*Publicado por Marcus Vinícius Matos

Tornamos pública aqui, reproduzida na íntegra, esta Carta de Mulheres Presbiterianas enviada ao Secretário Executivo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) no dia 9 de abril de 2025, por e-mail.

 

“Prezado Rev. Juarez Marcondes Filho – Secretário Executivo do Supremo Concílio

Igreja Presbiteriana do Brasil

Mas tudo seja feito com decência e ordem

I Coríntios 14.40

Desejamos que esta manifestação lhe encontre bem e com saúde.

Diante da realização da CE – SC/IPB 2025 (08/04/2025 à 11/04/2025) rogamos as bençãos de nosso bom Deus a todas e todos presentes nesta reunião na cidade de São Luís – MA, bem como toda a comunidade presbiteriana espalhada pelo Brasil afora.

Como Coletivo de Mulheres Presbiterianas do Brasil estamos sempre nos movimentando de forma organizada, bem como extremamente conscientes do papel e atuação das mulheres presbiterianas, desde a origem do Presbiterianismo Brasileiro e em igrejas pelo Brasil afora na atualidade. Especialmente a partir de 2018, temos tristemente acompanhado as resoluções do Supremo Concílio sobre a participação das mulheres nas igrejas.

Lamentamos o fato de que, não toda a IPB, mas um grupo barulhento de pastores e membros presbiterianos tenham alçado um arbitrário e questionável ‘protagonismo’ para fraudar uma cultura existente em nossas igrejas há muito tempo. Afinal, diante dos últimos desvios emplacados no “apagar das luzes” – e sob algazarra geral – nas reuniões do Supremo Concílio, ainda nos perguntamos: por que temer a atuação das mulheres nos púlpitos? Qual é exatamente o incômodo? E mais: por qual razão, especialmente entre os anos de 2018 e 2022, se chegou ao entrelaçamento de ideias como sendo as mesmas verdades bíblicas nos controversos Doc. CCLII e Doc. CCLIII – SC/IPB 2022? Quer dizer que, em mais de 150 anos de história e impacto na sociedade brasileira, a IPB não seguia a Bíblia com relação ao tratamento e espaço destinados às mulheres? Podem ser validadas suposições frágeis e tendenciosas embasadas em versículos ideologicamente pinçados da Bíblia ou diante do mau uso de perguntas e respostas do Catecismo Maior e afins sem as devidas contextualizações?

Somos gratas ao bom Deus por termos ouvido um pouco de reflexão na fala do Revdo Roberto Brasileiro no V Encontro da Mulher Presbiteriana, realizado no dia 3 de novembro de 2022 no Centro de Convenções do Hotel DiRoma, em Caldas Novas – Goiás. Como também louvamos a Deus e agradecidas ficamos por descobrirmos que na CE – SC/IPB 2024, a pauta sobre as mulheres nos púlpitos e na distribuição dos elementos da Santa Ceia foi novamente debatida e abraçada favoravelmente por quase 80 presidentes de sínodos presentes na mesma reunião, dentre o total de 95 sínodos constituídos da IPB[1].  Lamentavelmente e por pouco, faltou a unanimidade das matérias conforme os ritos institucionais.

Contudo, no intuito fraterno, legítimo e democrático de explicitarmos nossos questionamentos como mulheres que prezam a “igreja reformada, sempre reformando”, sinalizamos o aparecimento de um documento via ICalvinus com destinação para a CE-SC/IPB 2025 que, ridícula e erroneamente, atribui a autoria de nosso abaixo assinado (e por proximidade também a Carta de Mulheres Presbiterianas à IPB) ao grupo Ecclesiae Renovare: nos referimos ao DCTO 164 – Posição do PBHZ quanto ao pronunciamento em Encontro de Mulheres, pois citado nele: “Essa mesma “ecclesiarenovare” foi a que produziu e espalhou um tal abaixo assinado” na tentativa de confrontar o SC/lPB e produzir um movimento de revolta das mulheres presbiterianas” (pg. 13).

