Sociedade
O Eu, O Corpo e a Ética Sexual Cristã
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— Guilherme Carvalho (@guilhermevrc) June 10, 2013
Prostituição e Direito à Saúde: Alexandre Padilha não errou
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Quase não pude acreditar no post de Pedro Serrano publicado no site da Carta Capital (aqui) ontem, a respeito da decisão do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O ministro teria retirado a campanha “Dia Internacional das Prostitutas” devido à pressão dos evangélicos, segundo Serrano. E o articulista afirma que Padilha errou.
Pergunta: por que o estado regula o casamento?
2Lendo uma obra filosófica muito importante sobre a natureza do casamento topei com essa pergunta interessante. Compartilho para estimular a reflexão:
“Imagine um mundo no qual a lei estabelece os termos de nossas amizades comuns: você e um colega de trabalho não poderiam iniciar uma amizade entre suas cabines de trabalho sem primeiro obter aprovação do estado, que poderia negá-la por considerar você novo demais ou desqualificado em algum aspecto. Tendo estabelecida a amizade, você não poderia terminá-la sem permissão do estado. E poderia até mesmo ser forçado a pagar pelos projetos iniciados com amigos agora separados – até à sua morte, e sob ameaça de prisão.
Isso seria uma loucura, e todos vemos porque: amizades comuns simplesmente não afetam o bem comum de formas estruturadas que possam justificar a regulamentação legal. Porque, então, nós – e todas as culturas conhecidas – regulamos legalmente o casamento?”
Girgis, Ryan & George: What is Marriage? New York: Encounter, p. 15.
Em breve mais ideias sobre o assunto!
A Ideia Cristã do Estado
2“Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro e se estribam em cavalos; que confiam em carros, porque são muitos, e em cavaleiros, porque são mui fortes, mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao SENHOR! Pois os egípcios são homens e não deuses; os seus cavalos, carne e não espírito. Quando o SENHOR estender a mão, cairão por terra tanto o auxiliador como o ajudado, e ambos juntamente serão consumidos.” (Is 31.1,3)
Há uma perspectiva cristã do Estado? Há quem pense que o cristianismo não tem nada que ver com Estado – nem com política; que a religião não tem nada a ver com política. Não no sentido de que a religião não se mescle com a política, pois isso sim, acontece sempre, mas no sentido de que a religião não deveria se misturar com a política nem se intrometer em coisas de Estado. Alguns mais radicais sustentam, inclusive, que a verdadeira política é incompatível com a religião. (mais…)
Como ser você mesmo – Parte 2
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De que modo nossa identidade se relaciona com o que fazemos? Essa pergunta foi introduzida no artigo anterior sobre identidade, e aqui vamos avançar em nossa reflexão, mas dessa vez mergulhando um pouquinho mais no texto bíblico. Vamos retomar a questão da relação entre o Ser e o Agir, sob os termos “graça” e “obras”, focalizando Gênesis 1-2 e Romanos 12.
Como mencionamos no artigo anterior, a identidade humana é inseparável da relação do homem com Deus. O homem é mesmo definido por essa relação, de modo que toda reflexão sobre a identidade humana atingirá um núcleo fundamentalmente teológico. Mas atenção: é fácil se confundir aqui. Muitas pessoas concordarão que, naturalmente, isso é assim para os cristãos; eles buscarão representar o homem a partir de sua concepção teológica, que é vista então com um “acréscimo edificante” a um saber que por natureza é neutro e fundado na antropologia científica ou filosófica. Mas não é disso é falamos; (mais…)
Como ser você mesmo – parte 1
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“Seja você mesmo” é quase um mantra que cada um de nós ouvirá nas mais diversas situações, do púlpito ao consultório, passando pela cultura pop: “Just do it cause you want it; not because you saw it!” é o que diz a letra da banda Curitibana Copacabana Club, sumarizando a “lógica” libertária – ou o seu lado “doce”. Mas ser o que quiser quando quiser tem o seu lado amargo: a ansiedade infinita de não se definir, de fragmentar-se e perder a forma, a concretude. (mais…)
O Atomismo Social segundo Charles Taylor, e a Espiritualidade Cristã
3Do Contra
Não é de hoje que procuro meios eficientes e interessantes de criticar a experiência moderna de autonomia humana. Não que eu rejeite completamente a noção de autonomia ou, falando de forma bem mais abrangente, a idéia de liberdade humana; mas já chega de modernidade, né? Essa coisa não deu certo mesmo (e nem era para dar certo). Seu ideal antropológico – do homem absolutamente autônomo, feliz da vida criando mundos demiurgicamente, “livre” dos constrangimentos da autoridade, da tradição, e da religião não passa de um mito naturalizado, que já está comendo o próprio rabo faz tempo. (mais…)