O padrão da tentação
[500 Anos da Reforma]
Por Martinho Lutero
Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e ¬o deu a seu marido, que comeu também. [Gênesis 3.6]
Todas as tentações de Satanás seguem o mesmo padrão. Primeiro, Satanás testa a fé das pessoas e as seduz, distanciando-as da Palavra de Deus. Isso as leva a pecarem contra outras pessoas. Nós podemos ver na nossa própria experiência que Satanás sempre trabalha assim.
Quando um pensamento nos atinge pela primeira vez, não achamos que estamos prestes a fazer algo errado. Se pensássemos assim, poderíamos mudar de ideia e considerar resultados potenciais, prevendo o dano e a miséria que causaríamos. Poderíamos até mudar a maneira de pensar e de agir. Contudo, tais pensamentos normalmente são escondidos e nós vamos em frente com a nossa atitude pecaminosa, ao ponto de abandonarmos nossa fé.
Eva apanhou o fruto na árvore. Ela estava convencida de que não morreria, mesmo Deus tendo dito o contrário. Ela creu nas palavras de Satanás. Pensou que seus olhos seriam abertos e que ganharia sabedoria. Depois que as palavras envenenadas do Maligno entraram em seus ouvidos, Eva estendeu sua mão e pegou o fruto proibido, saboreando-o com sua boca. Portanto, ela pecou com todas as partes de seu corpo e sua alma. Mesmo assim, ela ainda não estava ciente do terrível pecado que havia cometido. Comeu o fruto alegremente e trouxe um pouco para o seu marido, que também comeu.
Lascívia, ira e cobiça trabalham ao mesmo tempo. Enquanto o pecado está trabalhando, nós não o sentimos. Ele não nos assusta. Não ferroa. Pelo contrário, parece amigável, bondoso e contente. Frequentemente não sentimos culpa enquanto estamos pecando. Entretanto, mais tarde, quando a lei de Deus expõe o pecado, as consequências nos esmagam.