Semear e colher: alegria em comum
No intervalo da conversa de Jesus com a mulher samaritana (João 4) o Senhor faz importantes e bonitas declarações aos seus discípulos. Após anunciar que o que o sustenta é fazer a vontade do Pai (“A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e terminar o trabalho que ele me deu para fazer”, v. 34), Jesus os desafia a perceberem que entre as próprias pessoas com as quais eles estavam (no episódio, os samaritanos) havia um campo de frutos maduros prontos para serem colhidos. Em seguida, ele destaca que semeadura e colheita são trabalhos conjuntos e complementares que promovem contentamento ao coração de todos os trabalhadores.
Os que semeiam lançam sementes em abundância, com coração generoso e pleno do desejo de que elas caiam em terra firme, cresçam e frutifiquem. Eles têm mãos que labutam no presente, são sustentados por uma esperança futura e seguem firmes na sua missão. Os que colhem nutrem-se da esperança concretizada daqueles que lançaram a semente, eles têm olhos que contemplam e percebem campos fartos onde há muito que colher e não hesitam em dispor suas mãos para o trabalho. O resultado do esforço do semeador e do coletor é sem igual: alegria para eles e vida eterna para as pessoas (Jo 4.36). Todos, sem exceção, são beneficiados.
A reflexão a partir desta passagem bíblica lembra o trabalho que missionários e agências enviadoras continuam realizando nos campos. Uns cultivam, regam e cuidam para que a semente da Palavra de Deus compartilhada com outras pessoas brote e cresça. Outros têm diante de si campos brancos para a ceifa, pessoas convertidas ao Evangelho que precisam ser ensinadas e incentivadas a uma vida dedicada a Deus. Nenhum destes trabalhadores pode perder a visão, a percepção do tempo e da necessidade da missão. Todos eles precisam de apoio, encorajamento e amizade.
Continuamos orando para que a Ultimato promova um laço de parceria entre os missionários, os leitores da revista e nós, fazendo-nos participantes de um alvo comum. Nós nos alegramos em saber que o resultado do esforço de enviar a revista regularmente para as agências e missionários seja uma resposta ao amor de Deus por nós e uma maneira de fazer Jesus conhecido entre muitas pessoas.
• Ariane Gomes é responsável pelos projetos ligados às ações ministeriais da Ultimato.