Servindo a Deus ou ao dinheiro
[500 Anos da Reforma]
Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.
— Mateus 6.24
A pequena palavra servir é chave para este versículo. Não é pecado ter dinheiro e propriedades, uma esposa e filhos, e uma casa ou lar. Contudo, não permita que essas posses controlem você. Pelo contrário, torne-as suas servas e seja o mestre delas.
Lembre-se do que se diz sobre indivíduos amáveis e generosos: “Eles são senhores do seu dinheiro”. O dinheiro não os controla como faz com um avarento egoísta que ignora a Palavra e a vontade de Deus. Alguém assim prefere deter uma mão que serve a permitir que o dinheiro se vá. Esse tipo de avareza é a marca de indivíduos muquiranas, infantis e insensíveis, que não colocam os recursos em bom uso e nem mesmo usufruem deles. São pessoas que ignoram os tesouros eternos por amor ao dinheiro. Eles procuram os seus próprios alvos egoístas e negligenciam a Palavra de Deus, pensando que podem voltar a ela em momento mais conveniente. Enquanto isso, lutam para conseguir tudo que puderem, sem destinar um centavo para a obra de Deus. Se não são corrigidos, eles afundam cada vez mais na avareza e na inveja, distanciando-se da Palavra de Deus. No final seus corações estarão cheios de ceticismo e eles se tornarão inimigos de Deus.
Portanto, Cristo falou severamente quando disse: “Odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro”. Isso é o mesmo que dizer: “O amor ao dinheiro torna as pessoas inimigas de Deus”. Este é o resultado de servirmos às riquezas. Cristo também disse: “Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mt 6.21). Nós corremos atrás do que amamos. Falamos sobre isso porque é onde estão nossos corações e pensamentos. Agostinho foi direto ao ponto quando disse: “O meu deus é aquilo que eu amo”.
Em 2017, Ultimato vai relembrar e celebrar os 500 anos da Reforma Protestante. O Blog publica, sempre às segundas-feiras, uma devocional do reformador Martinho Lutero, retirado do seu Somente a Fé - Um Ano com Lutero.
EDUARDO
O que é que Lutero tem a ver com isso? Nada.
Antes tivessem pelo menos citado o Catecismo Menor de 1529. Lutero aplica essa regra a um determinado setor da vida humana da seguinte maneira; “Devemos temer e amar a Deus, de maneira que não tiremos ao nosso próximo o dinheiro ou os bens, nem nos apoderemos deles por meio de mercadorias falsificadas ou negócios fraudulentos, porém o ajudemos a melhorar e conservar os seus bens e o seu ganho”.
E o que fizeram neste curto texto? Meteram uma sermonização de viés moral. E olha que Lutero nem aparece aí. Subvertem o texto e a figura que está postada ao lado.
andrebt
Eduardo,
Esse texto (Servindo a Deus ou ao dinheiro) foi tirado na íntegra do devocionário Um Ano Com Lutero, que reúne uma seleção de textos originalmente escritos por Martinho Lutero, entre 1513 e 1543, a partir dos sermões, comentários e artigos devocionais do reformador.