Guiné-Bissau: derrubando ídolos
Texto originalmente publicado pela Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos, a IFES (disponível no site em inglês, francês e espanhol)
Aliou (nome alterado) estava encrencada. Ela podia vê-lo no rosto de sua mãe enquanto ela mais uma vez colocava o ídolo de volta na prateleira. Aliou foi insistente: “Eu sigo Jesus agora. Só Jesus”.
Com um movimento rápido, Aliou derrubou o ídolo novamente. Com um baque bateu no chão e rolou para fora de vista. Sua mãe e sua avó gritaram, lutando para encontrá-lo.
“Você está em perigo!”, sua mãe gritou.
Para os estudantes da Guiné-Bissau que optam por se afastar das práticas espirituais tradicionais de seu grupo étnico, a vida nunca é mais a mesma. Aliou disse: “Ser cristã aqui é muito mais difícil do que você imagina, não por causa de perseguição política ou governamental, mas por causa de sua própria família”.
Aliou diz que essa perseguição familiar geralmente vem do medo das consequências de não manter suas cerimônias espirituais rotineiras. As pessoas acreditam que quando uma pessoa não segue suas tradições, a calamidade virá. No entanto, Aliou não tem medo.
“Usando a palavra do Senhor, mostro às pessoas que Deus é maior do que essas coisas.”
Após a morte de seu pai, a comunidade de Aliou a pressionou a praticar uma cerimônia religiosa tradicional para evitar que qualquer dano acontecesse a ela. Ainda assim, ela recusou. Ela disse: “Jesus me assegurou que em suas mãos nada pode acontecer comigo”.
Embora ela enfrente pressão para manter as práticas espirituais tradicionais, Aliou encontra incentivo ao se reunir com outros estudantes cristãos por meio de seu grupo GBU (Grupo Bíblico Universitário, assim como a Aliança Bíblica Universitária do Brasil em nosso país). Juntos, eles abrem a Bíblia e oram por aqueles que não acreditam em Cristo. Aliou ainda teve a oportunidade de encontrar cristãos de todo o mundo na Assembleia Mundial em 2019. Ela ficou surpresa ao ver tantas pessoas de diferentes países, raças e línguas buscando o mesmo Deus. Ela ficou impressionada com o desejo deles de transformar suas culturas.
“Deus me mostrou pessoas importantes com seus diplomas, pós-graduação, especialidades, idades, dinheiro, que… buscam a Deus. Pessoas que usam suas posições para transformar a sociedade e glorificar a Deus. Isso me dá um desafio para o meu país.”
Ore pelos alunos que enfrentam perseguição de suas famílias ao se recusarem a participar das práticas espirituais tradicionais. Embora o crescimento tenha sido lento desde que a Guiné-Bissau se juntou à IFES, eles veem progresso. Ore para que seus grupos continuem a crescer em meio aos desafios sociais de seu país. Aliou diz que sua maior necessidade é financeira. Ore por provisões financeiras para que possam contratar um funcionário em tempo integral.