Crianças da “Casa Dá Vida”, no sertão da Paraíba

Somos da Igreja Batista Sertaneja, comunidade cristã existente há cinco anos. Além das várias frentes de evangelismo e discipulado – prática natural em uma igreja saudável – desenvolvemos o Projeto “Casa Dá Vida” que objetiva abençoar os mais vulneráveis da região.

O projeto é desenvolvido na cidade de Itaporanga, semiárido, região do Vale do Piancó, sertão da Paraíba, distante 415Km de João Pessoa (PB).

O “Casa Dá Vida” surgiu a partir da reação aos desafios presenciados junto, principalmente, das pessoas que vivem da e na prostituição.

A pergunta era: O que podemos fazer para trazer alternativas de melhor qualidade de vida para quem deseja alternativa profissional, mas não tem direção?

A ação social de misericórdia da “Casa Dá Vida” é, principalmente, em duas frentes:

1. Trabalho com crianças que vivem abaixo da linha da pobreza, incluindo os filhos das profissionais do sexo a partir de três anos de idade, promovendo formação cristã evangélica, abrangendo caráter e cidadania, reforço alimentar e atividades lúdicas. Temos, atualmente, 109 crianças frequentando a Casa.

2. Formação profissional para jovens e adultos comprovadamente à margem do mercado de trabalho, com cursos de curto prazo pertinentes à demanda de mão de obra da região.

Oferecemos curso de costura em linha reta – as fábricas de pano de prato e de chão do município absorvem mais da metade dos alunos formados; curso de pintura de pano – os panos de pratos, na fase de acabamento precisam de pintoras, valorizando em mais de 70 % o produto.

Técnicas de vendas, curso de cabeleireiro informática de mecânica de motos (o número de motos na região tem crescido de forma muito acelerada).

Este anos já passaram pelos diversos cursos na casa mais de 200 pessoas. Atualmente temos 145 alunos.

A iniciativa da obra social foi um despertar natural de uma igreja que evangeliza e foi ensinada a ter misericórdia.  A igreja despertou para a obra social no processo da prática do evangelismo levando a Palavra percebendo as necessidades, também sociais, nas comunidades e, sensibilizados, solidarizando-se com as pessoas.

• Relato publicado no boletim da Tearfund (maio/2014).