Coisas fantásticas acontecem quando há uma conjunção do amor de Deus por nós com o nosso amor por ele!

 

A salvação da culpa (justificação), do poder (santificação) e da presença do pecado (glorificação) não é resultado de nossos esforços, mas somente da graça de Deus (Ef 2.9). A salvação de alguma coisa incômoda e aflitiva também não é resultado de nosso esforço, de nossa iniciativa, de nosso suor, mas também somente da graça de Deus. Muito antes de Paulo, os poetas, cantores e músicos da “Minibíblia” tinham plena consciência da maravilhosa graça. Diversas vezes, eles se autoproclamavam: “Eu sou pobre e necessitado” (Sl 40.17; 70.5; 86.1; 109.22). Outra evidência é a vida normal de oração que eles levavam, pois a oração não é possível enquanto não confessarmos duas coisas ao mesmo tempo: a estreiteza de nossos recursos e a extrema largueza dos recursos do poder e do amor de Deus.

Os diferentes escritores dos salmos atribuem as respostas às suas orações e as bênçãos que vinham junto com elas não ao merecimento próprio, mas ao grande amor de Deus. Vejam-se os seguintes textos:

Por causa do teu grande amor, eu posso entrar nos pátios da tua casa e ajoelhar com todo o respeito, voltado para o teu santo Templo” (5.7).

Por causa do teu amor, livra-me da morte” (6.4).

Por causa de ti eu me alegrarei e ficarei feliz” (9.2).

“Eu me alegrarei por causa do que o Senhor Deus tem feito; ficarei feliz porque ele me salvou da morte” (35.9).

“Tu és a fonte da vida, e, por causa da tua luz, nós vemos a luz” (36.9).

“Não foi com espadas que os nossos antepassados conquistaram aquela terra [a terra de Canaã]; não foi com o seu próprio poder que eles venceram. Eles venceram com o teu poder, com a tua força e com a luz da tua presença. Assim tu mostraste o teu amor por eles” (44.3).

“Salva-nos por causa do teu amor” (44.26).

Por causa do teu amor, ó Deus, tem misericórdia de mim. Por causa da tua grande compaixão apaga os meus pecados” (51.1).

Por causa do seu grande amor, ele [Deus] mudou de ideia [e nos livrou mais uma vez]” (106.45).

Por causa do teu amor e da tua fidelidade, eu me ajoelho virado para o teu santo Templo e dou graças a ti” (138.2).

Há uma contrapartida da parte de Davi, o possível autor do Salmo 69: “É por causa do meu amor por ti que tenho suportado insultos e tenho passado vergonha” (69.7).

Coisas fantásticas acontecem quando há uma conjunção do amor de Deus por nós com o nosso amor por ele! João diz que “nós podemos desfrutar o amor — amar e ser amados, pois primeiro fomos amados; por isso, agora podemos amar. A verdade é que ele [Deus] nos amou primeiro” (1Jo 4.19, AM).

 

Artigo publicado originalmente na edição 351 de Ultimato.
Imagem: Unsplash.

 

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A Pessoa Mais Importante do Mundo, Elben César

O Caminho do Coração – Meditações diárias, Ricardo Barbosa

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