Só podemos entender que a menção ao abaixo assinado de tal forma foi em total e inapropriado descompasso quando atestada ao grupo Ecclesiae Renovare. Neste caso, citamos também descaso por acréscimo do uso de letras minúsculas e/ou confusão em não cumprimentos de regras gramaticais básicas da língua portuguesa (“ecclesiarenovare” – grafia incorreta), além de inverídicas afirmações da mobilização para tornar público o mesmo abaixo assinado.

Mas o agravo maior fica retido à imagem do Coletivo de Mulheres Presbiterianas do Brasil. Nesse sentido, é válido rememorar que o referido abaixo assinado está diretamente ligado à Carta de Mulheres Presbiterianas à IPB que teve publicamente a sua autoria atestada em publicação da Revista Coisas de Gênero: Revista de Estudos Feministas em Teologia e Religião lá no ano de 2023[2]. Somos mulheres contemporaneamente arrojadas. Estamos atentas aos sinais dos tempos. Sabiamente e sob iluminação divina, usamos inicialmente o artifício do anonimato para a publicação de nossa manifestação irrestritamente em prol do cuidado coletivo e, por extensão, ao não enquadramento sob o risco de agendas personalistas.

Temos ciência de que tal mecanismo, ou seja, o fato de inicialmente não manifestarmos a autoria COLETIVA da carta e o abaixo assinado, causou extremadas reações em muitos que se afirmam pastores da IPB. De certo, assim reagiram na tentativa de alçarem rápido protagonismo em debates que escapam das fronteiras eclesiásticas, bem como por estarem fixados na lógica de projetos pessoais, dos fã-clubes em redes socias, da venda de cursos e materiais e assim por diante. Sim, em nossa objetiva interpretação, o fim e o meio são de incentivo à egolatria. Isto quer dizer, bem distante de ações comunitárias e construídas por diversas mãos, como foi o caso de nossa caminhada desde o início.

Todas nós temos voz, rosto e nome. Acertadamente, nossos nomes estão lá, grafados entre os primeiros endossos à Carta. Também em nosso site (https://www.coletivompb.com) apresentamos mais detalhes sobre a nossa realidade: 50 % de participantes do Coletivo estão há mais de 35 anos na igreja.

Lamentavelmente, e de forma escandalosa, devemos ressaltar que faltou aos membros do Presbitério Belo Horizonte o zelo exemplar dos crentes de Bereia ao examinar, investigar e verificar se e o quê foi ouvido ou escrito era a verdade dos fatos. Além do mais, sinalizamos com extrema preocupação o fato de que um documento repleto de argumentações dicionarizadas e de um tom considerado ironicamente mirabolante, nos fez indagar sobre possíveis manipulações dos trâmites e fluxos de documentos institucionais e regimentais. Isto quer dizer que a CE-SC/IPB 2025 derrapa na credibilidade do fluxo institucional que lhe é devida. E não só, mas em pior situação, fica o Presbitério Belo Horizonte, por ter cedido espaço e tempo preciosos para uma argumentação de base descabida, de possível promoção pessoal do artigo apregoado como ‘requerimento’ pelo articulista principal diante da referida informação falsa de autoria e sintomática impossibilidade de reconhecer e entender a lógica coletiva. Afinal, não seria egomania referendar autocitações de frases, e até mesmo livros, na tentativa de reverberar qualquer argumentação?

Entendemos ter agido corretamente o Sínodo Belo Horizonte em sua devolutiva, embora a mesma devesse ter sido carregada de tom mais enérgico diante do possível uso de má fé da ‘arguição’ evidentemente apresentada desde a sua origem. Se há tamanho desrespeito e descuido na utilização de argumentações falsas, bem provavelmente outros episódios erráticos podem ocorrer ou até mesmo foram abafados anteriormente.

