Parece propaganda. E pode ser lida assim. No entanto, o lançamento Até Que Tenhamos Rostos – a releitura de um mito é, de fato, chamada a obra definitiva de C. S. Lewis por alguns dos mais respeitáveis jornais do mundo e também por leitores nada desprezíveis, como John Updike.

Até Que Tenhamos Rostos é inédito no Brasil e chega nas melhores casas do ramo na primeira semana de julho. A revista Ultimato, na sua edição de julho-agosto, traz um anúncio de página inteira sobre o livro e também a capa, uma criação do designer Rick Szuecs. Confira abaixo.

Ultimatoonline antecipa a pequena resenha de apresentação da obra, que aparece na seção “Vamos Ler” da revista Ultimato, que começa a circular na próxima semana: 

Até que Tenhamos Rostos é o reconto do mito tradicional de Cupido e Psique e o livro preferido de Lewis. Começa e termina com paralelos com o livro de Jó. Lemos sobre autoconhecimento, arrependimento e redenção, mas a palavra cristianismo nunca é mencionada. Ninguém pode compreender ou apreciar completamente o pensamento de Lewis sem conhecer este livro. A sua obra mais difícil, e também a melhor.

Leia também: C. S. Lewis: Ficção, alegorias e mitos podem fortalecer a fé cristã?

Confira outros títulos de C. S. Lewis publicadas pela Editora Ultimato: Surpreendido Pela Alegria, Lendo os Salmos, Leituras Diárias da Crônicas de Nárnia e Um Ano com C. S. Lewis.

  1. O leitor já ouviu falar da narrativa (conto) mitológica de Cupido e Psique? Ela é bastante antiga, e o mundo mitológico Grego trouxe-a até nós. É com fundamento nesta mitologia que o livro de Lewis tem seu pano de fundo.

    No Ocidente Cupido e Psique é conhecida no romance latino, Metamorfose, escrito por volta do século II por Apoleio.

    O próprio conto deve ser muito antigo, vez que as representações de Eros (cupido) e Psique (alma) aparecem na arte Grega já no século IV a.C.

    O conto mitológico de que se serve Lewis narra a história de um rei que tinha três filhas, todas muito lindas, mas nenhuma tão linda quanto a mais nova. Embora as irmãs mais velhas se casem, a mais nova encontra apenas adoradores e amantes. São as MÁSCARAS.

    Tanta atenção ela recebe que acaba por cair na ira de Vênus que envia seu filho Cupido para por fim à competição entre seus adoradores e amantes. Mas Cupido se apaixona por ela, fica noiva e casa, encerrando-a em um esconderijo, tirando-a do assedio de seus adoradores e amantes. O único pedido dele a ela é para que nunca tente descobrir sua identidade.

    Cansada de ficar sozinha o tempo todo, ela pede a Cupido para ver suas irmãs. A visita se transforma em desastre. Suas irmãs a obrigam a revelar a identidade de seu noivo e futuro marido.

    Ao expô-lo, e revelando a identidade de Cupido, ela traz sobre si a ira de Vênus e Psique é forçada a vagar em uma busca frenética para atender às demandas ciumentas de Vênus. Por fim ela ganha a parada com Vênus e ao final é restaurada ao seu amado Cupido. SEU VERDADEIRO AMOR.

    Este final feliz ilustra que, quando o amor é puro e verdadeiro, todas as angústias dores e tristezas, até mesmo os desafios acabam por garantir o sucesso de um VERDADEIRO amor, e não MÁSCARAS ou APARÊNCIAS. Dá para perceber onde Lewis quer ir? O Cristianismo é a verdade, o resto, é máscara.

    De todos os histórias da mitologia Grega, nenhuma demonstra mais claramente que o AMOR VERDADEIRO existe, colocando de lado todas as MÁSCARAS possíveis e imagináveis, beleza inclusive.

    Psique revela que o AMOR VERDADEIRO deve ser defendido, buscado e apoiado, não importa qual seja o custo.

    É baseado neste conto mitológico que o livro de C. S. Lewis é escrito e elaborado.

    Lewis ‘converte’ o mito Grego, jogando MÁSCARAS com VERDADEIRO, e constrói uma história do amor verdadeiro que o Cristianismo estampa quando verdadeiramente buscado.

    A Bíblia para Lewis só pode ser entendida através de mitos, mitos que vão desde os nórdicos aos mitológicos gregos. Lewis ‘desmitologiza’ todas as outras religiões, todos os outros amores, e constrói sobre mitos o VERDADEIRO AMOR conhecido apenas no Cristianismo e na pessoa de Jesus Cristo.

    Quanto mais leio Lewis, mais percebo o quanto ele tinha antipatia pelo mundo teológico continental que a Europa, via os Alemães, produziam. Lewis é um gigante de pesquisa literária, por amor e por profissão.

  2. O coração quase explode de felicidade toda vez que vocês laçam um livro novo do C.S. Lewis que ainda não tinha tradução.
    Parabéns pela iniciativa e continuem, nós os fãs do C.S. agradecemos <3

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