Por Ana Júlia Borges*

Ir em uma missão de curto prazo, ou um voluntariado, é algo emocionante, é uma aventura. A ideia é ir compartilhar o amor de Cristo por nós e as boas novas da salvação. Mas cria-se um problema quando as ações ruins falam mais alto do que as palavras. As pessoas podem não ser rudes de propósito, mas as pequenas ações podem ofender, ou podem dar uma ideia equivocada. Daniel Zahorjanski, no artigo “What people actually need from missionaries”, na Revista Relevant, dá cinco dicas para os missionários, da perspectiva de um nativo. As dicas são: ame-nos, aprenda conosco, veja através de nossos olhos, dê-nos Jesus, dedique-se.

“Jesus respondeu: — “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente.” Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: “Ame os outros como você ama a você mesmo.”  (Mateus 22:37-39 NTLH)

Amar ao próximo e espalhar as boas novas andam juntos. Compartilhamos a alegria que temos porque Deus nos amou tanto que enviou seu único filho para morrer na Cruz por nós, de maneira que todo que nele creia não se perca mas tenha vida eterna (João 3:16). É amor compartilhar o evangelho, não é uma contagem nem competição de “quantas pessoas eu evangelizei”, também não deve ser uma imposição. Se nos importamos somente com pregar, mas não nos importamos com as pessoas, entendemos tudo errado. É porque amamos o outro que com ele compartilhamos as boas novas da salvação.

O engraçado de crescer em só uma cultura é o choque de ir a outra e descobrir que há diferentes maneiras de fazer a mesma coisa e conseguir os mesmos resultados. O problema é quando o missionário acha que só seu jeito de fazer as coisas é certo, e todos os outros estão errados e são, portanto, inferiores. Ter esse pensamento é um erro, uma pessoa não é superior que a outra porque faz as coisas diferentes, estando em outro país e cultura. Coloque-se no lugar do outro, mude sua perspectiva para ver o que o outro vê.

O trabalho missionário não é trabalho humanitário. Alguns países sim precisam de ajuda, mas todos precisam de Jesus em suas vidas e esse é o nosso objetivo, contar às pessoas quem é Jesus e o que significa ser cristão.

Por último, dediquem-se! Sentir saudade de casa ou de uma comida específica é normal, mas se você usar as redes sociais para reclamar o tempo todo sobre como queria estar em casa, você fere os nativos. Não é o seu país, a sua amada casa, mas é a amada casa de outra pessoa, da mesma pessoa com quem você compartilhou o evangelho. Pensei: que mensagem você passa ao dizer que está odiando seu tempo e está sofrendo? Pense antes de publicar algo nas redes sociais, de maneira que não fira a dignidade ou autoestima do outro e exalte somente a Deus, pois a ele é toda a glória e honra, não a nós.

Já pensou em ir numa missão de curto prazo?

Com duração de duas semanas ou um ano, a OMF tem um programa chamado Serve Ásia, que te permite experimentar a vida no campo, entender melhor o que significa estar lá e amar o próximo, compartilhando o evangelho. Informe-se em https://omf.org/opportunities/serveasia/

 

*Ana Júlia é estudante de ciências sociais e foi passar alguns meses no Japão e na Singapura pela OMF.

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