Jó, você pensa que não temos resposta? Pensa que as suas zombarias vão nos fazer calar a boca? Você diz que o seu modo de pensar está certo e afirma que é inocente diante de Deus. Eu gostaria que Deus falasse e lhe desse uma resposta. (Jó 11.3-5)
O desabafo de Jó nos capítulos 9 e 10 faz sentido, é razoável. Porém, a resposta do terceiro amigo de Jó, Zofar (11.2-5), é especialmente desagradável e arrogante. Na verdade, a resposta de Zofar se aplica muito mais a ele próprio do que a Jó. Quem fala muito e não tem razão, ou pelo menos, não tem toda a razão, são os amigos de Jó. É uma resposta preocupante e eu fico imaginando se eu e você fazemos o mesmo quando procuramos aconselhar a outros.
Zofar dá o tipo de resposta que todo ministro é tentado de dar: aquela resposta com o ar de “eu sei o que Deus está pensando a seu respeito”. Quem dá esse tipo de resposta provavelmente superestima, como os amigos de Jó, a sua própria espiritualidade ou intimidade com Deus. E, na verdade, esse tipo de resposta revela arrogância e não espiritualidade ou intimidade com Deus.
Cuidemos para não julgar o próximo e achar que sabemos os desígnios de Deus para ele. Cuidemos! Cuidemos!
Deus compassivo e misericordioso, perdoa-me quando alego saber mais que sei dos teus desígnios para os outros. Ajuda-me a ser rápido para me compadecer e lento para julgar. Em nome de Jesus. Amém.
>> Retirado de Refeições Diárias – Celebrando a Reconciliação. Editora Ultimato.
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