Maurício Cunha, diretor nacional da Visão Mundial e autor do livro O Reino Entre Nós, dirigiu segunda plenária do 4ºEncontro RENAS. O tema abordado foi “A igreja a serviço do reino”.

Para Maurício a justiça social é uma visão bíblica. Sua palavra, baseada no texto de Lucas 24.17-19, focou no papel da igreja de transformação social enquanto local. Nesta passagem o discípulo define o ministério de Jesus. E a igreja? Como deve ser reconhecida? Ela tem sido profética?

Nos nossos dias muito se tem falado sobre profecias. Mas qual a natureza do profético? Segundo Maurício, é o anúncio e o fazer cumprir a vontade de Deus. É confrontar o que realmente é justo e estar ciente da realidade social. A igreja deve ser, assim como Cristo, poderosa em palavras e obras. Infelizmente, o que temos visto são igrejas que só dão valor à primeira; gostam muito de púlpito e oratória.

Visão bíblica
A justiça é tema central nas Escrituras. A ajuda aos desfavorecidos hoje não é vista como ato de bondade e sim como uma obrigação ética. Mas biblicamente não era assim. O não cumprimento dessa “obrigação” é considerada pela Bíblia como extremamente grave (Ez 16.49).

Alguns exemplos da justiça de Deus na Bíblia:
– O ano sabático (Dt 15)
– O ano de pousio da terra (Ex 23.10-11)
– Preocupação com as condições de vida do trabalhador (Dt 24.14-15)
– Disposições orientadas para proteger o consumidor. Medidas certas e preço justo (Dt 25.13-16)
– Apoio aos pobres (Lv 25.35)
– Oliveiras, bagos de vinha e espigas (Lv 19.9-10, Dt 24.19-21)
– As esmolas de Cornélio (At 10. 1-4)

A fé cristã exige compromisso com o outro e com a ação. A justiça não tem a ver com sentimentalismo e sim com atitude. “Deus elabora, executa e avalia projetos. Ele é prático. Às vezes queremos ser mais espirituais que Deus.”

  1. Roberto ferreira Campos

    Realmente precisamos cumprir o papel de uma igreja justa e profética, uma igreja que ama o próximo e que tem um compromisso genuíno com a sociedade de maneira a fazer a diferença com atitudes e não só com palavras.

  2. A palavra de Maurício marcou-me com a seguinte reflexão: o capitalismo reproduz a pobreza que a pecaminosidade humana produz. Maurício não falou muito em termos sociológicos. Mas a presença histórica da injustiça humana, sob intervenção da justiça de Deus me provocou a esta reflexão. No contexto de produção capitalista atual, nos duzentos e cinquenta anos atuais…, é mister uma intervenção política (e política social é política!). Mas no contexto avassalador de proliferação das mazelas do pecado, nos milhares de anos atuais da humanidade, apenas uma intervenção é suficientemente eficaz, e revolucionária: a salvação em Cristo!

  3. CREIO NISSO!! MEU LEMA HÁ 20 ANOS É O CONSELHO QUE A MÃE DE LEMUEL DIZ EM ECLESIASTES.
    ” ABRA A TUA BOCA A FAVOR DO MUDO, E PELO DIREITO DE TODOS OS QUE SE ACHAM EM DESOLAÇÃO; ABRA A TUA BOCA JULGA RETAMENTE E FAZE JUSTIÇA AOS POBRES E NECESSITADOS”!!!
    ESTOU HÁ 11 ANOS TRABALHANDO NO ESTADO DO MARANHÃO E DO PIAUÍ, E AQUI ENCONTRA-SE O MAIOR CAMPO PARA SE TRABALHAR COM POBRES, NECESSITADOS E DESGRAÇADOS.
    MEUS AMIGOS ME ACONSELHAM A VOLTAR PARA RIO CLARO / SP, JÁ QUE AQUI EU NÃO CONSIGO ENRIQUECER; POREM CREIO QUE AINDA FAREI ALGUMA COISA PARA ESSE POVO COMO FIZ NO PASSADO EM MINHA CIDADE.
    CREIO NO EVANGELHO COMO DESCRITO ACIMA E NÃO CONSIGO COMUNGAR COM AQUELES QUE SE RECUSAM A ENFIAR A MÃO NO BOLSO, TIRAR DINHEIRO DA POUPANÇA E OU DESFAZER DE POSSES EM FAVOR DESSE EVANGELHO INTEGRAL COMO ALGUNS POUCOS DEFENDEM.

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