A seção Arte e Cultura desta edição da revista Ultimato (julho-agosto) traz o texto de Alyson Montrezol sobre o projeto “Eko-image”. Ele e outros três brasileiros estiveram na Zâmbia, África, em janeiro de 2014 para registrar imagens do Meheba Refugee Camp, um campo de refugiados que existe desde 1970, provavelmente um dos mais antigos do mundo. O acampamento de Meheba recebe refugiados de vários países, como República Democrática do Congo, Uganda, Burundi, Ruanda e Angola.

O projeto tem o objetivo de despertar a autoestima e a noção de identidade dessas pessoas que perderam tudo, inclusive a pátria. Cada um dos retratos foi presenteado às 114 famílias dos refugiados de Ruanda junto com manifestações de amor.

Além das fotos e histórias publicadas na revista, você vê a seguir mais outras dua histórias exclusivas de refugiados:

 

EKO-IMAGE_01Eu sou de Ruanda, da província de Butare. Viajei de 1994 ate 1998, pelo Congo e Angola para chegar na Zâmbia. Minha esposa e filhos ficaram no Congo. Soldados ruandenses atacaram no campo de refugiados onde estávamos e nos separaram. Não os vi nunca mais. A Guerra me forçou a vir até aqui e fui chegando sem saber da existência de Meheba. Às vezes, a vida é boa, mas outras é ruim. Eu sei a vida que estou levando hoje, mas não sei nada de amanhã, somente Deus sabe.

 

 
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EKO-IMAGE_06Somos da província de Gikongoro na Ruanda. Viajamos de 1995 até 1998, por Burundi, Congo e Angola, até chegarmos na Zâmbia. Nossos parentes morreram em Ruanda e o restante deles no Congo. Casamos aqui em Meheba. A guerra nos empurrou até que nos vimos no campo de refugiados de Meheba. A vida aqui não é boa porque somos refugiados, somos pobres e doentes e não temos remédio. Desejamos que Deus possa nos ajudar porque precisamos de ajuda no futuro.

 

 

 
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Veja a galeria de fotos do projeto:

  1. Antonia Leonora van der Meer

    Fico muito sensibilizada com esses refugiados que há tanto tempo estão sem lar, sem pátria, e aparentemente sem futuro. Sei que são pessoas de grande valor aos olhos de Deus. Oro por eles e por aqueles que lhes socorrem. Sei que há milhões em situação semelhante ou pior. Deus, tenha misericórdia e perdoe-nos por não saber como responder a tão gritantes necessidades.

  2. Edivaldo Pereira de Assis

    É muito difícil de acreditar, que em pleno Século xxi com tantas facilidades e tecnologias, encontramos nossos irmãos morrendo por perseguições no triste abandono, quando se gastam bilhões com bola rolando pela grama a fora e outras coisas mais, sem dizer, que os lideres que se dizem representar o Reino de Deus na Terra, estão gastando milhões em estruturas de ferros e concretos e outros luxos, quando não tem se quer, o cuidado com os Missionários, Crianças e os perseguidos, eu procuro fazer a minha parte e alertar os que estão em volta de mim.
    Se Jesus estivesse em nosso meio, jamais aceitaria os tapetes vermelhos da atualidade e promoções baratas de ministérios denominacionais.
    Deus nos guarde.

  3. Situaçoes semelhantes nós experimentamos quase todos os dias, haja vista o que está ocorrendo com os refugiados o haiti, que scolheram o brasil como sua sgunda pátria, mesmo sabendo que a situação por aquí não anda bem.

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