Vivendo na Família de Deus
Texto Básico: 1 João 3.1-10
Versículo-chave: Romanos 8.6
“O próprio Espírito testifica com nosso espírito, que somos filhos de Deus”
Alvo da lição: Despertar no crente a convicção de filho de Deus e desafiá-lo a viver como tal.
Leia a Bíblia diariamente
S – Jo 1.11-12
T – Rm 9.27-28
Q – Mt 6.6-13
Q – Mt 6.25-34
S – Ef 5.1-8
S – Gl 3.26;4.6-7
D – Hb 12.3-11
Somos privilegiados, pelo amor e misericórdia do Senhor, “a ponto de sermos chamados filhos de Deus”. Esta palavra inspira convicção, mas, também, estabelece responsabilidade quanto ao estilo de vida que devemos ter: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Ef 5.1-2).
Como viver nessa grande família, num relacionamento digno de filhos e da vocação que temos, num elevado propósito de harmonia com Deus e com os outros irmãos? A lição de hoje vai mostrar verdades bíblicas, com prerrogativas e deveres de uma vida filial e fraterna, dentro de um padrão que produz honra e glória para Deus.
I. Vivendo um relacionamento de amor com o Pai (1Jo 3.1)
- A iniciativa de amar foi de Deus e não do homem
“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.10).
- O alcance do amor de Deus
O amor de Deus nos alcançou na nossa indignidade, na sua prova maior, a dádiva de Seu Filho na cruz“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Veja também João 3.16.
- Testemunho de Paulo
Paulo testifica esse amor na sua própria vida, na entrega voluntária de Jesus por ele “… no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20).
- Vivência do amor de Deus
É na vivência de amor com Deus que recebemos a capacidade de amar uns aos outros. “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei…” ( Jo 13.34). O perfeito amor da Divindade entre si, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, é o modelo e a inspiração para nós amarmos: “Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor” ( Jo 15.9). Nos dois versículos seguintes, Jesus desafia os discípulos a permanecerem no Seu amor como Ele permanece no amor do Pai.
Na base desse amor “ágape”, somos exortados a amar nossos irmãos como Cristo nos amou (Jo 15.12).
Aplicação
Estamos amando uns aos outros como Cristo nos ama?
II. Vivendo com responsabilidade (1Jo 3.2-3)
Deus é perfeito em Sua santidade, pois é luz e Nele não há treva nenhuma de imperfeição ou impureza.
O nosso padrão de santidade é o Senhor e não o homem, ainda que este tenha alcançado o píncaro da perfeição e da glória humanas. Olhemos os escritos sagrados sobre esse assunto, conforme 1Pedro 1.14-16.
Duas verdades se destacam em 1João 3.2-3, as quais se relacionam com a santidade do cristão.
- A restauração absoluta da imagem moral e espiritual de Deus
A imagem moral e espiritual perdida no Éden com o pecado de Adão se revelará na volta de Cristo: “seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1Jo 3.2; cf. Rm 8.18-25).
- A esperança presente que tem o poder de aperfeiçoar e purificar
À semelhança da santidade do Senhor, ocorre um processo contínuo de aperfeiçoamento cristão: “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (v.3). Veja Filipenses 2.12-14.
III. Vivendo conforme o padrão divino (1Jo 3.4-6)
Este estilo não permite o hábito, o costume, a cultura e a prática do pecado. A Bíblia nos faz refletir sobre vários aspectos dessa questão.
- O que pratica o pecado é um transgressor da lei, porque o pecado é a transgressão da lei (1Jo 3.4)
Hebreus 10.26-31 diz que o homem que vive deliberadamente no pecado está sujeito a um castigo severo, pois, com isso “calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça”. A vingança do Senhor cairá sobre o tal, e ele saberá que, “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo”.
Aplicação
O pecado nunca deve tornar-se prática de vida para o servo de Jesus.
- O impecável Filho de Deus veio para tirar os pecados e destruir as obras do diabo (1Jo 3. 5,8)
Devemos tomar posse dessa verdade e viver uma vida coerente, resistindo até ao sangue os assédios do pecado e suas insinuações satânicas (Hb 12.4-5; Rm 6.11-14).
- A comunhão com Cristo opõe-se ao pecado (1Jo 3.6)
Não podemos dizer que andamos com Cristo se vivermos em pecado. São dois caminhos totalmente contrários, assim como o caminho da luz e trevas não se unem. Servir a Deus nos leva para longe do pecado, assim como servir ao inimigo nos leva para bem longe de Deus (v.8).
IV. Vivendo com discernimento (1Jo 3.7-10)
A ingenuidade espiritual tem levado muitos cristãos à decepção e ao desencanto no caminho de seus relacionamentos. Ouvi falar de um casal que chegou em nossa cidade demonstrando vida supostamente piedosa, com prática de muito fervor e aparência espiritual. Procuraram alguns irmãos e logo iniciaram um forte movimento de “oração”, “libertação” e “cura”. Alguns dias depois, o homem arranjou uma viagem para outro Estado e, para isso, levou um carro emprestado de um dos irmãos e um filho deste como motorista. Na viagem, foram bebendo juntos. Dias mais tarde, a amante que o suposto missionário havia conquistado na viagem telefonou para a mãe do rapaz, dizendo a cidade onde estavam e pedindo que ela fosse buscar seu filho urgentemente, pois o obreiro fraudulento maquinava matá-lo para ficar com o carro. O final da história é que o filho foi achado e o homem foi preso. Quanta ingenuidade!
Em 1João 3.7-11, há uma orientação bem distinta que nos ajuda a saber a diferença entre os filhos de Deus e os filhos do Maligno, principalmente no meio evangélico.
A prática que faz a diferença (1Jo 3.7-8)
a. “Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo” (3.7). Uma das maneiras de saber se o homem é de Deus é a justiça por ele vivida e praticada.
b. “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio” (3.8). Assim como Deus é a fonte do bem e da justiça Satanás é a fonte de todo o mal.
Aplicação
De qual fonte você está bebendo? “Jesus se manifestou para destruir as obras do diabo”.
A experiência que faz a diferença (1Jo 3.9)
Nascer é a experiência de quem está vivo e de quem já morreu, pois não teria morrido se não tivesse vivo. O crente nasce de Deus, e isto é a coisa mais importante na vida de um homem, pois as bênçãos de um novo relacionamento dão a ele todas as riquezas e todos os tesouros em Cristo, inclusive a vitória sobre o pecado e seu poder:
“Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado”. O que permanece nele é a palavra do Senhor, a divina semente (1Pe 1.23). O salmista disse “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Sl 119.11).
Aplicação
O nascer de Deus é incompatível com a prática do pecado.
A revelação que faz a diferença (1Jo 3.10)
Quando a pessoa se revela como filha de Deus, a luz dessa revelação é a prática da justiça, do amor e da generosidade. Do outro lado, os filhos de Satanás se revelam quando praticam a injustiça, o ódio, a inveja e a avareza. “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo”.
Conclusão
Tudo o que praticamos deve nos identificar como filhos do Senhor: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1). Devemos lutar diariamente contra o pecado; nossa resistência não deve ser minada por atitudes ou atos que venham desabonar nossa filiação ao Pai e fazê-lo desacreditado no mundo ( Jo 17.21).
Aplicação
Tenho vivido como filho de Deus, ou tenho deixado o pecado macular esse nome?
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, usado com permissão.
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