu estilo – pelo fato de ter aplicado a linguagem comunicativa de jornalismo, recheada de senso crítico histórico, humor, graça, e bom senso, para expressar a sua visão.[3]
Para o eminente jornalista Oliveiros, Chesterton não se destaca apenas pela sabedoria, mas também pela forma paradoxal de remeter-nos a profundos conteúdos filosóficos, retratando a realidade das coisas, através da figura de um singelo padre e sua visão de mundo. Este método não fica explícito meramente pelas metáforas empregadas pelo autor, mas muito mais pelas estratégias de ação e a postura sincera e transparente adotada pelos personagens principais. Nada como Chesterton mesmo para descrever o seu método:
“… não estou dizendo isso como uma forma figurativa de falar. É isso o que acontece quando a gente tenta falar sobre coisas profundas… O que valem as palavras?… Se alguém tenta falar sobre uma verdade que é simplesmente moral, as pessoas sempre pensam que ela é simplesmente metafórica…”. E continuou descrevendo como chegava ao fim de suas investigações. Nessa passagem… há muito da sabedoria do padre e muito do que Chesterton pensava do mundo moderno: “Eu quis dizer que realmente me via como autor daqueles crimes. Eu não matei realmente aquelas pessoas com meios materiais, mas isto não vem ao caso. Qualquer tijolo ou pedaço de ferro poderia tê-las liquidado por meios materiais. Eu quero dizer que pensei repetidas vezes na possibilidade de um homem poder ser assim, até que percebi que eu era, na realidade, muito parecido em tudo com ele, com exceção apenas no consentimento final para o ato. Isso foi-me uma vez sugerido por um amigo como uma espécie de exercício religioso.[4]
E, mais adiante, Oliveiros sintetiza este espantoso método, centrado no conceito de natureza criada, ou encarnada; de razão (muito presente também em S. Tomás, que diferencia entre Logos Divino e logos humano) e de motivação adequada:
Este é o alfa e o ômega do método do padre: se a razão nos foi dada por Deus, o que não é razoável é errado. Giussani trilha o mesmo caminho quando nos diz: “… o ‘razoável’ mostra-se a nós enquanto tal quando a postura do homem se manifesta com razões [eu diria “motivos”] adequadas. Se a razão é dar-se conta da realidade, tal relação cognitiva com o real deve desenvolver-se de modo razoável. E é razoável quando os passos para essa relação cognitiva são determinados por motivos adequados.[5]
Ao final da palestra, Oliveiros conclui que o pior de todos os criminosos, para Chesterton é o filósofo que ignora o mal existente no mundo e a necessidade de nos empenharmos por uma vida razoável e temente aos homens e acima de tudo, a Deus.
No caso de O Homem que Foi Quinta-Feira o método paradoxal fica nítido quando o poeta cortês e manso do início da história revela-se o “verdadeiro anarquista” (o próprio diabo) no final, enquanto que o líder suposto da falsa sociedade rebelde revela-se como sendo o próprio Deus. Ao longo de toda a história, cada um dos membros da sociedade secreta anarquista (que são denominados, de acordo com os dias da semana), com exceção do poeta, que havia sido expulso por alta traição (ex-Quinta -feira), vai se revelando como detetive disfarçado, que já estava prestes a matar os companheiros. Domingo vai conduzindo o grupo às situações mais hilariantes e inusitadas ao longo da história, (o “levado da breca”). E o seu peculiar humor e forma de condução da sua equipe, salvou-o da autodestruição, trazendo de volta a consciência de si, a paz e a unidade. E qual a função da filosofia, se não esta de conhecimento de si mesmo, ou de desalienação?
Interessante notar como Chesterton critica o falso moralismo dos ditos “poetas” e o excesso de higiene dos anarquistas ou totalitários. Critica ainda os próprios detetives, que chama de verdadeiros “asnos”, por ficarem disputando as suas vaidades ao invés de simplesmente honrarem o Criador, que deseja para eles o máximo de felicidade e prazer.
E quando os membros da equipe são levados para o Reino do seu Líder, vivem um verdadeiro conto de fadas na realidade Assim, Chesterton termina de forma não menos paradoxal, remetendo-nos ao importante papel da imaginação na realização do homem, nas impressões finais de Quinta-feira.
