O salmo 15, "O hóspede de Deus" (NTLH), poderia servir de base para a plataforma de qualquer veículo cristão de comunicação. O primeiro verso traz uma pergunta do salmista: "Senhor Deus, quem tem o direito de morar no teu templo?" ou, na Bíblia Viva: "Quem terá livre acesso ao lugar santo onde tu vives?".

A resposta vem em forma de pequenas frases descrevendo o que faz aquele que é amigo de Deus. Várias das atitudes expostas referem-se à comunicação verbal: dizer, falar, não desprezar, prometer, testemunhar, dar a palavra, não espalhar boatos. A descrição do hóspede de Deus é totalmente contraposta à do ímpio (Salmo 12), em que também são usados vários verbos para referentes à linguagem. Os ímpios dizem: "Nós venceremos com as nossas palavras, quem manda em nossas bocas somos nós mesmos", e deles diz o salmista: "usam a boa conversa para alcançar seus objetivos" (BV,v.4), mentem, traem, fingem e bajulam. Destacamos apenas um dos aspectos da comunicação do amigo de Deus a que faz referência o salmista: ele se entristece com aquilo que fazem e dizem aqueles que desprezam Deus. Graças à sua intimidade com o Pai ele consegue identificar o que lhe desagrada. Livre da inveja dos ímpios que prosperam e aparentam bem-estar, ele condena e reprova o pecado. Mas, ele também nota os que são fiéis a Deus, alia-se a estes companheiros de jornada, elogia-os e faz propaganda deles. A virtude é valorizada, a retidão é anunciada.

Nada mais urgente e válido do que isto num contexto em que os valores estão invertidos: "Todas as pessoas dão valor àquilo que é mal" (Sl 12.8), "O que pode fazer a pessoa honesta quando as leis e os bons costumes são desprezados?" (Sl 11.3), "As bases da lei e da ordem na terra estão abaladas" (Sl 82.5).

Em 2009 Ultimato quer continuar participando — ao lado de muitos outros –do crescimento do Reino de Deus, dando sua contribuição específica no campo da comunicação. Por meio da revista, do site e da participação nas áreas de comunicação da Rede Mãos Dadas e da Rede Evangélica Nacional de Ação Social, continuaremos a falar da boa nova que nunca fica velha, a mostrar e reprovar os caminhos de morte e a contar boas histórias de gente que é amiga de Deus e que dá sua contribuição à sua obra de restauração.

Por Klênia Fassoni

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