Compreendemos que todas essas manobras relativas ao fluxo de encaminhamentos de documentos tendem a manipular os trâmites institucionais (via reuniões de presbitérios e sínodos) bem como aquelas outras que se referem aos pastores presbiterianos em vídeos e/ou postagens estridentes, acusatórias e persecutórias nas redes sociais, em relação às mulheres presbiterianas, NÃO fazem bem à Igreja Presbiteriana do Brasil. Nosso coletivo monitora essas aparições, entendendo que são os mesmos irmãos (?) que também escandalosamente se apresentam como se fossem porta vozes oficiais da Igreja Presbiteriana do Brasil e ‘absolutos portadores de verdades bíblicas’. Esses senhores, de agendas hiper personalistas, confundem a própria sombra com a imagem integral da IPB: estão abrindo plataformas ‘educacionais’, vendendo cursos, formações, livros e afins. Todas as ações do tipo são lamentáveis e só servem aos projetos de deseducação dos preceitos bíblicos, teológicos e eclesiásticos em nossa seara e para além dela.

Na realidade, nossa interpretação segue o raciocínio de que são estes senhores agentes referendados apenas e tão somente pela cultura machista e misógina que nos cerca e nos condiciona, enquanto igreja/parcela da sociedade, a sermos um país violento para mulheres de todas as idades, raça/etnia, de todas as classes sociais, regiões e religiões. E assim o fazem utilizando-se da instrumentalização da fé cristã evangélica como respaldo para tantas atrocidades e atitudes desprezíveis.

Segundo reportagem do Le Monde Diplomatique Brasil de 14 de mar 2025[3], a maioria, total 42,7% de mulheres que relatam violência doméstica no Brasil, professa a fé evangélica, conforme levantamento do Relatório Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil – Fórum Brasileiro de Segurança Pública/Instituto Data Folha.  Embora ainda em maior número, dentre a população católica foi registrado índice de 35,1%. Outros dados que saltam aos olhos diante da leitura cuidadosa desse relatório são que nove em cada dez agressões contra mulheres nos últimos 12 meses foram testemunhadas por outras pessoas. Estas testemunhas oculares em 86,7% são pertencentes aos círculos social ou familiar das vítimas. Triste demais saber que apenas 6% das vítimas buscam acolhida nas igrejas. E por qual razão? Nós enxergamos as violências e vamos continuar denunciando-as, pois o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é acolhedor, de amor, da comunicação não-violenta e da justa paz. E todas as nossas igrejas não podem se eximir de pregar a mesma mensagem.

Nesse sentido, lamentamos o fato de que o evangelho salvífico de Jesus Cristo também destinado exemplarmente às suas várias discipulas no NT, como nos atestam as teologias bíblicas produzidas por várias mulheres pelo mundo afora, está bem longe dessas repetidas manifestações de menosprezo, destrato e de não reconhecimento das mulheres presbiterianas, especificamente dentre aquelas que se sentem chamadas aos púlpitos, ministrar os elementos da Santa Ceia bem como escrever cartas públicas e constituir engajamento para assinatura de abaixo assinados como se não houvesse nenhum lastro de iniciativas assim na história da Reforma Protestante.

Nossas ações serviram e servirão tão somente chamar a atenção da alta cúpula da IPB para os perigos e delinquência pastoral contrária às mulheres. O cerco promovido só tende a reforçar uma triste constatação: a igreja está envelhecendo mal e não em vigor do florescimento e boas sementes, mas em descaso com sua tradição bíblica, formação teológica de qualidade e afronta às mulheres, infâncias e juventudes em nossas comunidades.  O espírito cismático não está em nós!

Coletivo de Mulheres Presbiterianas do Brasil.”

Notas:

[1] Cf. Dados Estatísticos IPB, via Secretaria Executiva SC. Disponível em: https://www.executivaipb.com.br/estatisticas/. Acesso em 31 mar 2025.

[2] Cf.: https://revistas.est.edu.br/genero/article/view/1832. Acesso em 24 mar 2025.

[3] Cf.: https://diplomatique.org.br/violencia-domestica-e-prevalente-entre-evangelicas/. Acesso em 24 mac 2025.

*Nota do editor: este texto e sua publicação seguem a linha editorial independente do Blog Dignidade. Assim como todo o conteúdo deste blog, ele é de inteira responsabilidade de seus autores, não sendo endossado pelo Portal Ultimato – que graciosamente nos hospeda, e corajosamente nos garante liberdade de opinião. Atualização: esta publicação foi atualizada às 19h de 17 de abril de 2025 com pequenas correções.

