A ciência não faz declarações. Os cientistas, sim. E, às vezes, erram A ciência manda, é a última palavra. Embora paradoxal, é quase um mantra a ser seguido. Quem nunca começou uma "dieta" nova na segunda-feira porque no domingo foi informado da nova descoberta da "ciência", que atire a primeira pedra. Claro, aprendemos muito com a ciência. Mas, pasme, "a ciência não diz nada. Ela não pode fazer declarações. Somente os cientistas dizem as coisas. E estes podem ser surpreendentemente nada científicos e cometem erros". [Dallas Willard, em seu prefácio a Ciência, Intolerância e Fé, Editora Ultimato]. A recente cruzada editorial — livros como The God Delusion (Deus um Delírio), de Richard Dawkins, Letter to a Christian Nation (Carta a uma Nação Cristã), de Sam Harris — ou a discriminação de estudantes cristãos em universidades como Edimburgo e Birmingham, na Inglaterra, não deixam dúvidas: os cientistas, ao se ungirem como responsáveis por tudo o que é certo e razoável, se tornaram intolerantes e arrogantes. E a mídia acende uma vela para cada santo — ou demônio, não importa. Num dia descobre o crescimento dos evangélicos; no outro, anuncia o enterro da religião. Marcelo Gleiser, em seu "Ateísmo Radical", artigo dominical da última semana de novembro, no jornal Folha de S. Paulo, falando de Richard Dawkins, afirma: "Para ele, a ciência é um clube fechado, onde só entram aqueles que seguem os preceitos do seu ateísmo, tão radical e intolerante quanto qualquer extremismo religioso. Dawkins prega a intolerância completa no que diz respeito à fé, exatamente a mesma intolerância a que se opõe". Leia mais sobre intolerância em O Fundamentalismo dos Liberais. Enquanto isso, a "ciência", ruborizada, pede desculpas a cada "delusion", a cada gema de ovo a mais ou cafeína a menos recomendada na última estação. Aliás, “sinto muito” foram as palavras do físico britânico Stephen W. Hawking, na 17ª Conferência sobre Relatividade Geral e Gravitação em Dublin, ao negar as próprias teorias, 30 anos depois, sobre os buracos negros. Como cristãos, sabemos que nos enganamos. Inauguramos o auto-engano com Adão e Eva, para o arrepio dos cientistas. Enfim, como se argumenta com um ateu? Esta é também uma das questões do artigo "A maior de todas as religiões", de Mark Carpenter, na edição de jan./fev. de 2007 da revista Ultimato, que entra em circulação na segunda semana de dezembro. Você não pode deixar de ler. Evolução, criação e teísmo estão em Ciência, Intolerância e Fé, de Phillip Johnson. Leia mais sobre acreditar ou não em Deus, com C. S. Lewis e Freud em campos opostos, em Deus em Questão, de Armand Nicholi. Confira também as razões de John Stott para ser cristão em Por Que Sou Cristão.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


The reCAPTCHA verification period has expired. Please reload the page.