Estudar também é crer
Semana 1: Lucas 1.1-2
Prezado Teófilo, Muitas pessoas têm se esforçado para escrever a história das coisas que aconteceram entre nós. Elas escreveram o que foi contado por aqueles que viram essas coisas desde o começo e anunciaram a mensagem do evangelho. Portanto, Excelência, eu estudei com todo o cuidado como foi que essas coisas aconteceram desde o princípio e achei que seria bom escrever tudo em ordem para o senhor, a fim de que o senhor pudesse conhecer toda a verdade sobre os ensinamentos que recebeu. (NTLH, ênfase acrescentada)
Lucas se esforçou, sim. Era um verdadeiro estudioso. Examinou várias fontes (sabemos que utilizou os Evangelhos de Marcos e Mateus, mas havia bem mais). Ser um bom estudioso, um cuidadoso pesquisador, é algo que hoje, infelizmente, tem pouco “ibope” no meio evangélico popular. Pastores e líderes promovem até mesmo certo desprezo. Como líderes, deveriam saber melhor. Durante anos escuto alguns dos meus colegas pregando do púlpito algo assim: “esquecem das vás teorias, importa mesmo a prática da fé” ou “não se preocupem com as coisas acadêmicas (ou filosóficas ou humanas), procurem a únção do Espírito.” E o que querem dizer é que o estudo é ruim e desnecessário, importa a vida interior ou a prática da fé… como se pudéssemos conhecer esta prática ou interioridade somente pelo coração, sem a mente. Graças a Deus Lucas não pensava assim! E poderíamos acrescentar Paulo e os demais…
Tudo bem, você diz, mas você, Timóteo, você é professor. Claro que vai “puxar o peixe para o seu lado.” E de fato, não tenho resposta para isto a não ser, vamos seguir o exemplo bíblico. Claro, podemos “exagerar” ou usar a mente para negar a fé. Muitos fazem. Mas nem por isso Jesus deixou de nos ensinou a amar a Deus com “com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente”. Estou “chovendo no molhado”? Vamos lá.
Tente se colocar no lugar de Lucas escrevendo para “Teófilo”, cujo nome significa “amigo de Deus”, e assim pode ser tanto um nome próprio de alguém ou uma figura literária criada por Lucas para representar os interessados no evangelho. Não tem como saber com certeza. Mas podemos saber, sim, que o evangelho era tão precioso, tão importante, que Lucas entendia que precisava contar direito e com detalhes esta história, ao ponto de verificar todas as fontes conhecidas e gastar 24 capítulos (se bem que a divisão em capítulos e versículos veio alguns séculos depois).
Você valoriza o evangelho desta maneira? Quanto tempo você gasta em saber para poder contar esta história direito? Ou se conta a história com os habituais “eu achismos” e os “é isto que significa para mim”? Vamos estudar um pouco mais? Vamos não separar o que Deus juntou em um só corpo: mente e coração?
Oração
Senhor, tu se desse plenamente por nós. Encha-nos do Teu Espírito, espírito de sabedoria e de poder, para nos dedicar corpo e alma, coração e mente, para conheçê-lo e passar de modo verdadeiro a mensagem do Teu amor por nós para tantos outros. Em nome de Jesus. Amém.
Antonia van der Meer
Concordo plenamente – devemos amar a Deus com a mente e com o coração. Já fui muito criticada por ser muito intelectual ou por gastar muito tempo preparando um estudo. Minha resposta era e é: em vez de depender do Espírito só na hora de falar procuro depender do Espírito durante todas as horas que gasto em estudar o texto, e assim ele pode ma ajudar a entender muito mais…
Tim Carriker
É isso mesmo!
Luiz L F Neto
“Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do SENHOR e para cumpri-la e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos”. Esdras 7.10.
Tenho para mim que o termo “buscar” desse texto ele fazia lendo e meditando (estudando). Quero fazer o mesmo.
Deus te abençoe.