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*Marcus Vinicius Matos é professor efetivo (Senior Lecturer) de Direito Público em Brunel University, no Reino Unido. É doutor em Direito pelo Birkbeck College, mestre e bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É membro honorário do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), e colaborador de Paz e Esperança, uma organização cristã de defesa dos Direitos Humanos na América Latina. É Primeiro Secretário da  Diretoria Nacional da Aliança Bílbica Universitária do Brasil (ABUB), e fundador da Rede Cristã de Advocacia Popular, a RECAP. É casado com Priscila Vieira, com quem é autor de Imagens da América Latina: Mídia, Cultura e Direitos Humanos, e pai de Aurora. Torcedor do Flamengo. Siga no Instagram, BlueSky e Twitter: @mvdematos.  Siga também a página do Blog Dignidade, no Facebook. As opiniões expressas nesse texto são de responsabilidade exclusiva do autor.

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  1. Leilane de Moura Paegle

    Excelente texto,muito bem escrito! Uma pena os caminhos de misoginia e sexismo aos quais a IPB vem se enveredando. As mulheres edificaram essa igreja com suas obras e vidas. Merecem mais respeito e justiça!

    • Joéfeson Inácio Romão

      “A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão. E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio.”
      ‭‭1Timóteo‬ ‭2‬.‭11‬-‭12‬

      • Equipe do Blog Dignidade!

        Prezado irmão Joéfeson,
        Caso esse texto citado de 1 Timóteo 2:11-12 seja interpretado literalmente, como propõe, teríamos que fazer o mesmo com os textos de 1 Coríntios 11 – onde as mulheres são obrigadas a usar o véu, e não podem cortar o cabelo; e também Levítico 15:19-33 – onde as mulheres não poderiam frequentar a igreja durante o período menstrual. Contudo, nenhum desses textos precisa ser interpretado literalmente, e não tem sido essa a prática da IPB e de outras igrejas evangélicas, nos últimos séculos.
        Obrigado pelo comentário!
        Marcus Vinicius Matos (Pela equipe Editorial do Blog Dignidade)

    • Até o presente momento, a IPB se posiciona em obedecer à prescrição bíblica, que é uma ordem absoluta. Não é permitido a mulher pregar publicamente (1 Timóteo 2.8-11). Portanto, caso não queiram obedecer, procurem outros arraiais!

      • Equipe do Blog Dignidade!

        Prezado irmão Fabio,
        Caso esse texto citado de 1 Timóteo 2:11-12 seja interpretado literalmente, como propõe, teríamos que fazer o mesmo com os textos de 1 Coríntios 11 – onde as mulheres são obrigadas a usar o véu, e não podem cortar o cabelo; e também Levítico 15:19-33 – onde as mulheres não poderiam frequentar a igreja durante o período menstrual. Contudo, nenhum desses textos precisa ser interpretado literalmente, e não tem sido essa a prática da IPB e de outras igrejas evangélicas, nos últimos séculos.
        Há muitos casos de mulheres que pregaram na história do presbiterianismo no Brasil – essa nunca foi uma prática proibida pela igreja como um valor absoluto. Me parece que são os novos ventos de doutrina que justificam a mudança de posição…
        Obrigado pelo comentário!
        Marcus Vinicius Matos (Pela equipe Editorial do Blog Dignidade)

  2. Igreja Presbiteriana do Brasil em Tapera

    A carta de mulheres assinada por um único homem? A carta de mulheres não têm um texto bíblico que embase a tese? Não acredito que as mulheres da IPB elaboraram a carta e assinaram. Sou pastor da IPB e não há uma única mulher da nossa igreja, do nosso presbitério e sínodo que apóie tal ministério sem base bíblica.

    • Equipe do Blog Dignidade!

      Prezado Pastor da IPB em Tapera,

      Em primeiro lugar, o senhor não assinou seu comentário – logo, parece contraditório questionar a autoria do texto, que é assinado por um coletivo de mulheres da IPB, e foi publicado, neste blog, por mim, onde faço parte da equipe editoral do Blog Dignidade.

