Semana 31: Lucas 9.1-11

Jesus chamou os doze discípulos e lhes deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças. Então os enviou para anunciarem o Reino de Deus e curarem os doentes. Ele disse: — Nesta viagem não levem nada: nem bengala para se apoiar, nem sacola, nem comida, nem dinheiro, nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem na casa em que forem recebidos até irem embora daquele lugar. Mas, se forem mal recebidos, saiam logo daquela cidade. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente. Os discípulos então saíram de viagem e andaram por todos os povoados, anunciando o evangelho e curando doentes por toda parte. Herodes, o governador da Galiléia, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou sem saber o que pensar. Pois alguns diziam que João Batista tinha sido ressuscitado, outros diziam que Elias tinha aparecido, e outros ainda que um dos antigos profetas havia ressuscitado. Mas Herodes disse: — Eu mesmo mandei cortar a cabeça de João. Quem será então esse homem de quem ouço falar essas coisas? E Herodes procurava ver Jesus.  Os apóstolos voltaram e contaram a Jesus tudo o que haviam feito. Então ele os levou consigo, e foram sozinhos para o povoado de Betsaida. Mas as multidões souberam disso e o seguiram. E Jesus os recebeu, falou a respeito do Reino de Deus e curou os que precisavam ser curados.

Há 3 tipos básicos de personagens nesta história: os promotores do Reino de Deus, as pessoas necessitadas e interessadas no Reino de Deus, e as pessoas não interessadas e até antagonísticas. Jesus, seus discípulos e João Batista estão no primeiro grupo. No segundo grupo estão os doentes (v.2), as pessoas que recebem os discípulos nas suas casas (vv.4, 6) e as multidões (v.11). Entre os antagonísticos estavam as pessoas na cidade que não receberam os discípulos e Herodes. O antagonismo deste último é deduzido da associação que ele fez entre Jesus e João Batista, a quem Herodes decapitou… no mínimo, antagonístico!

Reparemos a reação de Jesus aos outros dois grupos, que é a mesma reação que ele recomendou para os seus seguidores. Quem se via em necessidade (física, intelectual ou espiritual) foi livre e poderosamente atendido por Jesus e pelos seus discípulos. Mas, aos antogonísticos, Jesus teve (e recomendou aos seus discípulos) uma de duas reações: ou desprezo explícito (sacudir o pó das sandálias era o máximo de insulto) ou virar as costas e caminhar em outra direção. Esta foi a sua reação à arrogância e ao poder de Herodes. Quando Herodes procurou ver Jesus, Jesus virou as costas e caminhou em direção contrária, onde as multidões interessadas encontraram sua cura.

Às vezes o ministério é assim. Onde há receptividade e abertura à ação de Deus, a cura segue. Mas outras vezes, o ministério encontra oposição. E quando isso ocorre, a resposta certa nem sempre deve ser a abertura democrática à oposição. Às vezes se faz necessária a opção pouco popular e sempre mal entendida de virar as costas e simplesmente caminhar em direção às pessoas necessitadas.

Oração

Pai, dá-nos um ministério aberto e inclusivo. Mas, dá-nos também o discernimento de saber a hora certa de encerrar contatos antogonísticos e procurar os necessitados ao nosso redor. Em nome de Jesus. Amém.

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