Continuando as nossas três reflexões anteriores

Fase da salvação entregue: de vida antes de conhecer Cristo para vida de blasfemo e infiel

Nesta quarta fase, Paulo havia esquecido que antes de conhecer Cristo, vivia uma vida boa. Esqueceu ou reavaliou radicalmente. A vida anterior não era mais boa virada lixo. Ela simplesmente deixou de ser boa. Veja como Paulo falava da sua vida anterior a Cristo…

Agradeço a Cristo Jesus, o nosso Senhor, que me tem dado forças para cumprir a minha missão. Eu lhe agradeço porque ele achou que eu era merecedor e porque me escolheu para servi-lo. Ele fez isso apesar de eu ter dito blasfêmias contra ele no passado e de o ter perseguido e insultado. Mas Deus teve misericórdia de mim, pois eu não tinha fé e por isso não sabia o que estava fazendo…. O ensinamento verdadeiro e que deve ser crido e aceito de todo o coração é este: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior. Mas foi por esse mesmo motivo que Deus teve misericórdia de mim, para que Cristo Jesus pudesse mostrar toda a sua paciência comigo. E isso ficará como exemplo para todos os que, no futuro, vão crer nele e receber a vida eterna. – 1 Timóteo 1.12-13,16 (cerca de 65-66 d.C)

Perceberam a diferença? Antes de conhecer Cristo a sua vida não era mais boa mais mal direcionada. Não era nem sequer boa mas virada lixo em comparação com a vida com Cristo. Muito mais que isto, ao invés de pensar na sua vida como fariseu como irrepreensível, agora Paulo fala com todas as letras: “eu não tinha fé…eu sou o maior dos pecadores”.

Nenhuma das quatro avaliações da salvação de Paulo estava equivocada. Não é isto. Dentro da sua caminhada, cada avaliação estava correta e até inspirada por Deus. Entretanto, a medida que caminhava com Cristo, a medida que assumia a incumbência de testemunho, e a medida que pagava o preço do discipulado e sofria junto com Cristo, o passado, mesmo aquele passado bom, não só diminuía em tamanho e importância, não só virava lixo em comparação com a vida com Cristo, mas só podia ser visto como uma vida sem fé. E Paulo somente poderia se considerar o pior dos pecadores.

Esta é a vocação para onde precisamos caminhar, onde nós diminuímos tanto em importância que só nos resta refletir Cristo. Daí, não importa tanto onde iremos ou o quê faremos, porque em tudo isto as pessoas que se encontram conosco encontrarão Cristo.

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