Semana 43: Lucas 11.1-4

De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixes cair em tentação.

A passagem começa com Jesus orando. Isto não apresenta um problema teológico para você? Se ele próprio era Deus, por que orava? E orava para quem? Certamente você está aguardando uma resposta esperta de mim para “resolver” isto. Pode continuar esperando, porque nenhuma das explicações acerca da trindade é totalmente adequada. Mas veja a oração anterior a esta, no capítulo 10. Veja como na própria oração Jesus ocupa um papel único com Deus, um que somente ele pode ocupar, algo que já aponta para a sua união com o Pai. E isto era maravilhoso para os discípulos, mais incrível que qualquer coisa que os profetas e reis antes deles haviam experimentado (10.23).

E esta coisa maravilhosa era decorrente do relacionamento íntimo de Jesus com o Pai, um relacionamento que era cultivado pela conversa aberta, simples e objetivo. Quando este tipo de conversa é dirigido para a divindade, ela se torna conhecida como “oração”. A oração é conversa, e Jesus conversava muito com seu pai. Não era necessário marcar uma reunião para fazer isso. Não havia rotinas onde convinha inserir uma “oração”. Isto porque a oração para Jesus, não era formalidade, uma peça que se acrescentava à liturgia ou ao início duma reunião. A oração era conversa. E conversa se faz que se tem algo para falar, não meramente em hora marcada.

Jesus orava e isto impressionou os discípulos. Quem sabe eles queriam algo da intimidade que Jesus tinha com Deus. E então, pediam para Jesus “ensinar” como orar. E Jesus atendeu ao seu pedido. Só que a gente não se deve enganar. A ênfase aqui não está na técnica. Técnica é mania de americano. Também a ênfase não está no conteúdo. Isto é uma preocupação moderna. Claro, podemos aprender algo tanto de técnica quanto de conteúdo quando estudamos esta oração. Mas Jesus parece estar querendo mostrar uma outra coisa para os seus discípulos. Ele está querendo revelar algo do próprio caráter de Deus. Ele está dizendo que Deus, primeiro é Pai (grego = pater, do hebraico = abba). Ele é pai e como todo bom pai, ele quer conversar com seus filhos.

E como conversamos com Deus Pai? Primeiro, honrando-o. Em português fazemos isto nos dirigindo ao nosso pai como “senhor”. “Pai, o senhor blá, blá, blá, blá, blá?” No caso de Deus, dizemos, “Pai, santificado seja seu nome.” O nome de Deus representa sua própria pessoa e por isso, deve ser reconhecido como “santo”. Nós fazemos isto para guardar a honra de Deus…santificamos o seu nome. E pedimos o pleno estabelecimento do seu governo para mostrar nossa lealdade total a sua causa. A honra de Deus pede a nossa lealdade.
Sendo pai, é dele que adquirimos o nosso sustento: “dá-nos cada dia o alimento que precisamos”.

E tendo compaixão e misericórdia como atributos fundamentais, nós também temos a obrigação de viver vidas temperadas, compassivas, dadas, amorosas, perdoadoras.

Finalmente, como todas as crianças, filhos de pais, pedimos livramento das coisas ruins que possam nos derrubar.
Nisto tudo, somos levados a contemplar a paternidade de Deus e a natureza desta paternidade: santo, exigindo de lealdade, compassivo e protetor…todas características dum pai ideal.

Oração

Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixes cair em tentação. Amém

  1. QUANDO O MESSIAS FALOU SANTIFICADO SEJA O TEU NOME ENTAO O CRIADOR TEM UM NOME SE NAO FOSE ELE NAO TERIA DITO.NA ORACAO SACERDOTAL ELE DISE NO CP 17 NO VS 6 MANIFESTEI O TEU NOME AOS HOMENS QUE ME DESTE DO MUNDO.EVAGELHO DE JOAO

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