      Em segundo lugar, a carta menciona documentos da IPB que contém inúmeras passagens bíblicas – recomendo a leitura dos documentos citados.

      Finalmente, a carta questiona, e devolvo a pergunta pro senhor: se as práticas presbiterianas no Brasil, nesses últimos 150 anos tinham base bíblica, por que mudar agora? Do contrário, andou a IPB errada nos últimos 150 anos na sua interpretação do papel da mulher na igreja?

      Atenciosamente,

      Marcus Vinicius Matos (Pela Equipe Editorial do Blog Dignidade)

    • Equipe do Blog Dignidade!

      Prezado Matheus Lago,

      Tomo a liberdade de devolver seu comentário: não seria a hora do senhor buscar nova igreja para “sabotar” ou “congregar”?

      Porque o texto defende tradições e documentos da IPB que, claramente, estão sob ataque…

      Atenciosamente,

      Marcus Vinicius Matos (Pela Equipe Editorial do Blog Dignidade)

    • Equipe do Blog Dignidade!

      Prezado Heber,

      Seu comentário é um constrangimento e violência explícita às Mulheres da IPB.

      Atenciosamente,

      Marcus Vinicius Matos (Pela Equipe Editorial do Blog Dignidade)

  3. Como pastor presbiteriano, lamento profundamente a resolução equivocada do SC/IPB e congratulo-me com as mulheres presbiterianas por resgatar e valorizar o lugar da mulher da igreja, principalmente como pregadora da Palavra – mais do que um direito, é dever das mulheres cristãs pregar a Palavra “a tempo e a fora do tempo”.
    Na semana da paixão de Cristo, o véu do santuário se rasgou e não há mais um lugar do templo mais sagrado do que outro. Então, não há mais a sacralização do púlpito – Igreja Presbiteriana não tem altar, nem mais “o santo dos santos”, reservado ao sacerdote. Defendemos o princípio protestante do sacerdócio universal dos cristãos.
    E na nova aliança, “não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3. 28).
    Esperamos que o supremo concílio (obs – os concílios são falíveis!) reveja essa equivoca resolução e restaure o lugar da mulher da igreja, também como “pregadora” em todo o lugar, uma experiência já comprovada sem quaisquer problemas ao longo de mais de 160 anos na história da IPB. Essa inovação proibitiva e preconceituosa não condiz com a nossa histórica tradição protestante!

  4. Sou totalmente contra a essa que vai contra as escrituras sagradas. As mulheres tem suas funções fundamentadas na palavra do Senhor, mas o ato pastoral não é uma delas. Assim como, foi dito pelo apóstolo Paulo em suas cartas (Efésios 5:22 e 1 Timóteo 3:1-13) que abrange a nossa fé baseada nas escrituras, e sendo totalmente contra o fundamentação do fundador Knox e seu livro de 60 páginas e as sagradas escrituras. Com isso, a base fundamentada da IPB de manter que apenas homens qualificados e escolhidos por Deus e pelos membros está correta, assim como foi na ordenança apostólica de Matias. As mulheres tem o seu devido espaço dentro da IPB, sendo auxiliadoras de seus maridos que cumprem suas ordenaças (Pastores, Presbíteros e diáconos) como também na ajuda na manutenção da igreja.

    • Equipe do Blog Dignidade!

      Prezado Nathan,

      Caso os textos bíblicos que cita – bem como o de 1 Timóteo 2:11-12 – sejam interpretados literalmente, como você propõe, teríamos que fazer o mesmo com os textos de 1 Coríntios 11 – onde as mulheres são obrigadas a usar o véu, e não podem cortar o cabelo; e também ficaríamos em dificuldade com Levítico 15:19-33 – onde as mulheres não poderiam frequentar a igreja durante o período menstrual. Contudo, nenhum desses textos precisa ser interpretado literalmente, e não tem sido essa a prática da IPB e de outras igrejas evangélicas, nos últimos séculos.