No presente conto de Natal, Chesterton usa de ironia e paradoxo para falar de Papai Noel, convidando eminentes escritores e dramaturgos para o diálogo, que sempre manteve aberto com seus colegas de pena. Vamos a ele:
Loja de fantasmas
- K. Chesterton
(primeira publicação no London Daily News)
Quase todas as melhores e mais preciosas coisas do universo podem ser adquiridas por menos de dez reais. É evidente que eu terei que excluir o sol, a lua, a terra, as pessoas, as estrelas entre outras ninharias. Mas terei que excluir ainda outra coisa que não tenho permissão de mencionar neste artigo e cujo preço mínimo é 15 reais. Mas isso certamente já deixará claro o princípio geral. Na rua de trás, por exemplo, você pode pegar o bonde elétrico por um real. Andar de bonde elétrico é como entrar em um castelo voador num conto de fadas. Você também pode comprar um monte de doces coloridos por um real. E pode até ter a chance de ler este artigo por um real; infelizmente junto com outras matérias irrelevantes.
Mas se quiser descobrir quantas coisas incrivelmente valiosas você pode adquirir com dez reais, terá que fazer como fiz na noite passada. Eu prensei o meu nariz contra a vitrine turva de uma loja de brinquedos fracamente iluminada em uma das ruas mais cinzentas e íngremes de Battersea.[6] Mas por mais obscuro que fosse aquele pedaço de luz, ele estava repleto (como uma criança me disse certa vez) de todas as cores que Deus já criou. Todos aqueles brinquedos que até as crianças pobres compram, estavam muito sujos, embora fossem brilhantes. Da minha parte, penso que a genialidade da invenção é mais importante do que a limpeza; isso é algo relacionado à alma enquanto a sujeira está relacionada ao corpo. Queiram perdoar-me, pois sou um democrata e sei muito bem que estou fora de moda no mundo moderno.
Enquanto estava assim olhando para aquele palácio de maravilhas em miniatura, via pequenos ônibus verdes, minúsculos elefantes azuis, bonecas negras, e pequenas Arcas de Noé vermelhas. Devo ter caído em algum transe sobrenatural. Naquele instante a vitrine de loja fosca transformou-se como que em um palco todo iluminado como que para a apresentação de alguma comédia irreverente. Com isso eu me esqueci completamente das casas cinzentas e pessoas encardidas que cruzaram meu caminho, como quem esquece as galerias escuras e toda a platéia quando vai ao teatro. Parecia que os pequenos objetos atrás do vidro eram pequenos, não porque fossem brinquedos, mas porque eram objetos distantes. O ônibus verde era realmente um ônibus verde, um ônibus verde de Bayswater,[7] passando por um imenso deserto em seu caminho normal para Bayswater. O elefante azul já não era mais azul, na verdade estava pintado. Ele só parecia azul à distância. A boneca negra na verdade era uma mulher negra que contrastava contra a folhagem tropical bucólica numa terra em que até mesmo as ervas daninhas contrastam contra o único ser que pode ser preto, o ser humano. A Arca de Noé vermelha era um enorme navio de verdade, de resgate terrestre, navegando no mar revolto pela chuva e vermelho, nos primeiros raios da aurora da esperança.
Suponho que todos já passaram por aqueles momentos de deslumbramento abstrato, aqueles flashes de brilhantismo que dá na mente. Nestas horas enxergamos o rosto do nosso melhor amigo como protagonista de alguma demonstração ou peça teatral. Normalmente este tipo de aparição é marcado por dois sinais: o vagar do crescimento e o final repentino. O retorno ao raciocínio normal muitas vezes é tão abrupto, que é como um esbarrão em alguma pessoa. Esbarrar em pessoas é algo que de fato (no meu caso pelo menos) ocorre com grande frequência. Mas no meu caso, o acordar para a realidade é sempre um embate e, de uma maneira geral, ele sempre é completo. Agora, neste caso, eu me conscientizei novamente, com um choque de sanidade, de que, na realidade, tudo o que eu estava fazendo era olhar fixamente para dentro de uma pequena e suja loja de brinquedos; mas de alguma maneira estranha, a minha cura mental parecia não ter sido definitiva. Ainda havia em minha mente algo incontrolável que me dizia que eu havia me perdido em um ambiente estranho ou que já havia feito alguma coisa estranha. Eu me sentia, como se tivesse realizado algum milagre ou então, cometido um pecado. Era como se eu tivesse, de alguma forma, ultrapassado um limiar da minha alma.
