Então, em resposta ao SENHOR, Jó disse:

“Eu reconheço que para ti nada é impossível e que nenhum dos teus planos pode ser impedido. Tu me perguntaste como me atrevi a pôr em dúvida a tua sabedoria, visto que sou tão ignorante. É que falei de coisas que eu não compreendia, coisas que eram maravilhosas demais para mim e que eu não podia entender. Tu me mandaste escutar o que estavas dizendo e responder às tuas perguntas. Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos. Por isso, estou envergonhado de tudo o que disse e me arrependo, sentado aqui no chão, num monte de cinzas.”

Reflexão

É a segunda e última resposta de Jó para a segunda pergunta de Deus neste livro. Belo de chorar. Realmente chorar. Jó passara pelas piores situações de privação e sofrimento imaginável. Sentia-se injustiçado. Quem não iria sentir igual! Igual!

Mas Deus se revela para Jó como Criador e como Soberano. Jó fica mudo. Não há o que dizer. Deus se dá como satisfeito? Não. Continua a interrogar Jó. E do silência Jó passa para a extrema vergonha e humilhação. Chegou onde precisava, onde nós precisamos, prostrados, humilhados e humildes, esvaziados de qualquer percepção de ter conhecido Deus antes em toda a sua piedade anterior. Piedade transformara em humildade, humildade em incompreensão, e incompreensão no lugar certo de criado, servo, arrependido, cinzenta. E assim, somente assim assim e nada menos, Jó está preparado para a última cena do livro logo a seguir (na próxima reflexão) e nós para a graça de Deus nas nossas vidas.

Oração

Tu, somente tu és o nosso Deus, o eterno e único Deus, Deus de tudo e Deus sobre tudo. Nós somos teus criados, prontos e dispostos  ao Teu querer. Em Cristo. Amém.

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