pássaros
Os passarinhos são nossos grandes mestres. Tenho um punhado de canções falando deles e tem até uma falando a eles. Entre os livros que ando saboreando ultimamente, estou com o Beyond Words, do Frederick Buechner. Alimento para a cabeça e para o coração.
Rolando pelo céu do verão, pousando no topo das árvores, alimentando seus filhotes, os pássaros vão cuidando de sua vida como sempre sem prestar muita atenção na raça humana, assim como a raça humana geralmente nem se preocupa com eles. Mas eis que senão quando eles fazem alguma coisa que chama nossa atenção. Os gansos do Canadá voando para o sul em bando na forma de V. Um bem-te-vi cantando Bem-te-vi! Bem-te-vi! Bem-te-vi! Um cardeal voando entre os arbustos como uma chama. Por um momento ou dois, até o mais tolo de nós compreende vagamente que o mundo seria um lugar mais pobre sem eles.
Pode-se pensar de vez em quando que os pássaros sentem o mesmo em relação a nós. Um homem com um guarda-chuva caminhando pela calçada. Uma mulher colhendo amoras. A cantiga de uma criança de dois anos brincando na caixa de areia. Será que os pássaros de vez em quando olham para nós como nós olhamos para eles, basicamente com indiferença, mas às vezes com a curiosidade de uma olhadela, o bater de umas asas, as primeiras notas de uma canção?
Jhônatas
“Se me pedissem para dizer em poucas palavras a essência de tudo que estava tentando dizer, tanto como romancista quanto como pregador, seria algo assim: ouça sua vida. veja-a como o insondável mistério que ela é. Nos aborrecimentos e na dor, assim como na alegria e na felicidade. Toque, sinta, prove seu caminho para seu santo e oculto coração, porque, em última análise, todos os momentos são importantes, e a própria vida é graça”.
(Frederick Buechner)
A sensação que tenho é que ele nos incita a revisar os acontecimentos diários, a simplicidade do belo despercebida, como a ausência de um pássaro…
Continue saboreando, querido professor, e, sempre que possível, acenda as velas de nossas salas escuras.
Afetuosamente,
Jhônatas Cabral
José Roberto Cristofani
Querido Gladir
Muitos vôos, tanta distância, todavia minha alegria em te encontrar voando livre neste blog.
Nenhum convívio pessoal, entretanto soam claras, ainda, as lembranças de tempos idos em santa catarina, de um único encontro, mas que ficou…
Coisas que só pedimos aos poetas: Voe e nos leve junto às águas de descanso, às pastagens verdejantes, à poesia, enfim.
bjux
Cristofani