“Ao Deus de Abraão louvai!” – A história por trás do hino
Livro da Semana | Contando e Cantando
Thomas Olivers, tendo ficado órfão muito cedo, frequentou quando criança más companhias que o transviaram a ponto de, aos 15 anos de idade, ser considerado o pior rapazinho do lugar. Ajudante de sapateiro, viu-se obrigado a abandonar a cidade em que morava por motivo de sua grande maldade.
Certo dia, porém, ouviu pregar o evangelista Whitefield e converteu-se. Arrependido de seus pecados, seu primeiro ato foi retornar à cidade em que nascera e vivera a sua juventude para pagar todas as suas dívidas.
Desejando comunicar a outros as boas novas da salvação, tornou-se pregador itinerante. Travou relações de amizade com João Wesley, com quem colaborou durante anos.
Uma noite, em Londres, atraído pela voz de um grande cantor, Leoni, entrou numa sinagoga judaica. A melodia entoada era bela e o timbre da voz, atraente. De regresso a casa, resolveu transformar em hino cristão a ser cantado com essa música a letra original, Yigdal, doxologia hebraica de Daniel Ben Judah datada do século 14, o que realmente fez.
Roberto Moreton, que por longos anos missionou em Portugal, traduziu-o para o português em 1896. Encontra-se em Salmos e Hinos sob o número 232. Ei-lo a seguir:
Ao Deus de Abraão louvai,
Do vasto céu Senhor,
Eterno e poderoso Pai e Deus de amor,
Augusto Jeová,
Que terra e céu criou!
Minha alma o nome exaltará
Do grande “Eu Sou”.
Ao Deus de Abraão louvai;
Eis, por mandado seu,
Minha alma deixa a terra e vai gozar no céu.
O mundo desprezei,
Seu lucro e seu louvor
E Deus por meu quinhão tomei
E protetor.
Meu guia Deus será;
Seu infinito amor
Feliz em tudo me fará, por onde eu for,
Tomou-me pela mão,
Em trevas deu-me luz,
E dá-me eterna redenção
Por meu Jesus.
Meu Deus por si jurou;
Eu nele confiei;
E para o céu que preparou eu subirei.
Na glória eu o hei de ver,
Confiado em seu amor,
E para sempre engrandecer
Meu Redentor.
Hebert
Belissima história.