      Há muitos casos de mulheres que pregaram na história do presbiterianismo no Brasil – essa nunca foi uma prática proibida pela igreja como um valor absoluto. Me parece que são os novos ventos de doutrina que justificam a mudança de posição…
      Obrigado pelo comentário!

      Marcus Vinicius Matos (Pela equipe Editorial do Blog Dignidade)

  5. Para essas mulheres insatisfeitas com a verdade bíblica de que ‘mulher não deve ser ordenada a nenhum ofício e, sendo de responsabilidade dos oficiais da igreja, pregar e administrar os sacramentos, não cabe às mulheres tais atos’… Estas meninas na fé, devem sair da IPB e fundar sua própria denominação, pobre poderão fazer o que bem quiserem.

    • Equipe do Blog Dignidade!

      Prezado Felipe Medeiros,

      Caso o texto bíblico que você supostamente cita – bem como o de 1 Timóteo 2:11-12 – seja interpretado literalmente, como você em tese propõe, teríamos que fazer o mesmo com os textos de 1 Coríntios 11 – onde as mulheres são obrigadas a usar o véu, e não podem cortar o cabelo; e também ficaríamos em dificuldade com Levítico 15:19-33 – onde as mulheres não poderiam frequentar a igreja durante o período menstrual. Contudo, nenhum desses textos precisa ser interpretado literalmente, e não tem sido essa a prática da IPB e de outras igrejas evangélicas, nos últimos séculos.

      Há muitos casos de mulheres que pregaram na história do presbiterianismo no Brasil – essa nunca foi uma prática proibida pela igreja como um valor absoluto. Me parece que são os novos ventos de doutrina que justificam a mudança de posição…

      Tomo a liberdade de devolver seu comentário: não seria a hora do senhor buscar nova igreja?

      Porque o texto defende tradições e documentos da IPB que, claramente, estão sob ataque no momento…

      Atenciosamente,

      Marcus Vinicius Matos (Pela Equipe Editorial do Blog Dignidade)

  6. O contexto de Gálatas: 3:23-28 refere-se à aliança em Cristo, ou seja, a promessa de salvação é dada a todos os que crerem,escravos, livres, judeu, grego, homem, mulher, todos tendo sido adotados na família de Deus, agora desfrutam dos privilégios , obrigações e direitos de herança dos filhos de Deus. Os progressistas utilizam-se deste texto para ” justificarem” o pastorado feminino, o que não se sustenta, igualmente para justificarem também que homoafetivos sejam ordenados Pastores, Presbíteros e Diáconos. O verso 28 de Gálatas 3 não elimina a distinção entre homens e mulheres, mas diz que estão “unidos”, são “um” corpo, a Igreja. Este versículo ensina a unidade dentro da diversidade e não a similaridade. A decisão do
    Supremo Concílio foi Bíblica e em nenhum momento menospreza ou diminui as mulheres. O pastorado feminino não tem respaldo Biblico, Deus na sua Soberania, determinou que a função eclesiástica Pastoral seja para o sexo masculino. O Texto de I Timóteo 3:1-13, deixa claro a INERRÂNCIA da SOBERANIA DE DEUS, ” …que o Bispo seja irrepreensível, esposo de uma só MULHER “. Esta “Carta de Mulheres Presbiterianas” não representa realmente as Mulheres Presbiterianas, foi elaborada por um ” coletivo progressista” , com pessoas ligadas a movimentos feministas que não tem representação nenhuma na IPB. As Federações das SAFs e as mulheres das Igrejas Presbiterianas que realmente trabalham e têm um papel espetacular na nossa denominação, não participaram desta iniciativa e a rejeitam. Os progressistas mentem e distorcem a decisão do Supremo Concílio. As mulheres continuarão sim, exercendo funções nas Igrejas de líderes, professoras, palestrantes, missionárias. O Pastorado é vedado Biblicamente, quem discorda, está querendo impor aquilo que Deus NÃO determina nas Escrituras Sagradas.

    • Equipe do Blog Dignidade!

