O PECADO É UMA POSSIBILIDADE OU UMA FATALIDADE?
Texto Básico: Tiago 1.13-15
Introdução
Não se pode falar só sobre perdão. O perdão torna-se necessário por causa do pecado. Há pessoas que precisam muito de perdão e não o sabem. Porque perderam a noção de pecado e não têm convicção de pecado.
Talvez não houvesse pecado se não houvesse lei. Mas a lei existe. É a lei de Deus. Portanto, qualquer desconhecimento ou desrespeito a essa lei chama-se de pecado. Poderia chamar-se de infração ou crime ou de qualquer outra palavra. Todavia, por se tratar de uma desobediência à lei de Deus, a palavra mais própria é pecado. É uma palavra técnica, profundamente religiosa, usada primeiramente nas Escrituras Sagradas e, depois, na Teologia e na literatura religiosa.
“O pecado continua sendo o grande problema do ser humano. Porém, o que acontece hoje é que ele não representa mais um grande problema; pelo contrário, chega a ser glamourizado. Aquilo que no passado foi repudiado hoje é visto como virtude; ambição, ganância, vaidade, promiscuidade, consumo são valores em alta. Com o avanço da ciência, o pecado deixou de ser um conceito teológico para se transformar em “doenças” e ser tratado com remédios. A dor da culpa que Davi sentiu por ter ofendido a Deus e ao próximo, que ele descreve nos salmos de confissão, hoje não é mais tratada com arrependimento e confissão, mas com terapia e prozac. Porém, a raiz do problema da humanidade continua sendo o pecado, a cobiça de cada um de nós, que vem dando à luz este assassino serial, colocando em risco a pessoa, a família e a sociedade”. [Ricardo Barbosa de Souza]
Para memorizar
“Ninguém ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” ( Tiago 1.13-15)
Para discussão e para responder
1. O crente cai ou peca por força de uma sorte inevitável (destino, fatalidade) ou porque é livre para escolher entre o bem e o mal?
2. Adão e Eva caíram porque foram abrigados a cair? (Gn 3.1-24)
3. Caim matou a Abel porque o crime foi fixado por Deus (Gn 4.1-16). Davi adulterou porque não havia outro jeito (2 Sm 11.1-12,15). Pedro negou a Jesus porque as circunstâncias eram esmagadoras (Mt 26.69-75). Afirmativas deste porte são lógicas e estão de acordo com o consenso geral das Escrituras?
4. Judas traiu Jesus: a) porque estava escrito (Sl 41.9; Jo 13.18 e 17.12); b) porque Satanás entrou nele (Lc 22.3 e Jo 13.27); c) ou porque ele próprio se enveredou por este caminho (compare Jo 12.1-8 com Mt 26.14-16)?
5. Adão pôs a culpa de sua desobediência na mulher e esta passou para a serpente. Aquele que diz que caiu por uma questão de fatalidade, sobre quem, afinal, está jogando a culpa?
6. “O querer o bem esta em mim, não, porém, o efetuá-lo.” Com estas e outras palavras do texto (Rm 7.7-25), Paulo refere-se à fatalidade do pecado ou à dificuldade de obter vitória sem o auxílio de cima?
7. Qual a parte de Deus neste dilema de cair ou não cair? (Tg 1.13-15; 1 Co 10.13; Mt 6.13; Jo 17.15).
Para pensar. Assinale as frases certas
___Eu peco quando consinto com o pecado.
___ Eu peco porque a tentação é superior às minhas forças.
___Eu peco porque minha sina é pecar.
___ Eu peco porque sou livre para escolher entre o bem e o mal.
___ Eu peco porque Deus não afasta para longe de mim a tentação.
___ Eu peco porque Deus quer.
Sugestões para oração
1. Confesse quantas vezes você desejou direta ou indiretamente culpar Deus por suas quedas.
2. Agradeça porque você não é um robô ou fantoche mas um ser inteligente e responsável.
3. Peça a Deus coragem para renunciar aos “prazeres transitórios do pecado” (Hb 11.25).
Autor da Lição: Elben César, publicado originalmente na revista Ultimato, edição 106
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