Exposição realizada em conjunto com o Primeiro Encontro de Artistas Visuais Cristãos em 7/11/2015 na Igreja Batista de Pinheiros, em São Paulo. Foto: Arthur Lamas

Exposição realizada em conjunto com o Primeiro Encontro de Artistas Visuais Cristãos em 7/11/2015 na Igreja Batista de Pinheiros, em São Paulo. Foto: Arthur Lamas

A seção “Arte e Cultura” da revista Ultimato 358 (janeiro-fevereiro/2016) traz um artigo que discute a importância dos games no testemunho cristão. Muita gente, inclusive, cristãos desconfia dos benefícios de jogos na internet, mas o autor do artigo, Lemuel Massuia, diz que trata-se uma ótima oportunidade de cumprir o “ide” de Jesus.

Lemuel é ilustrador, designer, publicitário, administrador do grupo Fliper Time, que discute assuntos do mundo dos games e coordenador do projeto Mini Museu do Game, que arrecada doações de itens relacionados a jogos e promove exposições sem fins lucrativos.

Sabia a seguir o que é e como funciona o “museu do game”.

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Mini Museu do Game

Arthur Lamas

Foto: Arthur Lamas

Videogame é uma forma de arte como nenhuma outra. Reúne produção de roteiro, música, ilustração, fotografia, interpretação e, além de tudo, interatividade. Como forma de arte que é, merece seu espaço em um museu.

O Mini Museu do Game nasceu há um ano como iniciativa do grupo Fliper Time, um grupo de amigos amante da arte dos games que se reúne para curtir jogos antigos e novos, mantendo viva a lembrança de games que marcaram a infância de gerações e discutindo sobre os lançamentos da nova geração.

O projeto Mini Museu do Game é realizado em eventos do próprio grupo e em conjunto com instituições parceiras. Ao contrário de exposições maiores, como a Game On e o Museu do Videogame Itinerante, que realizam exposições em grandes eventos ou em shoppings, o Mini Museu do Game tem como propósito realizar pequenas exposições em parceria com igrejas e escolas, como apoio a outros eventos, buscando difundir a cultura e arte dos games e atrair doações para a manutenção de seu acervo.

A inspiração para o Mini Museu surgiu em 2011. Era um dia frio e nublado naquele final de ano e eu estava voltando a pé para casa com minha esposa e um amigo pela avenida Europa, em São Paulo, quando passei em frente ao Museu da Imagem e do Som. Um símbolo de um controle de videogame chamou minha atenção e, ao chegar na recepção para pedir informações, descobri que uma exposição sobre videogames, a Game On, ocupava todos os três andares do museu. Como entusiasta da arte dos games, entrei sem pensar muito e fiquei simplesmente encantado com a quantidade de fliperamas, simuladores e objetos que lembravam gerações de fliperamas, consoles e jogos lançados. Todos os jogos estavam disponíveis para serem jogados, exceto um ou outro em manutenção. Conforme íamos subindo os andares, os jogos iam ficando mais modernos, do antigo Atari com Pacman até os mais recentes lançamentos com tecnologia de detecção de movimento. Foi como estar cercado de portas que abriam para aventuras e histórias inesquecíveis. Então pensei como seria bom poder compartilhar aquilo tudo com outras pessoas. Tive de ficar só na vontade. A exposição era internacional e deixaria o Brasil dali a dois meses. A vontade de fazer algo com o tema relacionado a videogames, no entanto, permaneceu.

A possibilidade de juntar um acervo surgiu com o próprio desenvolvimento do grupo Fliper Time, que atraía amigos a cada novo evento que realizávamos. O projeto surgiu naturalmente. Muitos amigos tinham consoles antigos em casa, os quais estavam encostados e pareciam que seriam melhor utilizados em um projeto coletivo. Apesar de estar começando pequeno, o nosso Mini Museu conta hoje mais de doze consoles diferentes de games, que vão desde o famoso Atari, passando pelo Nintendo Nes, Master System, Mega Drive, Super Nintendo, Nintendo 64, Playstation 1, 2 e 3, até o Xbox, além de consoles portáteis e objetos relacionados ao mundo dos games, fliperamas, capas de jogos famosos, revistas históricas do segmento e um joystick gigante para ser jogado em dupla.

O Mini Museu do Game é um projeto de vida. É utilizar uma forma de arte atual, mas que já tem sua história, para contar histórias e compartilhar momentos inesquecíveis. Ver crianças, jovens e adultos apreciar a história dos games contada por meio de cada console e jogos que podemos expor não tem preço. Esperamos poder fazer isso por muito tempo.

Deseja contribuir com o Mini Museu do Game doando consoles e itens relacionados a videogames ou quer a participação do Mini Museu do Game em seu evento? Entre em contato pelo e-mail lemuelstudio@gmail.com, pelo telefone (11) 99331-8215 ou pela página do grupo Fliper Time.

 

• Lemuel Massuia é ilustrador, designer, publicitário, administrador do grupo Fliper Time, que discute assuntos do mundo dos games, e coordenador do projeto Mini Museu do Game, que arrecada doações de itens relacionados a jogos e promove exposições sem fins lucrativos.

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