Discipline a sua língua

domingo
domingo

Tiago 3.1-12

Precisamos observar uma disciplina que é necessária para todos: Discipline a sua língua. A expressão de uma coisa aprofunda a impressão que temos dela, por isso, uma palavra pronunciada se torna uma palavra que se fez carne – em nós. Nós nos tornamos a encarnação do que expressamos. Jesus disse: “Pois por suas palavras vocês serão absolvidos, e por suas palavras serão condenados” (Mt 12.37).

Isso sempre me pareceu superficial até que entendi que você se torna aquilo que diz. Se disser uma mentira, você se tornará uma mentira. O castigo mais terrível de uma mentira é o mentiroso. O mentiroso tem de viver com uma pessoa que não é confiável. Isso é um inferno. Portanto, não há mentiras “brancas” (inofensivas), pois elas deixam uma marca negra na alma. “Não há mentiras justificáveis?”. Não, é claro que não. Os meios ruins sempre produzem resultados ruins. Que se diga a seu respeito o mesmo que se disse de Sara Teasdale: “Seus últimos poemas líricos tornaram-se cada vez mais sinceros, mais dependentes de uma autoridade interna e menos dependentes da manipulação sagaz dos fatos”.*

Discipline a sua língua não apenas em relação à verdade, mas também em relação à verdade relevante. Discipline-se a falar coisas concisas e sinceras. Certo orador, apresentado por um presidente eloquente e muito retórico, levantou-se e disse: “O adjetivo é o inimigo do substantivo”. É verdade. Às vezes, o orador tira a força dos substantivos pelo uso excessivo de adjetivos. Triste, um orador sentou-se depois de um discurso verborrágico e comentou: “Eu não poderia ter dito menos, a não ser que tivesse dito mais”. Ele havia pregado o seu próprio enterro. Discipline a sua língua para dizer o que é relevante, para proferir palavras sinceras, que digam o que faz sentido e façam sentido ao que dizem.

Discipline a sua língua para falar palavras de amor. Quando estiver em dúvida, diga a coisa mais amorosa que puder, e você não estará errado. Perguntei a uma funcionária da Western Union se poderia usar a palavra amor em um telegrama, falando da minha chegada, sem descaracterizá-lo como telegrama. Ela respondeu: “Sim, pois, se não pudéssemos escrever a palavra ‘amor’ em um telegrama, isso causaria problemas nos lares”. Se não pusermos amor em tudo que dissermos, isso pode causar problemas em qualquer lugar. Paulo diz: “É dessa forma que escrevo. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vocês” (2Ts 3.17-18). É assim que escrevemos e falamos: “A graça… com todos”?

Ó Cristo, nada além de palavras graciosas saíram da tua boca. Disciplina a minha língua para dizer o que é verdadeiro, relevante e amoroso. Pois minhas palavras me condenarão a ser o que elas são. Por isso, ajuda-me. Amém. 

Afirmação do dia: “Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta de meus lábios” (Sl 141.3).

  •  Sara Teasdale (1884–1933) foi uma poetisa norte-americana que escrevia poemas líricos. Nenhuma fonte para a citação foi encontrada.  

 

>> Retirado de O Caminho [Stanley Jones]. Editora Ultimato.

Ouça as nossas devocionais pelo Spotify!

Print Friendly, PDF & Email

Nenhum comentário ainda.

Deixe um comentário