// ESPECIAL VOCARE2018

Conectados pela internet, vivendo em grandes cidades, inseridos em rotinas atarefadas, a juventude global está sendo bombardeada diariamente por diversas informações, ideologias, cosmovisões e opiniões. Imersos numa realidade sem verdades absolutas, com bases destruídas, completamente desacreditados e vivendo uma busca incessante por respostas nos lugares errados. Mesmo com tantas ideias, essa juventude não consegue definir em que acredita. O resultado disso são declarações, como “a sua verdade pode não ser a minha” ou “tenho fé apenas em mim”.

Essa é a realidade de jovens de 17 a 35 anos de todo o mundo, assunto abordado na oficina Cultura Jovem Global, da Steiger, na tarde desta sexta-feira, 01/06, no congresso Vocare 2018. O objetivo da oficina foi refletir com participantes como evangelizar uma juventude globalizada, que crê que a verdade está morta e que a religião está ultrapassada.

Três questões levantadas durante a palestra foram o secularismo, o relativismo e o humanismo. Essas correntes de pensamento estão na raiz dos maiores problemas da juventude contemporânea: o pensamento de que a religião trouxe suas colaborações, mas agora é ultrapassada e desnecessária; não existe uma verdade absoluta, cada um faz o que acha que é certo; o homem é a resposta para ele mesmo, não vem de outro lugar.

“Creio que aquilo que Jesus e Maomé e Buda e todo resto falaram está certo.” John Lennon

Mesmo que inconscientemente, muitos jovens estão influenciados por um pensamento de Nietzsche, de que somos responsáveis por produzir o nosso sentido. Da mesma forma, o humanismo prega que o homem, partindo absolutamente de si mesmo, procura racionalmente construir a partir da sua própria existência um meio de encontrar todo o conhecimento, significado e valor.

Para essa juventude global Deus está morto, por isso seguem um modo de vida sem referência a Deus ou à religião. Influenciados pelo secularismo, vivem um estilo de vida cético, que se inclina mais para o profano do que para o sagrado, mais para o natural do que para o sobrenatural.

Segundo Volmir de Bastos, oficineiro e missionário da Steiger, todas essas cosmovisões são falhas e, em algum ponto, controversas ou duvidosas. Bastos lembrou a fala de Randy Thorner e Craig Palmer, dois escritores darwinistas, sobre a consequência lógica do relativismo na questão do estupro: “[o estupro] é um fenômeno natural e biológico que é produto da herança evolucionária humana’ [semelhantemente a coisas como] manchas do leopardo e o pescoço comprido da girafa.” Outro pensador, Peter Singer, em seu livro Practicals Etics, faz uma afirmação tão absurda quanto: “A vida de um recém nascido tem menos valor que a de um porco, de um cachorro, ou de um chimpanzé.”

Como os cristãos podem compartilhar a verdade com essa juventude? Como confrontar os jovens de forma respeitosa e ao mesmo tempo não negociar os princípios do evangelho? Como levar essa cultura global a uma mudança sem colocar como ponto central a cultura gospel, mas sim o evangelho de Jesus Cristo?

De acordo com o oficineiro, é preciso conhecer a cosmovisão dessa juventude, ouvir antes de falar, falar a mesma língua e encontrar pontes para a aproximação. É preciso mostrar a esses jovens que Jesus é a resposta para os questionamentos da cultura jovem global.

Por Eduarda Toro

Edição: Phelipe Reis

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