quintasPor Marli Marcandali 

No dia 12/03, fui à Cracolândia junto com o pessoal do JEAME. Eram somente 16:00hs. Passamos como sempre no “meio do furacão” e tudo acontece a céu aberto. De repente, no meio do inferno, uma jovem nos aborda e olha para o Virgílio Vieira, perguntando se ele não lembrava dela da FEBEM. Foi uma alegria. Daí aparece outro e pede para tocar uma música no violão da Verna. Foi tremendo. Nunca vi aquilo. No meio daquela “muvuca” do crack, no meio do pessoal doidão, e de vários cachimbos acesos, de repente sai um louvor e um monte de usuários rodeando a gente, cantando, chorando, dançando ao som de louvores; alguns deles vieram pedir também para tocar louvores no violão, as vozes eram lindas e muitos que passavam reconheciam e se juntavam.

Chuva-na-cracolandia

Continua JEAME a brilhar!

Vários deles vieram pedir o nosso contato pedindo ajuda. Foi um mover de Deus no meio do inferno, como a equipe nunca viu. Eu olhava em volta de nós, no meio da desgraça pura e não conseguia segurar as lágrimas, pois explodia um louvor alto no meio da rua que contagiava, que provocava, que comovia, que nos ensopava como chuva… assim como a chuva que começou a cair também.

O mais lindo foi ver o carinho e os abraços calorosos do Virgílio, da Verna, da Suzy, que envolviam aquelas pessoas, que vivem na imundícia, com um amor que só pode vir de Deus, que via através de tudo aquilo o ser humano carente e sofrido criado à imagem e semelhança de Deus e que somente queria um abraço sincero e uma palavra de esperança. Bom, a semente tem sido lançada e muita água tem sido usada para regar aquela semente. Agora oramos para que o Senhor Jesus faça o milagre na vida daquelas pessoas e que haja salvação, restauração e muitos frutos.

Depois seguimos para a Fundação CASA. Foram duas unidades diferentes no Brás e havia quase 100 adolescentes que vieram voluntariamente participar da reunião do JEAME… alguns tão jovenzinhos! A maioria sabia as letras das músicas de louvor, cantavam com a gente, choravam, levantavam as mãos… foi demais ver os olhos daqueles meninos brilharem de esperança. Rostinhos tão lindos que poderiam ser meus filhos, e não dava para imaginar que todos tão jovens estavam envolvidos com o crime e que ali, contidos naquelas unidades prisionais, poderiam então receber uma palavra de desafio, de esperança e amor.

Continua JEAME a brilhar!

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