Plenitude da revelação
Nós conhecemos apenas parte da verdade e o que dizemos a respeito de Deus é sempre incompleto. Mas, quando o que é Completo chegar, tudo que é incompleto em nós deixará de existir. (1Co 13.9-10)
No tempo da Antiga Aliança havia muitas interrogações e alguns mistérios. Os crentes que viveram antes de Cristo não entendiam tudo. Aguardavam pela fé a revelação de Deus que daria sentido a certas promessas e esperanças. Um dos mistérios era o dos gentios como coerdeiros e coparticipantes do mesmo corpo (Ef 2.11; 3.13). Outra interrogação era sobre a estranha mistura de sofrimento e glória referentes a Cristo (1Pe 1.10-12). O tempo se incumbiu de responder a esta pergunta, mostrando não um acontecimento simultâneo, mas uma sequência de fatos: o sofrimento do primeiro advento e a glória do segundo.
Os crentes da Nova Aliança também têm as suas perguntas e os seus mistérios. Nada lhes falta para crer e sustentar essa fé até a consumação dos séculos e o início de novos céus e nova terra. Mas é preciso esperar a plenitude da revelação.
A plenitude da revelação é o levantar do véu que ainda encobre certas manifestações da graça, da sabedoria e do poder de Deus. E o apocalipse total. E o ponto final da história, o desfecho do enredo iniciado com a queda do homem.
Uma das maiores surpresas da plenitude da revelação é “a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7). Trata-se do aparecimento de Jesus Cristo pela segunda vez (Hb 9.28), “com poder e muita glória” (Mt 24.30). A expressão “revelação de Jesus Cristo” aparece algumas vezes nas Escrituras do Novo Testamento (1Co 1.7; 1Pe 1.7, 13; Ap 1.1) e diz respeito a sua chegada ou presença (parusia) de modo pessoal (At 1.11) e visível (Ap 1.7). Com este desvendamento (apocalipse), dará para ver a sua glória excelsa (Rm 8.18; 1Pe 4.13), vista antecipadamente, por um relance, por Pedro, João e Tiago na cena da transfiguração de Jesus (Mt 17.1-2; Jo 1.14; 1Pe 1.16-18).
Texto publicado em Cuide das Raízes, Espere Pelos Frutos. Editora Ultimato.