Nos dias 19 a 24 de março deste ano tive a alegria de participar do Iº Congresso Nacional de Evangelização do Sertão Nordestino. Com vistas a contribuir para a missão da Igreja por meio da missão estudantil participei deste evento. Pelo fato de a ABU ter grupos nas cidades do Crato e de Juazeiro, vi a importância em estabelecer relações com parceiros na recepção de estudantes de outras cidades e no desenvolvimento do homem sertanejo integral em Cristo. Também na inserção destes estudantes em parceria com outras entidades penetrar no sertão – na zona urbana e na zona rural como ambientes propícios para a propagação do evangelho integral, neste ambiente equivocadamente visto como desinteressante. Neste evento vislumbrei um lampejo de uma ação da parte de Deus no sertão nordestino na decorrência de ações anteriores, ainda que pontuais e nos compromissos assumidos no decorrer do congresso.

Senti meus olhos ofuscados quando via nos corredores do congresso agentes do Reino deslumbrados com as exposições, em particular do Carlinhos Queiroz sobre as peculiaridades do sertão, bem como suas reais necessidades e os cuidados com os equívocos das práticas das igrejas dos grandes centros urbanos. Vi também lideranças que se desarmavam de uma noção ufanista do Reino aportado em padrões de sucesso, quando ouviam testemunhos de pessoas como John Medcraft, Cesário de Paula, Siméia Meldrum, Bárbara Burns, entre outros.

Pude fazer parcerias com pastores, missionários da JOCUM, JUVEP, do Betel com Janaína, que mora no Recife e faz parte do Paralelo 10 na sua cidade, e outras figuras como o artista plástico Jorge Macalé, que trabalha com xilogravuras e desenvolve uma arte que retrata o cotidiano sertanejo.
Saí do evento com o compromisso de contribuir com a mobilização dos jovens paraibanos para a construção de um congresso do mesmo gênero para jovens de todo país com vista no chamamento para a missão no sertão nordestino. Também no mapeamento das universidades no sertão a partir da região do Cariri a fim de alertamos sobre as possibilidades de serviço nesta região. Creio que a conscientização de estudantes sobre a missão enquanto ainda estudantes, parte significativa destes estabelecerão ações nesta sofrida região.

Além disso tudo assumo o compromisso de mobilizar o máximo passível de jovens para missão no Reino. Também afirmo a importância do Paralelo 10 na mobilização de jovens que com recursos próprios não poderiam participar de iniciativas como a deste congresso. Agradeço muito a Deus por existir parceiros como o Paralelo 10, a juventude que tem consciência da vocação agradece.
Muito obrigado Paralelo 10!

Eduardo Evangelista tem 29 anos, faz mestrado em antropologia na UFPB e é assessor auxiliar da ABU João Pessoa.

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