A Igreja Batista de Barão da Taquara, localizada no bairro de Jacarepaguá, Rio de Janeiro, está completando 80 anos de organização. Segundo o pastor Carlos Cesar Novaes, Barão da Taquara tornou-se uma igreja de marcante referência na denominação Batista e na obra do reino de Deus como um todo.

Desde o início de 2019, a comunidade iniciou um projeto de leitura entre os membros. As Rodas de Leitura propõem que o grupo leia um livro por mês. Entre ois títulos já lidos estão A Missão Cristã no Mundo Moderno, A Espiritualidade, o Evangelho e a Igreja, Não Perca Jesus de Vista e Trabalho, Descanso e Dinheiro, da Ultimato.

Em entrevista a seguir, o pastor Carlos explica como funciona essa iniciativa e conta sobre os frutos que a igreja já colheu.

 

Como funciona a Roda de Leitura?

No início de cada mês, divulgamos o livro que será lido e, na última quarta-feira daquele mês, reunimos os leitores para conversar sobre o que leram, ouvir sua opinião, comentários e observações. Iniciamos as rodas de leitura em março deste ano e seguimos até novembro. Foram nove livros lidos e tivemos nove encontros para discussão e debate. Prosseguiremos em 2020 focalizando diversos livros de um mesmo autor e livros de enfoques diferentes a respeito do mesmo tema.

 

Por que ler em grupo e na igreja?

Considero a leitura a única formadora completa de conteúdo. Tenho dito que para emitir opiniões, participar de conversas e expressar pensamentos, as pessoas precisam de conteúdo. Vídeos, filmes, viagens e artes em geral contribuem, sim, para nosso desenvolvimento intelectual e cultural. Mas só a leitura concede conteúdo. É simples assim: quem lê tem conteúdo; quem não lê, não tem. Numa época em que as pessoas usam as redes sociais para debater ideias, é preciso que essas ideias sejam bem firmadas e possuam consistência e coerência. A leitura fornece isso. Nem sempre possuir diploma universitário garante que a pessoa tenha conteúdo. Como lembrava o educador e antropólogo Darci Ribeiro: ler é mais importante que receber um diploma. E eu concordo.

 

Qual é o perfil do grupo que se reúne para ler?

Basicamente, o grupo é formado por nossos congregados. Mas há pessoas de outras procedências que se agregaram à Roda de Leitura. Temos gente graduada e gente com pouca formação escolar. Temos líderes engajados na estrutura eclesiástica e temos pessoas sem atribuições específicas. Há gente mais jovem e mais madura. É um agrupamento bastante eclético, unido pelo comum interesse na leitura.

 

Há como medir ou citar “resultados” da leitura dos livros?

Isso era uma coisa a respeito da qual eu tinha bastante curiosidade. Quando formamos a Roda de Leitura, eu me perguntava: “Como esse pessoal vai reagir?”. E foi muito agradável e compensador ver como demonstraram gosto pela leitura, desejo de opinar sobre o que liam e participação no programa de aquisição dos livros. Já me dou por satisfeito se esses encontros serviram para despertar o gosto por ler.

 

Em média, quantas pessoas já participaram das rodas de leitura?

Temos tido uma média de 130 a 140 leitores interessados na aquisição e leitura dos livros divulgados.

 

Algum livro da Ultimato impactou o grupo de forma especial?

Já usamos diversos livros da Ultimato, porque são ao mesmo tempo abrangentes quanto à temática cristã e acessíveis em relação a preços. É claro que um clássico como John Stott, ou um teólogo bem articulado como Dionísio Pape (autor de Cristo é o Senhor, da ABU Editora), marcam de modo especial. Além de serem teologicamente bem elaborados, os livros desses autores continuam tratando de temas contemporâneos e atuais.

 

Carlos Cesar Novaes é pastor da Igreja Batista de Barão da Taquara e professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.

 

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