O santo da Argélia
Há 1663 anos | 13 de novembro de 354
Um dos africanos mais famosos da História nasceu na Argélia (antigamente Numídia) no dia 13 de novembro do ano 354 depois de Cristo. Quando rapaz, conheceu os prazeres do mundo e a sensualidade das festas pagãs. Durante algum tempo se viu metido neste funesto círculo vicioso – “o desejo leva ao gozo; o gozo, passado o primeiro período de fastio, gera novo desejo, tanto mais intenso quanto mais voluptoso foi o gozo; e assim é que o desejo potencializa o gozo, e o gozo intensifica o desejo, numa progressão indefinida, até levar o pobre escravo da carne a um completo descontrole de si mesmo, a um descalabro moral, acabando num perigo social e, não raro, em pavorosa ruína orgânica” (Huberto Rohden).
Mas o africano da Argélia, que se chamava Agostinho, conseguiu livrar-se e enveredou-se pelo caminho estreito que conduz à vida. Veio a ser o famoso teólogo, o bispo de Hipona, o pai da Igreja Latina, o autor das Confissões. A conversão se deu no ano 386, quando Agostinho, com 32 anos, leu e ouviu Romanos 13.13-14 – “Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências”. De acordo com Rohden, “Agostinho foi o autor mais citado no último concílio do Vaticano destinado a abrir novos rumos para o cristianismo dos tempos atuais”.
Texto originalmente publicado na edição 35 de Ultimato.
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