Em Deus e o Mundo dos Negócios, Paul Stevens, autor também de A Espiritualidade na Prática, lembra uma história conhecida, especialmente do público norte-americano, que começa com a frase “você tem duas vacas”. Ele cita Richard Higginson em uma abordagem sobre investimentos, em seu livro Questions of Business Life [Questões da vida de negócios]. Qualquer semelhança não é mera coincidência. 

Feudalismo: Você tem duas vacas. O seu senhor fica com parte do leite.
Fascismo: Você tem duas vacas. O governo fica com as duas, contrata você para cuidar delas e vende o leite para você.
Comunismo: Você tem duas vacas. Você tem que cuidar delas, mas o governo fica com todo o leite.
Capitalismo: Você tem duas vacas. Você vende uma e compra um touro. O seu rebanho se multiplica e a economia cresce. Você vende o rebanho e se aposenta com o lucro.
Capitalismo segundo a Enron [ou, atualizando, segundo as “Instituições Financeiras” em Wall Street]: Você tem duas vacas. Vende três para sua companhia de capital aberto usando cartas de crédito abertas pelo seu cunhado em um banco. Em seguida, faz um acordo para quitar a dívida com participação acionária, e pode, então, adquirir todas as quatro vacas de volta, com isenção de taxas para as cinco vacas. Os direitos sobre o leite das seis vacas são transferidos por meio de um intermediário para uma empresa nas Ilhas Cayman, que pertence secretamente a um dos acionistas majoritários, que vende os direitos de todas as sete vacas de volta para a sua companhia de capital aberto. O relatório anual da “Instituição” aponta que a companhia possui oito vacas, com opção de compra para uma nona.

E, por falar em vaca, lembro-me também das de Basã, gordas e satisfeitas, que nos foram apresentadas por Amós (Am 4.1). Com a palavra, o próprio:

“Eu sei das muitas maldades e dos graves pecados que vocês cometem. Vocês oprimem o justo, recebem suborno e impedem que se faça justiça ao pobre nos tribunais” (Am 5.12).

“Está chegando o dia em que mandarei fome pelo país inteiro. Todos ficarão com fome, mas não por falta de comida, e com sede, mas não por falta de água. Todos terão fome e sede de ouvir a mensagem de Deus, o Senhor” (Am 8.11).

  1. Muito lindo este comentário,acredito que ainda hoje não é diferente.Enquanto milhares de pessoas estão se regalando de fartura outras no entanto estão comendo a migalha daquilo que resta dos ricos.As vacas de Basã estão presente em todos os setores e classes de nossa sociedade,sejam na politica,religiao …..

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