Semana 4: Romanos 1.16
Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. (NVI)
Reflexão
Nunca “se envergonhou” do evangelho? Alguma vez, teve uma conversa com um amigo, ou professor, ou estranho, e na conversa teve oportunidade boa de dar testemunho da sua fé, mas teve vergonha? Eu já tive.
E Paulo, é isso que ele queria dizer? Afinal, diz a tradição antiga que ele era um baixinho feio com sobrancelhas grossas, pernas tortas (cambaio), meio careca, nariz torto, sem uma boa visão e sem uma boa oratória. E agora estava diante de gente muito importante–cristãos de Roma–e, de certo modo, diante do poderoso império do mundo! Como no filme, O Gladiador. Mesmo assim, não acredito que Paulo estava se referindo ao seu embaraço e até mesmo à falta dele. O que então?
Dentro da cultura judaica, uma cultura de honra e de vergonha, como as culturas orientais até hoje, e de acordo com o uso desta linguagem por Paulo em outras passagens, Paulo está dizendo que ele não será envergonhado pelo evangelho. Veja, por exemplo, a maneira que ele cita o profeta Isaías em Romanos 9.33:
Como está escrito: “Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair; e aquele que nela confia jamais será envergonhado” . (citando Isaías 28.16; veja também Isaías 50.7-8; Salmo 25.2; 44.9)
Efetivamente Paulo está contrastando, com flagrante coragem, a justiça de Deus (v.17) com a injustiça e a impiedade do império (vv.18-32). A mensagem da justiça de Deus que se manifestará em todas as dimensões é uma mensagem segura. Há de acontecer porque o próprio Deus promete, e ele cumpre as suas promessas. Não nos envergonhará.
Oração
Agradecemos a Ti, poderoso Deus, porque a mensagem que nos deste não nos deixará indefesos. É a maior honra sermos Teus embaixadores. Ajuda-nos a cumprir tão grande incumbência diante dos poderes humanos que pleiteiam soberania. Em nome do Rei, Teu filho, nosso Senhor Jesus. Amém.