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Lar dos Velhinhos Bezerra de Menezes, em Sobradinho (DF) Tony Winston/Agência Brasília

Maranhão é o estado com a menor expectativa de vida do país. É o que indica a Tábua Completa de Mortalidade do Brasil 2014, divulgada esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A baixa expectativa de vida para os maranhenses pode estar relacionada à população rural, à alta taxa de mortalidade infantojuvenil e aos índices de mortes violentas no estado. A afirmação é do pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fernando Albuquerque.

De todos os estados brasileiros, o Maranhão foi o que apresentou a menor expectativa de vida para a população: a média de vida para homens e mulheres maranhenses nascidos em 2014 foi 70 anos, enquanto a média nacional ficou em 75 anos e 2 meses.

O pesquisador cita as possíveis causas desse resultado para o estado: “o Maranhão, no censo de 2010, registrou que 37% da população maranhense ainda residia em áreas rurais. E normalmente é onde a mortalidade é mais elevada. A mortalidade infantojuvenil ainda é relativamente alta. E esses fatores também podem ser influenciados por um aumento nas causas violentas, que inibe um maior aumento da expectativa de vida, principalmente a masculina, já que esses óbitos afetam muito a população masculina”, diz.

De acordo com o pesquisador, em 2004, o Maranhão registrou 45 mortes violentas para cada grupo de 100 mil homens. Em 2014, esse número subiu para 98 óbitos violentos a cada 100 mil homens. Segundo Fernando Albuquerque, essa é uma das causas da grande diferença na expectativa de vida entre os dois sexos no Maranhão.

O relatório do IBGE apresentou expectativa de 74 anos para mulheres maranhenses e pouco mais de 66 anos para os homens. No relatório referente a 2013, o estado já registrava a pior média de vida do país.

Fernando Albuquerque explica que, diferentemente da maioria dos outros estados brasileiros, as taxas no Maranhão aumentam timidamente a cada ano. “A expectativa do Maranhão, de vida ao nascer, era de 57 anos e meio, em 1980. E agora, em 2014, foi 70 anos. Houve um aumento considerável. Mesmo assim, esse aumento poderia ser até maior. Nesse período houve uma piora do nível da mortalidade. Em 1980 ele ocupava a 24ª posição. Agora ele está em último”, esclarece.

A Tábua de Mortalidade do Brasil é divulgada anualmente pelo IBGE. O Estado de Santa Catarina lidera o ranking de 2014 com a maior expectativa de vida: 78 anos e quatro meses, oito anos a mais que o Maranhão, último colocado.

Com informações da Rádio Nacional da Amazônia.

  1. Que triste realidade, apesar de ter havido melhoras, mas as causas de morte devido ao aumento da violência e a continuidade da pobreza são lamentáveis. Que Deus abençoe o povo maranhense e que a Luz de Jesus possa vencer as trevas que ainda predominam…

  2. Maria fatima Nunes Meireles

    Claro, que o Maranhão não podia deixar de ser o pior estado da federação, pois estivemos em uma dinastia preversa, por mais de quarenta anos.A população durante esse tempo todo, passou toda sorte de necessidade que qualquer ser humano possa imaginar.
    Há uma grande parcela que vive abaixo da linha da miséria. Posso afirmar que são seres humanos que sequer fazem uma refeição digna, ao dia.
    E lastimável assistir a desolação dos pais que vêem seus filhos chorar de fome e morrer na rua por falta de alimentos ou atendimento hospitalar.
    As campanhas nacionais de nutrição e educação básica não chegavam aos municípios em seu formato, determinado pelos Ministérios, muito era substituído ou mesmo subtraido. A carência da população toranava-se cada vez mais crítica.
    A iniciativa privada não associada ao governo conseguia desenvolver – se a um alto custo.
    A perseguição era cruel. Podia-se presenciar um delegado da Justiça do Trabalho visitando estabelecimento de ensino à noite para punir.
    Era além de injusto, ridículo a abordagem e as punições adotadas.
    O comércio então, era chantageado e punido de maneira perversa. Podia-se presenciar várias maneiras coercitivas as quais muitos se submetiam para poder prosseguir.
    Muitos não suportavam e desistiam, buscavam novas localidades ou retornavam às suas origens.
    Aqueles que viviam no campo, os pequenos agricultores e familiares que trabalhavam de sol a sol e se algum interesse comercial de grande porte ali surgia, eram massacrados até desistirem. Vide a região de Serra Pelada, o garimpo que tirou e levou muita gente à pobreza, a prostituição e raros ao progresso financeiro.
    Com grande alegria, mesmo já distante da região, posso acompanhar e avaliar as mudanças que vêem aconteceno e me alegrar, dizendo que, o Maranhão tem jeito.
    por conta da servidão aos órgãos públicos

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