Para me livrar desta perigosa e fantasiosa intuição, eu entrei na loja e tentei comprar soldadinhos de madeira. O homem da loja era muito velho e doentio. Ele andava descabelado, com seus cabelos brancos cobrindo a sua cabeça e parte do seu rosto. Era um cabelo tão assustadoramente branco, que parecia quase artificial. No entanto, embora ele já estivesse senil e até doente, não havia sinal de sofrimento nos seus olhos; era como se ele tivesse caído gradualmente em um pesadelo de uma decadência lenta, nem um pouco brutal. Ele me entregou os soldadinhos de madeira, mas quando eu coloquei o dinheiro na mesa, a princípio ele parecia não tê-lo visto; depois ele piscou com docilidade, e em seguida empurrou-o suavemente.
“Não, não,” disse ele vagamente. “Eu nunca aceitei. Eu jamais aceitei. Nós somos bastante antiquados por aqui.”
“Não aceitar dinheiro,” respondi eu, “me parece muito mais uma nova moda fora do comum, do que uma prática antiga”.
“Eu jamais aceitei,” disse o velho, piscando e assuando o nariz; “eu sempre dei presentes. Estou velho demais para parar”.
“Deus do céu!” disse eu. “O que você pode estar querendo dizer? Será possível que você seja o Papai Noel?”
“Sou eu mesmo, Papai Noel,” disse ele apologeticamente, e assuou o nariz novamente.
As lâmpadas não podiam mais ser acesas lá fora na rua. De qualquer forma, eu já não conseguia ver mais nada na escuridão, a não ser a vitrine. Não havia som de passos ou vozes na rua; eu poderia ter me perdido em algum mundo novo e desprovido de sol. Mas alguma coisa rompeu com o meu bom senso e eu não conseguia de forma alguma sentir surpresa, mas no máximo, certa sonolência. Algo me fez dizer: “Você parece doente, Papai Noel.”
“Na verdade, estou morrendo,” disse ele.
Eu não disse nada até que ele retomou a fala:
“Todos os jovens e crianças desprezam a minha loja. Não consigo entender isso. Eles parecem estar me boicotando por motivos tão estranhos e inconsistentes, quanto o daqueles cientistas, e daqueles inventores. Eles dizem que eu incuto superstições nas pessoas e as torno demasiadamente excêntricas, eles dizem que eu dou salsichas às pessoas e as torno primitivas. Eles dizem que o meu lado santo é santo demais; e que o meu lado terreno é demasiadamente terreno; eu não entendo o que eles querem, afinal de contas. Como é que um santo pode ser demasiadamente santo ou uma pessoa terrena, terrenal demais? Como é que alguém pode ser bom ou alegre demais? Eu não entendo. Mas uma coisa eu entendo bem até demais. Esta gente de hoje está viva e eu estou morto.”
“Você pode até estar morto,” respondi eu. “você deveria saber disso. Mas no que diz respeito ao que eles fazem, eu não acho que estão vivendo.”
Um silêncio reinou repentinamente entre nós que de alguma forma eu esperava ser inabalável. Mas ele não durou mais do que alguns segundos quando, em meio ao máximo silêncio, eu ouvi distintamente da rua um passo bem rápido aproximando-se cada vez mais.
No momento seguinte uma figura invadiu a loja e ficou parada na soleira da porta. Ele usava um largo chapéu branco, empinado para trás como se para expressar impaciência; ele também usava galochas apertadas e pretas daquelas de antigamente, uma bengala barulhenta antiquada, um paletó e um velho e fantástico casaco. Ele tinha grandes e brilhantes olhos arregalados como de algum ator conhecido; ele tinha uma face pálida, nervosa e uma barba decorativa. Ele entrou na loja do velho com um olhar que parecia literalmente um lampejo, dando vazão aos sentimentos, que pareciam de um homem extremamente comovido.
“Bom Deus!” ele esbravejou; “não pode ser você! Não é você! Eu vim para informar-me de onde está o seu túmulo”.
“Eu ainda não estou morto, Sr. Dickens,[8]” disse o velho cavaleiro, com um sorriso meigo; “mas estou morrendo,” ele apressou-se a acrescentar para tranqüilizá-lo.
“Mas, por todos os santos, você já estava morrendo no meu tempo,” disse o Sr. Charles Dickens bem animado; “e você não me parece nem um dia mais velho.”
“Eu já estou me sentindo assim há muito tempo,” disse Papai Noel.
O Sr. Dickens voltou as costas, pôs o seu chapéu e saiu porta afora para dentro da escuridão.
