Mas digamos que a minha mentira faz com que a verdade de Deus fique mais clara, aumentando assim a glória dele. Nesse caso, por que é que devo ainda ser condenado como pecador?  Então por que não dizer: “Façamos o mal para que desse mal venha o bem”? Na verdade alguns têm me caluniado, dizendo que eu afirmo isso. Porém eles serão condenados como merecem. (NTLH)

Reflexão

Fico impressionado com a maneira como Paulo se expressava, especialmente quando penso em como os oradores se expressam na igreja…eu inclusive. No caso acima, Paulo se utiliza duma ironia ferrenha que propõe o ridículo. Quantas vezes eu queria fazer o mesmo numa pregação ou num estudo escrito! Mas pelo medo de ser mal entendido, sempre desisto, a não ser quando dirijo um estudo bíblico mais informal, de vez em quando. Mesmo assim, a ironia não nos parece fazer parte do repertório de técnicas de comunicação aceitáveis no meio da igreja. Por que? Provavelmente porque a ironia é uma forma de mentira e crente não mente!

Mas a ironia é um jeito tão forte de se comunicar e é tão facilmente gravada, que a gente, acredito eu, deveria explorar um pouco mais este jeito de falar, se não por outro motivo, pela razão de ser bem lembrado. Sim, é uma comunicação arriscada, mas vale o risco.

É possível criar ironias a respeito da nossa incumbência de cuidar da criação de Deus? Pode sugerir alguma ironia para destacar a urgência do momento ou a importância do nosso papel? “Já que o mundo vai à descarga, vamos acelerar o processo!” (Não sou muito bom neste negócio de ironia. A casca santa de crente impede a facilidade). Usar a ironia para a educação ambiental é sacrilégio mesmo?

Terias alguma sugestão?

Oração

Pai amado, como pensamos que somos bons. Como pensamos que entendemos bem. Como pensamos que somos a solução! Pai, nos dê a noção apenas do próximo passo a tomar, sem grandes pretenções. Em nome de Jesus. Amém.<!–