Há muitos anos, o “Mineiro com Cara de Matuto” encontrou uma cruz diferente de todas as cruzes que ele vira até então. Ela estava fincada no gramado da Universidade Gwynedd-Mercy, católica, nos arredores de Filadélfia, Estados Unidos. O Mineiro ficou apaixonado por essa cruz. Desde então, o Mineiro convidou entusiasticamente: “Coloque uma cruz vazada em sua cidade. Ela anuncia o mais puro evangelho: o sucesso da morte vicária de Jesus, o segundo advento de Jesus, a ressurreição dos mortos, os novos céus e a nova terra”.

Durante o mês de janeiro de 2017, quando Ultimato comemora seus 49 anos, a cruz vazada será o topo do boletim Últimas, para lembrar e reforçar um dos valores mais estimados por Ultimato: a centralidade de Jesus Cristo. Veja a seguir o registro de algumas delas.

  1. “Coloque uma cruz vazada em sua cidade. Ela anuncia o mais puro evangelho: o sucesso da morte vicária de Jesus, o segundo advento de Jesus, a ressurreição dos mortos, os novos céus e a nova terra”.

    Se o Conselho da igreja decidisse por uma cruz desse tipo, respeitosamente me oporia.

    Primeiro, ela não é uma variante histórica. A história do Cristianismo não registra esse tipo de cruz. Muito embora não deixa de ser sugestiva.

    Em Ponta Grossa, PR., a Prefeitura mandou fincar uma http://www.hpbysandra.com.br/blog/?p=1968

    A ideia, segundo o blog, é que este tipo de cruz transmite “a expressão máxima do cristianismo: a Ressurreição de Cristo. Uma declaração poderosa de que Ele deixou a cruz, não está morto, ressuscitou! O símbolo da cruz continua tendo seu pleno significado: Jesus entregou-se na cruz em nosso lugar para o perdão dos nossos pecados. Porém, Ele ressuscitou e subiu ao céu, de onde voltará para buscar os que creem Nele.”

    Interessante é que na história do Cristianismo a relação entre morrer e ressuscitar se faz com o túmulo e não com a cruz.

    A Quaresma (quadragésimo) é uma instituição em que se comemora a Semana Santa, pontuando a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus, e durante o período a tradição enfatiza os eventos pertinentes ao fato que culminam na ressurreição.

    O ponto alto da fé Cristã não é a morte, mas a ressurreição, portanto. Evidentemente que não se comemora a ressurreição sem a morte, e morte de cruz, mas é a ressurreição, o que se poderia chamar de ‘a grand finale’.

    Nas igrejas do rito católico (latino) a cruz aparece sempre com o Cristo nela pregado. No Protestantismo em geral não se usa a cruz, sobretudo porque se admite que Jesus não estaria mais ali. Morto e sepultado, ele agora, ressurreto, declara a fé do Credo Apostólico, cumpre o que os evangelistas afirmam.

    ULTIMATO já havia publicado esta matéria aí em artigo de 2011 https://ultimato.com.br/sites/blogdaultimato/2011/04/14/a-cruz-vazada-espalhada-pelo-brasil/ onde aparece com destaque a figura do criador da cruz vazada, Jay J. Dugan. Nem ULTIMATO informa quem foi Dugan, exceto que “devia ser um cristão muito piedoso”.

    Tudo indica que Jay J. Dugan que criou a cruz vazada foi o mesmo que bolou a escultura da ‘Oreo’ (biscoito achocolatado) muito conhecido, muito conhecido pela marca ‘Negresco’ da Nestlé https://blog.library.villanova.edu/2013/08/13/the-oreo-an-awakening/

    Dugan (1919-1990) ficou conhecido pelo recurso de produzir traços geométricos em pedra vazada https://www.chairish.com/product/323617/geometry-in-stone-sculpture-by-jay-dugan. Cristianismo nunca foi seu forte. Era escultor da Nestlé e ofereceu seus préstimos à universidade mencionada por ULTIMATO.

    O curioso é que a mesma justificativa da Prefeitura para a cruz vazada, é na essência a mesma do saudoso Élben: “Ela anuncia o mais puro evangelho: o sucesso da morte vicária de Jesus, o segundo advento de Jesus, a ressurreição dos mortos, os novos céus e a nova terra”.

    Infelizmente há mais teologia evangélica conservadora aí do que caracterização histórica, segundo a melhor tradição cristã, do evento da cruz.

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