“Dick,” bradou ele com a maior força que a sua voz permitia; “ele ainda está vivo.”
Outra sombra apareceu na soleira da porta, e entrou um cavalheiro muito maior e bem mais jovial com uma enorme peruca, abanando o rosto corado com a sua boina de militar do estilo da guarda britânica. Sua postura era como de um soldado de verdade e a sua face quente tinha um ar de arrogância, que subitamente foi contrariada pelos seus olhos, que eram literalmente tão humildes quanto de um cachorro. A sua espada fazia um enorme barulho, como se a loja fosse pequena demais para ela.
“De fato,” disse Sir Richard Steele,[9] “é uma questão prodigiosa, pois o homem estava morrendo quando escrevi sobre Sir Roger de Coverley[10] e seu dia de Natal.”
Meus órgãos dos sentidos foram ficando cada vez mais turvos e o quarto foi se escurecendo. Eu tinha a impressão de que ele estava cheio de gente estranha.
“Todos sempre partiram do pressuposto,” disse o homem forte, que costumava inclinar um pouco a cabeça de forma bem humorada, mas obstinada (acredito que ele era Ben Johnson[11]). “Todos sempre presumiram, até o cônsul Jacob, que estes bons e saudáveis costumes ficaram doentes e que devem sumir deste mundo. Esta barba cinzenta certamente não era mais lustrosa quando eu o conheci, do que é hoje.”
E eu igualmente pensei ter ouvido um homem vestido de verde feito Robin Hood, dizer em alguma mistura de Francês normando: “Mas eu vi com os meus próprios olhos que o homem estava morrendo.”
“Eu já estou me sentindo assim há muito tempo,” disse Papai Noel no seu estilo suave novamente.
O Sr. Charles Dickens apareceu de repente e, inclinando-se até ele, perguntou.
“Desde quando? Desde quando você nasceu?”
“Sim,” disse o velho, e caiu trêmulo em uma cadeira. “Eu sempre estive à beira da morte.”
O Sr. Dickens tirou o seu chapéu com um gesto como de alguém que queria convocar uma multidão de pessoas para se levantar.
“Já entendi tudo agora,” gritou ele, “você não há de morrer jamais.”
[1] Walter A.Elwell (ed.) Enciclopédia Histórico-teológica da Igreja Cristã. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 278-279.
[2]Dale Ahlquist “Quem é esse sujeito e por que eu nunca ouvi falar dele” (“Who is this guy and why haven’t I heard of him?”), publicação eletrônica. Disponível: <http://www.chesterton.org/discover/who.html>. Acesso 21 Ago 2000.
[3] Idem.
[4] Oliveiros S. Ferreira “Chesterton – a sabedoria do padre Brown” Palestra proferida a 17 de agosto de 2000 no Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
[5] Idem.
[6] Battersea é uma área em rápida ascensão com um parque que leva o mesmo nome do bairro. Nele, há várias fontes, um lago para passeio de barco e a Pagode da Paz, um monumento em estilo japonês com vista para o Rio Tâmisa. Fonte: Wikipedia [Nota do tradutor]
[7] Outro bairro de Londres. [Nota do tradutor]
[8] Charles Dickens foi o mais popular dos romancistas ingleses da era vitoriana. A fama dos seus romances e contos, tanto durante a sua vida como depois, até aos dias de hoje, só aumentou. Fonte: Wikipédia [Nota do tradutor]
[9] Richard Steele foi um político e dramaturgo irlandês. É lembrado como o co-fundador, com seu amigo Joseph Addison, da revista The Spectator. Steele tornou-se membro do Parlamento do Reino Unido em 1713. Fonte: Wikipédia [Nota do tradutor]
[10] Sir Roger de Coverley, personagem fictício, idealizado por Joseph Addison, que o retratou como o autor ostensivo de artigos e cartas que foram publicados no influente periódico de Addison e Richard Steele, The Spectator. Conforme imaginado por Addison, Sir Roger era um baronete de Worcestershire e deveria representar um típico cavalheiro rural. Ele também era membro do fictício Spectator Club, e os escritos de Coverley incluíam divertidas vinhetas da vida inglesa do início do século 18 que eram frequentemente consideradas a melhor característica do The Spectator. Fonte: Britannica (tradução livre) [Nota do tradutor]
[11] Benjamin Jonson, conhecido como Ben Jonson, foi um dramaturgo, poeta e ator inglês da Renascença, contemporâneo de Shakespeare. Fonte: Wikipédia [Nota do tradutor]