“Embora minha família fosse sikh, tínhamos uma grande reverência pelas escrituras hindus. Minha mãe era um exemplo vivo do amor de Deus e uma seguidora devota dos ensinamentos hindus. Todos os dias ela acordava antes do amanhecer, preparava-se com a água fria do banho ritual e lia uma passagem da Bhagavad Gita (o livro sagrado dos hindus) ou de outros escritos sagrados. Sua vida pura e sua devoção completa me influenciaram mais fortemente do que aos outros membros da família. Desde minhas primeiras lembranças, ele ensinou-me uma regra acima de todas as outras: quando eu acordar, meu primeiro dever era orar a Deus pedindo alimentação espiritual e bênçãos. Só depois eu poderia tomar o café da manhã. Às vezes eu questionava essa regra e insistia em tomar café primeiro, mas minha mãe jamais permitia. Geralmente com suavidade, mas se necessário com a força, ela deixou essa regra marcada no fundo de minha alma: ‘Buscai primeiramente a Deus e somente depois às outras coisas’.

“Naquela época eu era jovem demais para reconhecer o verdadeiro valor da sua educação, e eu resistia a ela. Mais tarde, contudo, vim a apreciar seu exemplo. Sempre que me recordo agora de sua amorosa orientação, não canso de agradecer a Deus por ela. Pois ela plantou em mim, e cultivou no início de minha vida, um profundo amor e temor por Deus. Ela carregava uma grande luz dentro de si, e seu coração era o melhor treinamento espiritual que alguém poderia ter: ‘Você não deve viver descuidademente nem mundanamente’ , ela dizia. ‘Busque paz espiritual e ame a Deus sempre. Um dia você se consagrará completamente à busca, você deverá seguir o caminho de um sadhu’ (um asceta)” (Sadhu Sundar Singh, Wisdom of the Sadhu, p. 5-6).

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