      Prezado Pastor Claudio,

      A carta trás fato importante na história do presbiterianismo no Brasil, e questiona a mudança de posição de parte da igreja desde 2018. Devolvo a pergunta do Coletivo de Mulheres da IPB para o senhor: se as práticas presbiterianas no Brasil, nesses últimos 150 anos tinham base bíblica, por que mudar agora? Do contrário, andou a IPB errada nos últimos 150 anos na sua interpretação do papel da mulher na igreja?

      Há incontáveis casos de mulheres que pregaram na história do presbiterianismo no Brasil – essa nunca foi uma prática proibida pela igreja como um valor absoluto – porque assim também não o é na Bíblia (apenas em interpretações de hermenêutica falha, que ignoram o contexto do texto sagrado). Me parece que talvez seja novos ventos de doutrina “conservadores” (e não “progressistas”) que justificam a mudança de posição…

      Atenciosamente,

      Marcus Vinicius Matos (Pela Equipe Editorial do Blog Dignidade)

  7. Eu não sou Pastor, sou Diácono da Igreja Presbiteriana Central de Itapira SP.
    A Base de uma Igreja Bíblica, não é se moldar a anseios contemporâneos e a exigências de uma cultura de um mundo caído. A Base de uma Igreja Bíblica, são única e exclusivamente as Escrituras Sagradas. Não EXISTE nenhum texto Biblico que corrobora o Pastorado feminino.

    Este ” Coletivo de Mulheres Presbiterianas” nunca representou e não representa as Mulheres Presbiterianas, esta carta em 2 anos não chegou nem a 1500 assinaturas, ou seja, as sócias da SAF a nível nacional, na última estatística de 2023, chegam a 52 mil mulheres.
    Uma carta em que admitiram inicialmente “usarem o artifício do anonimato”, como assim? Se arvoram com uma presunção em falar em nome de mulheres que sequer tinham conhecimento desta carta e que não compactuam com esta sandice? Interessante que a divulgaram também numa impressa notadamente de viés esquerdista, como a CARTA CAPITAL, que explicitamente é um veículo que milita contra os cristãos e a Cruz de Cristo.
    Este ” Coletivo “, que nitidamente, é de viés progressista, vai continuar exalando seu caldo amargo de ressentimentos, querendo “deteminar” aquilo que Deus nunca determinou mas pela Graça de Deus, as Mulheres das SAFs em nossas Igrejas Presbiterianas continuarão trabalhando para crescimento da Igreja de Cristo, sendo fiéis escudeiras, na ajuda aos necessitados e levando o Evangelho de Cristo através das campanhas de visitas a escolas, empresas e hospitais nas suas cidades sedes.

    Sugiro, que vocês progressistas, ao invés de ficarem querendo trazer para dentro da Igreja conceitos contemporâneos de uma cultura de um mundo que milita contra a Cruz de Cristo, que se voltem para a missão principal do Evangelho, que é: anunciar as Boas Novas, que falem para as pessoas abandonarem seus maus caminhos e se voltem para Cristo, que falem que Deus é Santo e requer santidade dos seus filhos, que os nossos pecados ofendem a Deus, que Jesus Cristo é o Único e suficiente Salvador, que fora dele NÃO HÁ SALVAÇÃO.

  8. Tem gente que não consegue entender de propósito ou é falta de inteligência? As mulheres não querem ser ordenadas, não querem ser pastoras ou reverendas. Elas só querem ter a liberdade, que todo cristão TEM, de pregar o evangelho, no púlpito ou no salão social ou em qualquer lugar da igreja, sem o preconceito idiotia e redpill do atual momento em que vivemos. Como o texto deixou claro, as coisas funcionavam assim nos 150 anos anteriores, pq mexer nisso agora? É um bando de homem frágil isso sim. Tem mulher que prega melhor que muito pastor por aí, mas isso não significa que ela vai roubar o seu lugar (essa vai para você pastor fraco que tem medo de mulher ou evangelista tomar seu lugar no púlpito). Acolha essas pessoas (evangelistas homens ou mulheres) como pessoas que estão para somar com o Reino de Deus. Deus usa pessoas, Deus usa homens e mulheres. Deus usa quem Ele quiser. Não é um seminário criado por seres humanos que irá mudar o agir de Deus.

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